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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Raio da Escala: que raio é isso?

       
(obs: antes de fazer perguntas e ou postar comentários, leia aqui: CLIQUE)

         Antes de começar a história devo dizer que, embora toque guitarra desde 1976, só comecei a entender o "instrumento guitarra" há uns 6 anos. Antes disso nem sabia o que era, onde estava e pra que servia o tensor, por exemplo. Pois bem:
         A minha Telecaster 68 tinha um raio de 7.25" (184.1 mm). Tinha, porque em 2004, depois de 15 anos sem manutenção, levei-a até um luthier (o 1º que conheci na vida) e ele deu uma "geral" nela. Trocou trastes e, se minha memória não falha, me ligou dizendo que iria aproveitar e "raiar" a escala pra 9,5". Não entendi porra nenhuma e disse pra fazer o que tivesse que ser feito pra voltar à tocabilidade que eu estava acostumado, mas sem mudar um pentelho a "pegada" do braço. Ele me garantiu que ficaria melhor e realmente, notei que os bends ficaram mais claros depois disso.

Hoje eu tenho um gabarito de escala (comprei na Music Tools, do Miguel Cardone). Agora sei porque me sentia tão desconfotável quando tocava com Jacksons ou Ibanez com raios de 14" pra cima. Não sou solista e muito menos fritador. Escala reta cansa demais a mão pra fazer acordes.

Raio (sou péssimo em matemática e geometria mas isso meus neurônios captaram): "O raio de uma circunferência (ou círculo) é definido com a distância do centro a um ponto qualquer da circunferência." Portanto, o raio é metade do diâmetro da circunferência.

Partindo disso, vamos pegar de exemplo o famoso raio de 7.25 polegadas das Fender antigas. 7.25 polegadas equivale a 184.1 milímetros. Vamos arredondar para 18,4 centímetros. Pegue uma régua, marque 18,4 cm, depois abra um compasso e faça um círculo usando esse raio (ou prenda um lápis na régua e gire-a - não precisamos ser exatos aqui). Observe a curvatura em qualquer ponto desse círculo: essa é a curvatura da escala.


A mão humana tem, mesmo na posição de descanso, uma curvatura natural, por isso quando fazemos acordes, percebemos que as escalas mais curvadas (de raios menores) são mais agradáveis/naturais:


 Escala reta exige uma abordagem diferente no manuseio do braço. Tem quem goste. Eu detesto! :)

Algumas escalas comuns:

Fender Stratocaster American (atuais):          9.5" (241 mm)
Vintage Fenders:                                                 7.25" (184.1 mm)
Gibson Les Paul:                                                 12" (305 mm)    
Ibanez (variam de 12" a 18"): RG e S:             14"(400-430)  Artcore:12" (305mm)
Jackson:                                                               16" (406 mm) ou composto, de 12" (nut) a 16" (heel).
PRS: a maioria é:                                                10" (254 mm). Santana e Custom 22/12: 11"
Guitarras (maioria) com LSR roller nuts:         9.5" a 10" (241 mm to 254 mm)
Guitarras (maioria) com Floyd Rose bridge:    10" (254 mm)
Violões Clássicos:                                                flat (reto, sem raio)

        O problema de escalas com raios menores que 9.5", ou seja, muito curvadas, é que quando damos um "bend", ppte nas duas primeiras cordas, às vezes ocorre um travamento da nota. Para minimizar esse problema, a ponte, aliás, os carrinhos/saddles da ponte devem ser alinhados numa curvatura correspondente ao raio da escala, fazendo também uma curva. Pouca gente se toca disso. Os saddles da 3ª e 4ª cordas estão bem mais elevados que os da 1ª e 6ª numa guitarra com escala de raio 7.25", por exemplo:

 Essa é a ferramenta (gabarito) para checarmos o raio da escala:

Atualmente a moda é braço com escala de raio"composto" (compound radius). Inicia com uma curvatura maior, favorecendo os acordes e termina com uma menor, favorecendo os solos e bends:

Tecnicamente, quando essa transição é gradativa, deveria ser chamada de escala "cônica" e não composta, porque ela lembra de fato um cone:

Cada guitarrista acaba tendo um raio de escala preferido. Eu gosto bastante dos raios entre 9.5" e 12". A PRS SE com raio de 10" é extremamente confortável pra mim.
Mas isso pode mudar com o tempo. O cara inicia com bases e prefere raios menores. Depois, começa a fritar e vai aumentando o raio... :)

Outro fator importante é a forma do braço (clique aqui para o post sobre isso), que juntamente com a escala, fazem o "full contact" com a nossa mão. As formas mais comuns de braço são:


Não sei se vocês já perceberam, mas pontes para Les Paul já vêm com uma certa curvatura. Exatamente 12" de raio, pra seguir o raio da escala Les Paul. Eu ajusto também os parafusos dos captadores para essa curvatura - nada mais óbvio e pouca gente faz.


80 comentários:

  1. Belo post "técnico". Vai esclarecer alguns números para muita gente, hehe.

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  2. Excelente Jack, qual a premiação (se existe) para um blog que gostamos muito??? Eu te indico sem pestanejar, pô muito instrutivo!!! Parabéns!!! Killerabraço.

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  3. Killer e Lucas: valeu! :)
    Esse posts meio técnicos não são tão interessantes quanto os outros, mas me sinto na obrigação de fazê-los. :)

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  4. Jack, na verdade o "técnicos" foi com aspas, pois apesar de ser algo técnico, você dá uma mastigada legal, de modo que fica fácil até para o mais inciante dos guitarristars entender. Eu adoro posts técnicos, hehe.
    Aliás, já que o assunto é escala, quais são as principais diferenças sonoras de um instrumento de escala mais longa para um de mais curta(se é que elas existem)?

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  5. Paulo, esse é o tipo de post de extrema importância, ainda mais em tempos q se compram instrumentos via internet, sem vê-los ao vivo. Seria pedir demais pra vc transcrevê-lo lá no Fórum? :)

    Ah, eu nunca tinha visto (e nem procurado) uma ilustração como a dos shapes de braço. Fiquei bem curioso pra experimentar os vários tipos!

    Abração!

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  6. Sid, se fosse só dar um "control C" aqui e "control V" lá, beleza. Mas tem que re-editar. Vou postar as figuras principais, falar o básico e passo o link pra cá.
    Abraço!

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  7. Tranquilo, Paulo! Pra mim o q importa é a informação disponível lá... e melhor (e mais justo) ainda linkar pra cá! ;)

    Sobre o comprimento da escala: Vc sabe q eu só tenho uma guitarra (LP), por isso fiquei na dúvida. A escala mais longa (Strat) não "endurece" o bend em relação à escala mais curta, o oposto do q vc falou?

    "qto mais longa, mais fácil o bend, por exemplo"

    Abração!

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  8. o que acho estranho é chamarem a curvatura da escala de raio, como vc explicou o raio é a medida do centro do circulo ate sua extremidade. A curvatura da escala na verdade é o arco de circunferencia, mas deve ser pq é um nome meio grande pra ficar prununciando. Abraços

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  9. ôps! Correto Sid! :)
    Troquei as bolas, hehehe! Tenho uma Tagima Zero com 27 (!!) trastes que é uma barbaridade de dura... :)
    O comprimento da escala é DIRETAMENTE proporcional à tensão das cordas.
    Já editei o post lá em cima.
    Valeu!

    MATHEUS - correto também :) O certo seria dizer: "Escala correspondente ao raio de 9.5"... Mas acho que os luthiers referem-se ao raio porque é uma relação constante e mais fácil de medir. Sei lá... :)

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  10. Lucas: as duas principais diferenças - além da maior quantidade de notas disponíveis na escala mais longa - são a tensão das cordas, que é diretamente proporcional ao comprimento da escala (qto mais longa, mais tensão e mais difícil o bend, por exemplo) e o posicionamento do captador do braço. Essa última é mortal na minha opinião. Escalas de 24 trastes deslocam o captador do braço em direção à ponte para uma região de timbre que considero "feio"...

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  11. Esses posts "técnicos" são os mais interessantes, Paulo... pode continuar fazendo e continuarei lendo!hehe Abraços!

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  12. Só para acrescentar, li na revista Fender Frontline volume 25 (winter 99), que o radio do braço da guitarra de Stevie Ray Vaughan é 12'', "oval neck shape", provavelmente combinado formato da mão com estilo rico em acordes, velocidade, bends,etc.

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  13. Interessante - é o raio de uma Gibson. Mas faz todo sentido um raio desses para o SRV :)
    Valeu o toque! :)

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  14. Ola... parabens pelo blog...
    Vi que voce possui varias SX..
    Eu estava interessado em comprar um SX SST62 para da uma tunada...
    mas estou um pouco receoso com relação ao braço...
    Poderia me falar o formato do braço, e o raio da escala? (nao tem isso no site da SX)
    Vlws...
    Abraços...
    Murilo

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    1. Obrigado, Murilo.

      Olha, os braços das SX "SST" são um pouco fora do padrão Fender. Algo mais largos e mais grossos, com bastante ombro. O raio é 12", se não me engano. Com certeza maior que 9,5".
      Os dois que eu tenho foram lixados para ficarem mais finos e um deles eu enviei ao meu luthier para trocar os trastes, pois no processo de retirada do verniz eles se moveram.
      Entretanto, se tens as mãos grandes, isso pode não ser um problema :)

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    2. Legal o assunto. Sabe dizer se as Shelter Fst62 são iguais? Sinto dores com braços gordos "D" ou "C"gordo e estou prestes a pegar essa guitarra já com upgrades.
      Obs.: responde meu alô no face Paulo!!!

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    3. Legal o assunto. Sabe dizer se as Shelter Fst62 são iguais? Sinto dores com braços gordos "D" ou "C"gordo e estou prestes a pegar essa guitarra já com upgrades.
      Obs.: responde meu alô no face Paulo!!!

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    4. Cara, levei uns 10 minutos pra achar essa tua pergunta...
      Nós já pedimos pro pessoal não fazer perguntas "dentro" de outras antigas (
      http://guitarra99.blogspot.com.br/2014/05/faq-003-orientacoes-para-perguntas.html)
      E aqui do lado direito também mencionamos que temos nossa vida pessoal, etc. Não uso o facebook como extensão do blog, vou pouco lá e só tenho poucos amigos linkados, todos reais e das antigas.
      Por último, os braços das SX são mais gordos e mais largos que os Fender - todos eles.

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  15. Paulo,
    Seu blog tem excelentes matérias, agradeço por distribuir este conhecimento de forma bacana e caprichada.
    Gostaria de uma opinião sua, sou iniciante e tenho uma SX SST, porem não consigo fazer os acordes sem que os dedos não encostem em outras cordas, teria que fazer um outro braco customizado? ou com o tempo isso melhora?
    Grato,
    Fabio Demétrio

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    1. Fábio, milhões de guitarristas tocam com esse tipo de escala, sem problemas. Acredito que precises de um pouco mais de prática.

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  16. Olá Paulo,bom dia.. a respeito do raio da escala das SX serem de 12" polegadas vale também para as da da séria SX ASH? Porque ouvi falar que das SX strato esse modelo é o que possui o braço mais fino, não sei se procede. Obrigada

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    1. Sim, o braço é mais fino e com a pegada mais parecida com os Fender, entretanto a escala ainda é 12" ou talvez até um pouco mais. Particularmente, achei melhor que os braços das SX SST

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    2. Obrigada por responder. Tenho que dizer que esse blog foi uma das mais gratas descobertas desse ano pra mim. Tenho aprendido muito aqui. Vc está de parabéns pelo excelente trabalho. Fenomenal. :)

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    3. Não há de que, Vika. Gostaria de ter mais tempo (e mais conhecimento) pra dedicar ao blog e responder todas as perguntas. E nos últimos 6 meses passou de uma média de 600 para 1.300 visitas diárias.
      Não é fácil! :)

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  17. Caro, Paulo. Estava dando uma olhada no catalogo da Music Tools e percebi que eles tem braços para Tele e Strato pré cortados, faltando apenas acabamento. Como tu compra bastante lá, gostaria de saber se tu conhece esses braços.

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    1. É apenas o corte bruto, Jefferson. Faltam o shape e principalmente a escala e os trastes. Escala e trastes eu nunca vou me arriscar - isso é só pra luthier mesmo :)

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  18. Vi que as Gibson Les Paul Standard, Ibanez serie JEM, entre outras grandes guitarras usam raio composto de 10" por 16", gostaria de saber se você sentiu alguma diferença sensível entre raio simples e composto Paulo, já que você já experimentou diversas guitarras gostaria de saber qual foi seu feel e sua opnião, desde já grato.

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    1. Pra falar a verdade, Gustavo, eu nunca toquei em nenhuma guitarra com raio composto.Pode ser interessante, mas raios maiores que 12 me deixam desconfortável, já que solos não são meu forte. :)
      O Oscar já e se ele estiver lendo isso, a opinião dele deve ser mais informativa :)

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    2. Gustavo, o raio composto é feito pra ser confortável (mais curvo) nos acordas no inicio da escala e ao mesmo tempo permitir uma ação mais baixa para solos na região mais alta sem enforcar os bends (mais plana). No geral escalas compostas são versões um pouco mais corfortáveis das escalas totalmente planas, e se comportam como tal. Eu não gosto muito pessoalmente, pq acho que elas praticamente te obrigam a tocar com ação baixa. Na minha mão sinto que ação média ou levemente mais alta fica bem mais desconfortável numa escala plana ou composta e do que num raio mais curvo como o 7,25' ou mesmo 9,5 e 12".

      Mas isso varia muito com o gosto e estilo de cada guitarrista. Já tive um periodo que eu gostava mto de raios planos e corda muito baixa, mas hoje estou ao contrário ! rsrs Estou me dando melhor com Ação mais alta e raios mais curvos!

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    3. Não imaginava que teria um perfil tão especifico o instrumento com escala em raio composto, imaginei que haveria diferenças, mas achei muito interessante a sua experiência e opinião a respeito do assunto muito obrigado Oscar Jr. e Paulo May. Como tudo na musica e tudo questão de gosto...

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  19. E aí paulo beleza,muito bom seu post e seu blog.
    Cara tenho uma dúvida que não consigo encontrar respostas na net e talvez voce possa me ajudar..
    Tenho uma fender strat american vintage 62 reissue, ou seja com raio 7,25.Acontece que já tem mais de 3 anos que tenho ela e não consigo me sentir plenamente confortável,talvez porque sempre toquei em raios maiores.
    Então gostaria de saber se é possível modificar o raio dela pra 9,5 com a mesma escala,sem ter que colocar outra no lugar da que veio de fábrica. Se a resposta for positiva gostaria de saber se tem alguma contra indicação ou risco de algo indesejado caso eu resolva fazer esse procedimento mesmo que feito por um bom e experiente luthier. Obrigado.

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    1. Sim, Gabriel, um bom luthier pode modificar/raiar a escala para 9,5. Tem que retirar e depois recolocar os trastes, obviamente, e não é um trabalho barato, mas se ficar do jeito que queres, acho que vale a pena.

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  20. Aqui tem muita informação de maneira didática: http://www.warmoth.com/Guitar/Necks/BackContours.aspx
    Na aba da esquerda você altera os assuntos (tudo sobre braço).

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  21. Paulo, qual o nome dessa Ferramenta em que na foto, vc regulando a altura dos Saddles?

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    1. Não sou eu na foto :)
      O nome da ferramenta é "Understring Radius Gauge" - qualquer coisa tipo "medidor de raio sob as cordas".
      Podes encontrar aqui:
      http://www.stewmac.com/Luthier_Tools/Tools_by_Job/Bridges/Understring_Radius_Gauges.html

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  22. No meu caso, Paulo, eu não tenho a ferramenta "Understrings Radius Gauge". Eu uso como parâmetro de curvatura a espessura da chavinha alien dos saddles. No topo do último traste, em cada corda. Logicamente, a mizinha fica mais baixa que a mizona. Seria a altura máxima. Dependendo do nivelamento de trastes e ajuste do tensor, dá pra deixar num perfil mais baixo.

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    1. Eu também não tenho. Sempre ajustei pelo olho e conforto da pegada.

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  23. Este comentário foi removido pelo autor.

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  24. Olá Paulo May. Tudo bem?

    cara acompanho o blog há um bom tempo e acho que você pode me ajudar num problema. aqui na minha cidade há um luthier só mas não conseguiu resolver o problema.

    Acontece que nas minhas duas guitarras, uma telecaster e uma les paul as cordas mizinha e mizão saltam pra fora da escala dependendo do movimento que eu faço. por exemplo quando faço ligados na mizinha a cordas escorrega pra baixo, e quando dou vibratos fortes no mizão escorrega pra cima. umas pessoas na internet me informaram que poderia ser devido a ação muito baixa das cordas. de fato, uso ação baixa.
    eu até tentei mexer na altura da ponte da les paul por ser uma ponte mais facil do que a da tele pra mim. ao subir a ponte, o problema do mizão resolveu bem. da mizinha nem tanto.
    nas suas experiências com diversos modelos, vc já encontrou alguma que apresentasse essa situação?

    mais uma vez obrigado por dividir tanto conhecimento neste blog. Abraço! =)

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    1. Se fosse apenas uma guitarra, eu diria que os carrinhos e/ou trilhas do nut podem ser muito largos. Isso acontece até com algumas Fender Vintage.
      Mas como são duas, pode estar relacionado com a tua pegada, não sei... Em algumas guitarras minhas isso acontece também, ppte na primeira corda em vibratos mais intensos.
      O luthier deve ter pelo menos apontado o problema (tu ou as guitarras), senão não deveria ser chamado de luthier.

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    2. pois é meu amigo. aqui no interior não temos muitas opções profissionais rs.

      as guitarras em questão são uma Les Paul Custom Epiphone e uma Squier Vintage Modified Deluxe. como a ponte da les paul é mais simples (pelo menos pra mim que tenho zero experiencia com isso) dei uma mexida como te disse. sei lá fiquei sabendo de um cara numa cidade aqui perto, acho q vou dar uma chegada até lá pra ver se rola uma regulagem melhor.

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    3. Olha, as duas estarem com o mesmo problema, em ambas as cordas das extremidades...É difícil...
      Se tiveres a oportunidade de mostrar para outro luthier, seria legal.

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    4. Olá,
      Tenho uma Les Paul feita por luthier, comprei usada, e desde que a recebi ela tem esse problema da mizinha escorregar pra fora da escala, isso é um iferno, impede de conseguir tocar sossegado, não tem como tocar com isso. no meu caso não é a pegada, porque por mais delicado que toque a corda mizinha, ela é muito facil de escorregar pra baixo, também creio não ser o nut, pois já testei 2 nuts diferentes, e o problema persiste. Vocês encontraram alguma solução / resposta do que seria esse problema?? Muito Obrigado.

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    5. Se apenas ela (e não a mizona) sai, a ponte pode estar mal colocada. O que é um problema, pois envolve o reposicionamento - da ponte e eventualmente do cordal. Coisa pra luthier (um bom dessa vez) fazer. Se as duas saem, foi erro de projeto/estrutural. Erro (fatal) do luthier.

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    6. Muito Obrigado pela resposta!!! A mizona percebo essa facilidade pra deslizar também, porém, como eu quase não toco na mizona em solos, ela não escapa. Mas levando em consideração que as duas E(s) escapam, nesse caso como é um erro de projeto tem solução? ou nada a se fazer??? Muito Obrigado pela resposta!!!

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  25. A percepção de raio é no contado da mão/dedos com o a escala, principalmente quando fazemos um acorde em pestano, por exemplo. De nada adiantaria raiar o traste - a escala/ponto de contato dos dedos continuaria a mesma. Além disso, provavelmente terias problemas de afinação.
    É regra que o raio dos trastes siga o da escala.

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  26. Tenho procurado reunir o máximo possível de informações sobre construção de guitarras solid body, e a impressão que dá é que nunca se tem o suficiente. Ainda assim, já me aventurei a iniciar a construção de uma SG, a pedido do meu filho. Seu blog tem sido fundamental para a obtenção dessas informações.
    Obrigado por compartilhar seu conhecimento!

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    1. Nós é que agradecemos, Paulo!
      Torcendo para que a "aventura" dê certo! :)

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  27. Ola Paulo e Oscar...qual o raio das Vintage v100???...o braço delas achei muito confortável pra mim...na minha tele o raio é 9,5 e shape normal C...não me adaptei...to querendo mudar a escala para um raio mais reto, 12 talvez e afinar mais o shape... quando toquei na v100 achei muito melhor pra mim...vi que as fender estão com o Modern C ??Seria mais fino que o C normal??

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    1. O raio da V100 AFD é 12". Imagino que toda a linha seja assim. Pelo que me lembro, o shape é um "C" um pouco mais achatado.

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    2. Legal...vc sabe a diferença do chape C para o Modern C, que a fender criou??

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    3. O modern C é um pouco mais achatado que o C padrão dos anos 60. Quase um "D"

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  28. Parabéns pela capacidade e obrigado pela dedicação e compartilhamento de vosso conhecimento!!!

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  29. Paulo, a referência de raio de escala também é válida para escalas escalopadas ou braços escalopados não são influenciados pelo raio?
    Grande Abraço e parabéns pelo blog.

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  30. Paulo, eu tenho uma Fender japan reedição 57 ano 93, se mudasse o raio de 7.25 pra 9.5 ou 12, perderia o valor essa guitarra ? Vale a pena mudar o raio. Obrigado

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    1. Sim, perderia o valor "vintage", considerando que é uma guitarra de 1993 e tem já quase 25 anos :)
      Mas não são ainda guitarras que valem muito, portanto, se acreditas que será mais útil pra ti com raio maior (eu iria de 9,5 e não 12), beleza! :)

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  31. Ótimo tópico! Tirou minhas dúvidas. Obrigado por compartilhar seu conhecimento. Pude perceber que minha "9,5" anda precisando de ajustes urgente. Abração

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  32. Paulo, tenho uma dúvida. Minha Squier Jv Series segue a linha com raio (acredito ser 7.25) e trastes vintage. Braços assim aceitam trastes jumbo? dunlop 6105 por exemplo.

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    1. Sim, Caio. Mas já que vais "modernizar" e colocar os 6150, por que não aproveitar e raiar a escala para 9.5 também? Melhoraria muito a tocabilidade...

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    2. Vou seguir seu conselho. Muito obrigado pela moral!

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  33. Olás ...Quando a curvatura é composta como fica a ponte ? Obrigado

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    1. Depende do tipo de ponte... Se for uma com curvatura fixa como a tune-o-matic da Gibson, deve seguir o padrão do menor raio. Já uma com saddles reguláveis permitiria um ajuste intermediário, conforme o gosto do guitarrista, embora obviamente venha ajustada de fábrica pelo menor raio, pra evitar trastejamentos.

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  34. Ola bom dia... estou montando uma double neck modelo sg no caso o raio correto pra usa nela seria 12? Como nas les paul

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    1. Se pretendes usar pontes do tipo tuneomatic, sim, porque elas não têm ajuste individual de altura dos saddles e praticamente todas são feitas com raio fixo de 12". converse com o teu luthier.

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  35. Opa ficou show....qual a marca dos trastes que usou?

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  36. Que post bem escrito e ilustrado! Super didático, parabéns e obrigado pelos ensinamentos!

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  37. Este comentário foi removido pelo autor.

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  38. Guitarra com raio 14" fica confortável para fazer solos...?

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    1. Confortável é relativo ao estilo e pegada, mas o Raio 14” vai permitir ação bem baixa de cordas. O pessoal mais Tecnico prefere esse tipo de regulagem em geral :)

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  39. Paulo, parabéns pelo blog! É uma enciclopédia pra mim.
    Engraçado que a Fender abandonou definitivamente o raio 7.25.
    Estava vendo uma Fender Eric Clapton"Blackie" com raio de 9.5, sendo que a original do Clapton é 7.5.
    Será apenas por causa da ação das cordas?
    Eu tenho uma Fender Japan reissue 62 com raio 7.5 e ajusto os carrinhos de acordo com o raio e a ação fica confortável ao extremo

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  40. Obrigado, Mário.
    Realmente, tá difícil achar o raio de 7.25. Acho que só nas Custom Shop.
    Mas acredito que seja uma questão de praticidade a opção pelo padrão 9.5. É perto do 7.25 e não interfere nos bends, principalmente para aqueles que preferem ação mais baixa. Até gosto das minhas Fender com raio de 9.5. Já 12... Parece que simplesmente não combina com Fender, hehehe.

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  41. qual e o raio da guitarra menphis by Tagima since 1985?

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  42. Olá para um raio maior tipo 20 como faço para saber as medidas em mm

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