segunda-feira, 27 de julho de 2015

Trocando Tarraxas Kluson (Vintage Style) vs Grover (Modern Style)

Oscar Isaka Jr

          Trocar tarraxas já virou prática comum do cotidiano dos guitarristas. Sempre que compramos uma nova guitarra já olhamos o que podemos "melhorar" alguma coisa, seja na parte funcional ou meramente estética e as tarraxas são sempre um dos primeiros alvos de upgrade, pois existem vários modelos de excelente qualidade e custo relativamente acessível. 



         Pois bem, nesse final de semana estava testando alguns timbres com uma Les Paul aqui em casa e estava notando que a afinação não estabilizava. Afinava, tocava um pouco e bastava um único bend ou uma palhetada mais forte e pronto, a coisa já desandava. Eu estava até meio intrigado pois as tarraxas eram Gotoh com trava e isso não deveria estar acontecendo já que as cordas eram novas, nut lubrificado e tudo mais que manda a cartilha, mas algo ainda estava errado.
Olhando um pouco mais perto notei que em uma das tarraxas havia uma "folga" no buraco, como na foto abaixo:

Bucha da tarracha com folga
         Resolvi então retirar as tarraxas pra verificar se havia algo errado na instalação. Quando o fiz encontrei o que eu estava suspeitando, enquanto a furação das tarraxas dessa guitarra era para acomodar tarraxas tipo Grover modernas (10 mm de diâmetro), foram instaladas tarraxas do modelo Kluson da Gotoh, que apesar de serem com travas, têm especificações para o buraco da Kluson vintage tradicional com aproximadamente 9 mm de diâmetro.
Estava bem claro o motivo da instabilidade da afinação, pois o post da tarraxa não fica 100% firme e apoiado com a pressão das cordas. 

Comparação das medidas

      É uma diferença relativamente óbvia, e fica até difícil de acreditar que isso passaria desapercebido por quem instalou uma vez que as buchas da Kluson ficaria frouxa e cairia fora do furo, e realmente a pessoa que instalou percebeu isso e para remediar a situação enrolou pedacinhos de LIXA em torno das buchas a fim de preencher a folga.
A famosa "gambiarra" rsrs. Em alguns casos ela funciona e muito bem, como mostrado várias vezes aqui mesmo no blog, mas as vezes ela compromete o funcionamento correto da coisa toda. 


         Mas então eu não poderia ter uma tarraxa tipo Kluson em uma Guitarra previamente furada para Grover sem ter que gastar os tubos mandando para um luthier tapar os furos e refaze-los com o tamanho adequado? Claro que pode pequeno gafanhoto. :-) Existem buchas próprias para essa adaptação, que possuem todas as medidas para uma tarraxa Kluson/9mm, mas têm maior diâmetro para evitar folgas em um buraco feito para Grovers/10mm. A StewMac tem essas buchas (Clique aqui) e a GuitarFetish também (Clique Aqui). Ambas vem em jogos com as 6 unidades que podem ser usadas tanto para modelos com 6 em linha como 3 x 3.
Como eu tinha um jogo dessas buchinhas aqui, fiz a comparação com a "adaptação". Notem as diferenças de medidas. Isso, claro, sem contar que um pedaço de lixa não tem a mesma resistência mecânica que o metal usado nas buchinhas e a chance dele ceder com o tempo aumentando o problema é ainda maior.

Original, original + lixa e abaixo, a adaptadora
         A lixa até aumentou o diâmetro de maneira que as buchinhas originais não caíssem do buraco, mas não conferem a resistência necessária para estabilizar o eixo da tarraxa. Instalei as buchinhas adaptadoras na guitarra no lugar das "antigas + lixa, dei uma ajustada no tensor e nas oitavas e pronto, a Les Paul estabilizou e estava pronta pra guerra. Não teve mais nenhum problema de afinação. 


segunda-feira, 20 de julho de 2015

Indutor de Wah Smithers Audio - Equipo de Ouro LPG

Oscar Isaka Jr



        Há algum tempo conversei com o Leandro da Smithers Audio (confira aqui o post) e dentre os magníficos transformadores que ele projeta e fabrica estava o pequenino indutor para pedais de WahWah. 



         No meio da conversa o Leandro me explicou o conceito do indutor da Smithers, que era de ter 3 "taps" com diferentes indutâncias para que você possa instalar no seu pedal de Wah e assim obter, através de uma chave, 3 diferentes tipos de "timbres". Segue a lista dos valores do Wah Smithers na foto abaixo. 


Para referência, o Red Fasel tem perto de 620mh e o Yellow 450mh.


