Oscar Isaka Jr.
(obs: antes de fazer perguntas e ou postar comentários, leia aqui: CLIQUE)
As Epiphone sempre são assunto em todo de papo de guitarra, e nós mesmo já falamos muito delas por aqui. Desde a reformulação da Gibson, havia muita especulação sobre a Epiphone e qual a direção que a marca iria tomar com isso tudo. Após o anúncio da série "Inspired by Gibson" na NAMM do ano passado, fiquei bastante curioso para ver de perto as mudanças. Semana passada eu pude testa-las de perto graças aos meu amigos da Garagem Instrumentos aqui de Curitiba. Conheço o pessoal a anos e o Rafael e o Luciano sempre tem o que é de melhor com um atendimento fantástico. Eles tem sempre uma grande parte da linha a pronta entrega e é só chama-los no WhatsApp ou mesmo pelo Instagram e boa! :-D. Eu marquei os links de contato no nome acima.
Estética e Construção
Esteticamente da pra notar várias diferenças logo de cara. A cor era um Vintage Sunburst muito bonito e bem acabado, com o corpo em 3 peças e o tradicional "veneer" no back pra esconder as emendas. O top de maple é real e também tem uma folha de maple figurado. Tenho curiosidade pra saber se o corpo é solido ou se tem algum alivio de peso, mas não achei informação sobre. Até aqui o padrão foi mantido até onde eu pude ver.
O Headstock foi alterado pro chamado modelo "Kalamazoo"e remete ao design usado pela Epiphone antes mesmo de ser adquirida pela Gibson lá nos anos 50. Eu particularmente adorei , pois sempre achei o head antigo da Epi um tanto esquisito, achei que ficou mais harmônico visualmente.
A escala é de um material chamado "Indian Laurel" e parece com um Rosewood mais claro um pouco. Difícil dizer o quanto isso afetou ou não a sonoridade geral, mas visual ficou "amigável" e familiar e o toque lembra mesmo o Rosewood das Epis anteriores. O acabamento de trastes esta muito melhor (pelo menos nessa que eu pude tocar) e foi possível deixar confortável só com leve ajuste de tensor e altura da ponte. Notei somente um traste (o 15) um pouco mais alto quando abaixei as cordas, mas uma leve retifica resolveria isso 100%. Definitivamente ouve uma melhora nesse ponto da regulagem de fabrica.
Analisando o braço melhor, tem um shape de C bem parrudo como o modelo 50s pede, e lembra a pegada mais confortável das Gibson. As Epiphone tinham uma tendencia esquisita a ter um braço mais D qdo eram mais gordinhos que me incomodava um pouco e essa é bem na pegada das Gibson 50s mesmo. A construção do braço parece que agora é como nas Gibson americanas em uma única peça de mogno em corte radial (quarter-sawn), sem a presença de colagem do Headstock. Fiz questão de bater uma foto pra mostrar a ausência da "colagem espanhola". Até aparenta ter aquela outra colagem que a gente as vezes encontra nos violões, mas não vi nada na lateral do head. Parece mesmo ser 1 peça. Ponto pra a Epiphone!
Pra finalizar as novas tarrachas são as Epiphone Vintage Deluxe e lembram muito as Gibson Kluson dos modelos Std (diferente do modelo vintage das Historic) e funcionaram muito bem. O tempo e uso vão dizer sobre a durabilidade, mas não notei nada frouxo ou com folgas como as vezes a ate encontramos na própria Gibson que tem esse modelo de tarracha. A ponte e o cordal são os LockTone aparentemente não sofreram mudanças e são os mesmos das séries anteriores.
A elétrica e captadores também ganharam um upgrade com potenciômetros CTS, e os novos captadores ProBuckers da Epiphone, que segundo o site, agora tem covers de Nickel e magnetosfera de alnico II (segundo o site). Conjecturando antes de ouvi-los, so as novas covers já devem dar uma boa melhorada no som deles. Os antigos da Epi era de latão niquelado, e quem já teve Epiphone sabe da grande diferença que dá qdo removíamos. Eu que o Bonamassa deu uns pitacos qdo a Epiphone lançou os modelos pra ele então...
Blza, bla bla bla, mas e o som Oscar?
Eu e o Paulo sempre concordamos que melhor que ficar buscando palavras pra descrever timbre, é ouvi-lo em uma demo então gravei um video curto com ela aqui pra que possamos tirar conclusões.
Opinião do Oscar: Eu sempre fui meio desconfiado das Epiphone que não fossem as series especiais (como as Outfit, Assinaturas, etc) pois sempre estiveram aquém em vários aspectos mas gostei bastante da Std 50s. A pegada e o acabamento estão muito bons e a melhor qualidade de elétrica e captação fizeram com que o upgrade imediato deixasse de ser quase uma obrigação. Apesar de soarem mto melhores em relação aos anteriores da Epiphone, ainda considero que instalar um par de MOJOs por exemplo seria um bom upgrade, e eu adoraria ouvi-la com eles! Uma ponte mais perto da ABR-1 que inclusive a própria Epiphone usa em modelos como a Flying V e a Riviera também cairia como uma luva. A tradicional comparação com os modelos da Gibson Americana acredito nem caber nesse artigo, pois na minha opinião seria comparar laranjas e maçãs. Mas isso de nenhuma forma quer dizer que uma boa Epiphone com bons captadores não seja uma excelente guitarra, com custo bem menor . Eu não iria achar ruim de adicionar ela no arsenal :-)!
Equipo de Gravação: Amplificador Pedrone Custom Friedman Mod (conto a historia desse amp num proximo post) e Universal Audio OX numa simulação de 4x12 com Greenbacks 30w. Um teco de reverb e compressão e só!
Obs... Logo vai ter post da SG Muse... :-D
Bacana o retorno do blog. Ajuda bastante na pesquisa de timbres. O trabalho de vocês é fantástico. Ansioso aqui pra ver este amplificador Pedrone.
ResponderExcluirObrigado emachado! :)
ExcluirO custo dos "upgrades" valeram a pena?
ResponderExcluirOlha Nesto, acho que o preço delas não mudou lá fora , então acho que nesse ponto valeram muito sim. É muito mais guitarra por quase o mesmo preço. Falando de preço Brasil, nosso Dolar não ajuda muito e ainda importação etc deixam os valores meio dispares e encarece muito aqui.
ExcluirAs Epiphones sempre foram uma boa alternativa pra quem queria uma Les Paul "autêntica" (termo da moda quando se trata de Les Paul), por um preço convidativo. Mas também sempre tiveram concorrentes à altura, como Tanglewood e Vintage.
ResponderExcluirPor falar em preço, esse que deixou de ser tão "convidativo", pois os impostos e o custo Brasil nos impedem te termos uma guitarra "de criança", porque EU pelo menos não consigo me imaginar pagando cerca de R$ 7500,00 em uma Epiphone.
Delson, eu não tenho como descordar de você. Mesmo com todas as “melhoras” dessa nova linha, realmente o preço Brasil se torna um impedimento pra uma Epi que custa 500-600 dólares.
ExcluirVi muitos reviews positivos sobre a guitarra, de como a construção e tocabilidade são boas etc. Alguns provavelmente são propagandas(Andertons, Guitar Center, dentre outros), mas há muitos que são "espontâneos". Aparentemente ouvindo parece ser uma bela guitarra e lá fora com um ótimo custo benefício, porém no Brasil ela está entre R$ 5.000 e 7.000, o que é algo absurdo. Amo strato, mas queria ter um Les Paul interessante e cogitei esta. Infelizmente não dá. Obrigado pela postagem e vídeo.
ResponderExcluirÉ, elas chegaram aqui em um momento de muita desvalorização do real o que deixa esses preços de loja realmente elevados. Mas concordo com você, que as Epi entram na briga de uma "Boa LesPaul" sem o preço de uma Gibson novamente. Durante muito tempo eu nunca nem cogitava Epis nessa categoria.
ExcluirExcelente novidade e o post extremamente preciso, como sempre!
ResponderExcluirNessa comparação Epi x Gibbo, como vocês acham que esta série se sai em relação às entry level Gibbos?
Grande abraço!
Alex, pergunta difícil, pq há muita inconsistência nas Gibson Tribute por exemplo. Eu acho sim, que tunada ela pode chegar junto de uma Tribute por exemplo, mas ja toquei em Tributes muito boas! :)
ExcluirEu tenho uma Tribute 50's P90, das primeiras que saíram, acho uma guitarra OK apenas. A outra é uma Studio 91, daquelas com escala em ébano. Troquei a captação por SD Seth Lover no braço e Lollar Imperial na ponte, troquei o hardware e tal. Para mim ficou uma guitarra bem legal, prazerosa de tocar e ouvir. Mas não tenho muita intimidade com as reissues high end... Fico meio sem referências físicas reais...
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