     Eu achei a ideia simplesmente fantástica e já me agilizei para pode montar um Wah e experimentar o indutor. Aproveitei uma carcaça de um Wah VOX Chinês, comprei um potenciômetro da Dunlop HotPotzII específico para o propósito e com a placa da MadBean Pedals montei o circuito do Wheener Wah II que nada mais é que o famoso Clyde McCoy dos anos 60. O resultado ficou tão legal que resolvi gravar uma demo rápida pra mostrar os 3 valores e como estava com um famoso Fulltone Clyde Deluxe aqui fiz uma comparação.

Esse indutor pode ser instalado em qualquer WahWah seja Cry Baby ou Vox, somente sendo necessária uma chave rotativa para seleção. O valor do capacitor de filtro que eu usei nessa demo foi 10nf, que é o valor clássico do Clyde também. 

Segue o vídeo:



       O indutor Smithers, assim como os transformadores da marca, é sem dúvida mais um dos produtos de qualidade internacional fabricados aqui no Brasil e merece o nosso selo de Qualidade Ouro LPG, com louvor. Sortudos dos que ganharam o seu no sorteio que fizemos quando postamos sobre a Smihters :-)! 

         Quer dar uma tunada no seu Wah? Entre em contato com o Leandro para obter seu Indutor e faça ou mande para que alguém o instale para você. Satisfação garantida!!!!!

Site da Smithers (clique)
Contato:
Smithers Audio
www.smithersaudio.com.br
www.facebook.com/smithersaudio

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Creation FD - Pedalboard Brazuca! :-)

Oscar Isaka Jr


         Assim que eu larguei minha finada RP2000 e resolvi me aventurar no mundo dos pedais, logo vi que não ia dar pra ficar montando e desmontando o set cada vez que ia tocar. Até usei o case da antiga pedaleira por um tempo mas a coisa era tão ruim e mal organizada que eu tinha até preguiça de usar os pedais por conta do trambolho que aquilo era. 

Creation FD Standard
Comecei a pesquisar as opções que tínhamos e, claro, esbarrei na PedalTrain. Porém o preço era tão absurdamente proibitivo na época que nem cogitei, mas o meu amigo Fernando (da loja Musica World) me apresentou à Creation FD. Ele tinha um board que lembrava muito o Pedal Train que eu via na internet e tinha praticamente os mesmos atributos. Lembro que até achei que era um board importado mas quando o Fernando me disse que era uma empresa aqui mesmo de São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba) eu quase nem acreditei. 




Isso já faz quase 3 anos e desde então uso os boards da Creation quase que exclusivamente (já tive 3 modelos). Pude assistir a grande aceitação do público guitarrístico brasileiro e a explosão da marca em nível nacional.

Modelo Fiber

Também através do Fernando conheci o Fabiano, sócio-proprietário da Creation, e combinei com ele de gravarmos uma pequena entrevista dando continuidade à nossa série de apresentação de fabricantes nacionais. 




Creation NovaBoard RT
         Desde então já tive 3 modelos de boards da Creation. É incrível como desde o pequenino Nano Board (abaixo) como no grande Marisco Board sempre tem um modelo que é do tamanho que você precisa.

O Nova Board que o Fabiano comentou no vídeo é muito bacana pois tem um compartimento interno onde vc pode colocar mais pedais e acioná-los por um switcher ou ainda usar pra colocar cabos e outras coisas com acesso super rápido e prático. 






         O grande guitarrista e endorser da Creation Kleber Kashima fez um review do modelo AM1 com detalhes no vídeo abaixo. Todos os boards da Creation têm essas mesmas funcionalidades e alguns opcionais ainda pra escolher de acordo com o seu gosto, como Led, Jacks, Fontes e etc.


      















         Se mesmo assim vc não achar, a Creation tem um serviço de Custom Shop e desenvolve o Board para suas necessidades, desde tamanhos e formatos variados, até se você precisar embutir aquele foot switch grande do seu amplificador valvulado com 32 canais. Não tem problema: é só contactar o Fabiano e a Creation desenvolve o board de acordo com a sua necessidade.
Foi exatamente o que  guitarrista Filipe Milani de Souza fez e o resultado pode ser conferido abaixo. O board dele ficou tão bom, que foi exposto na ExpoMusic. Notem o Foot Switch do Mark V e um Bogner Extasy Red embutidos.




         Sempre falamos aqui no Blog que nunca estivemos tão bem servidos de produtos nacionais de excelente qualidade como nos últimos anos e no caso de Pedal Boards não é diferente. Falo com propriedade que a Creation hoje não deixa NADA a desejar à PedalTrain e outras grandes do mercado mundial em qualidade e funcionalidade, isso sem mencionar a possibilidade de customização, modelos e opcionais. A quantidade impressionante de usuários e endorsers da marca atesta isso. 

        Vida londa à Creation e que o nosso mercado continue a nos brindar com gente como o Fabiano, Sérgio Rosar, Érico Malagoli, Pedrone, Manara, e muitos outros que acreditam no potencial do mercado nacional sempre com produtos de qualidade extrema.


Contato: