Páginas

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Stratocaster "KNE" de Ash

(obs: antes de fazer perguntas e ou postar comentários, leia aqui: CLIQUE)


Paulo May


          Apresento-lhes a minha nova strato de Ash. Linda e com timbre mortal :). Antes que algum incauto pergunte "KNE? Que marca é essa?", esclareço que "KNE" é o apelido dela, já que o corpo foi adquirido nessa luthieria/empresa (mais adiante).
Já falei tantas vezes que ia parar de montar guitarras, mas havia uma lacuna óbvia: ainda não tinha uma stratocaster de hard ash. Tenho duas maravilhosas de alder (já postadas aqui: a Black e a 97) e até uma de swamp ash (SX: clique), mas, devido à imprevisibilidade do ash, principalmente o hard ou northern, até agora tinha receio de arriscar.
A stratocaster com corpo de ash e braço de uma peça de maple é de fato o padrão original criado por Leo Fender em 1954 (o Alder só passou a ser utilizado e dominante depois de 1956), por isso eu precisava ter uma :). Pra saber mais sobre essas diferenças entre alder e ash, clique aqui para o vídeo da Fender onde o diretor de marketing e luthier, Mike Eldred, explica tudo.

Nesse vídeo, meu amigo (guitarrista e luthier) Alex Arroyo dá uma canja rápida pra vocês terem uma ideia do timbre (foi meio na correria então só temos os timbres do captador do braço e ponte):



          O risco era grande, por isso optei pelo melhor (e com ótimos preços) fornecedor possível: a KNE guitars, da Califórnia. Essa dica me foi passada pelo Oscar em 2013 e já havia comprado um fantástico corpo de alder (duas peças, coladas fora do centro) deles. O Mitch, da KNE,  é um cara muito legal, tem vários clientes no Brasil e sabe dos nossos impostos abusivos. Dessa vez não precisei passar pelo stress da receita federal porque o Oscar estava nos EUA e trouxe o corpo pra mim.
Pedi ao Mitch (ele é sempre solícito, mas não insista em pedir o headstock finalizado :) ) um hard ash mais leve (sim, hard ash pode pesar igual a uma pedra) e colagem central das duas peças, já que faria um acabamento sunburst de duas cores. A KNE seleciona e compra suas madeiras de ótimos fornecedores, alguns também utilizados pela própria Fender, portanto, nem preciso dizer que as madeiras são top. O padrão é 100% Fender, então não há erro: um braço também no padrão Fender vai encaixar como uma luva.

(obs 01/2016: Convém acrescentar aqui que, embora seus produtos sejam de extrema qualidade, a KNE não é fornecedora autorizada/licenciada pela Fender. Mesma qualidade - senão melhor - , mesmo padrão, mas NÂO é Fender, ok? Depois desse post já vi gente vendendo corpos KNE no mercado livre dizendo que é licenciado...)


A junção corpo/braço é FUNDAMENTAL no timbre das guitarras: quanto mais contato, maior a transmissão sonora. O braço comprei via e-bay de um luthier canadense, também 100% padrão Fender, peça única (essencial: braços de maple com escala colada de maple soam diferentes) e quase "flame". Muito bonito e com acabamento (claro, também de nitrocelulose) na cor "vintage", que é um amarelo escuro, meio âmbar.

          A minha ideia era montar uma strato nas especificações exatas da original de 1954, mas dois detalhes fui obrigado a deixar passar: pedi escala com raio de 9.5 polegadas (e não 7.25 como as dos anos 50 e 60) e coloquei saddles/carrinhos modernos, de aço. Também tomei a liberdade de utilizar um bloco de aço Manara nas especificações de uma ponte Wilkinson, ou seja, há um esperto deslocamento do ponto de entrada da primeira e quarta cordas pra manter todas as 6 com praticamente a mesma extensão/tensão pré saddles. Ideia genial do Trevor Wilkinson que o Leo Fender esqueceu de implementar. Veja:

Na foto de cima percebe-se também o ultrafino acabamento de nitrocelulose (dá pra sentir os veios do ash com os dedos) e o toque de flame do braço de maple.

Tarraxas Gotoh Vintage, captadores: Fender Custom Shop 54 na ponte, Rosar Fullerton no meio e Rosar Fullerton (especial de formvar) no braço (esse é idêntico ao 54). Se fosse utilizar essa guitarra ao vivo em shows, provavelmente colocaria um Rosar Rock Surf 43 na ponte (ou um Blues 43), só pra garantir o corte de médios e evitar que amps ruins avacalhem com os agudos do CS54 (estão no limite).

A grande diferença entre essa e as minhas outras guitarras é que eu decidi não montá-la sozinho. Só montei guitarras até agora pra aprender e SABER, mas nunca tive muito saco pra isso. É cansativo e muitas vezes entediante, principalmente a parte de acabamento/pintura. Além disso, queria ter plena certeza que ela ficaria com máxima tocabilidade... Então deixei tudo nas hábeis mãos do meu amigo, professor e luthier Inaldo. Foi ótimo também porque vários trastes precisavam de retificação (provavelmente devido à viagem/temperaturas do Canadá/Brasil e o terrível tempo de espera pela liberação da receita no Brasil).

Todos os plásticos (de excelente qualidade e acabamento), canoa do jack e back plate foram comprados na China via e-bay/paypal.


          O logotipo Fender com tinta metálica (idêntico ao original) comprei na CroxGuitars (Inglaterra): o Crox também é gente finíssima, conhece os brasileiros e envia os logos dentro de uma carta, portanto...
Pro acabamento ficar perfeito, utilizei "Tru-Oil" (Birchwood-Casey), que foi uma dica do meu amigo Vítor Tavares (que só monta e vende guitarra no padrão Fender - filezinho). O tru-oil é fantástico - utilizei o dedo pra espalhar e bastam 4 ou 5 demãos, lixa 600 de leve, mais uma ou duas demãos, uma passada da 600, depois 1200, polir e correr pro abraço! :). Tinha um cara vendendo 200 ml de tru-oil no ML dia desses, mas o meu comprei no e-bay. (Procure por "guitar + tru-oil" ou "tru-oil finish" no youtube antes de perguntar, por favor)

          E o som dela? :) Tive muita, muita sorte. Aposto como vocês iriam babar e com certeza vou preparar algo depois, mas há um detalhe no meu gosto pessoal que é meio estranho: detesto ressonâncias graves ou "timbre gordo" e o ash é desgraçado nessas frequências - mesmo o "bom" ash pode sobrar nos graves. Já toquei em stratos e teles de ash americano que poderiam virar lenha. Quando o ash soa mal - e não dá pra saber antes de montar a guitarra -  ele soa REALMENTE mal.  Ao contrário do alder que via de regra soa quase sempre bem, o ash é 8 ou 80, não tem jeito...

Como não podia deixar de ser, percebi, com cordas 0.10, um pentelho de sobra de graves na 5ª e 6ª cordas - detalhe que muitos de vocês provavelmente adorariam, mas eu tenho alergia. Mesmo a minha excepcional Tele 68 (de hard ash) tem esse problema e eu o solucionei utilizando cordas 0.09 ou, as melhores que existem: um jogo GHS híbrido chamado "GBLXL": na ordem da primeira para a sexta: 10,13,15, 26, 32, 38. Começa com padrão 0.10 e acaba com padrão 0.08! É perfeito para telecaster e resolveu totalmente nessa stratocaster. :). Não há perda de graves, mas sim ganho de definição. Eu descobri esse encordoamento na década de 80, pois a minha Telecaster 74 soava do mesmo jeito que TODAS as minhas guitarras de ash (isso não ocorre na SX de swamp ash, que tem  encordoamento 0.10).

Eu tinha alguns logos que eu mesmo fiz da Fender CS e coloquei pra ver como ficavam. Legal! :)

Pra quem não conhece o blog e tá chegando agora: eu só coloco os logotipos porque é tudo tão "Fender" que a ausência deles fica estranha... Essas guitarras são, se muito, réplicas e não cópias para serem vendidas. Se um dia alguém tentar vender essas guitarras como Fender, o blog estará aqui para desmenti-lo :)

          O trabalho que o Inaldo fez nessa (e em várias outras já postadas) foi, como sempre, excepcional. Ele já conhece as minhas "bardas" de regulagem (ação baixa, ponte colada no corpo), fez um nut (perfeito) de osso e um acabamento soberbo de nitrocelulose. O alinhamento da ponte/corpo/braço eu nunca conseguiria fazer de forma tão exata/inteligente (depois ele mesmo vai explicar). São detalhes que somente quem nasceu com o dom pode fazer.
Optei por deixar os veios do ash bem aparentes - a Fender geralmente passa uma leve camada de verniz semi transparente ou âmbar/laranja por cima pra apagá-los um pouco.

____________________________ ****_______________________________


Próximo post: o "making off" dessa guitarra e de quebra, apresentarei pra vocês (finalmente) o Inaldo :)... Uma palhinha:

INALDO


126 comentários:

  1. ....santo GAS!!!
    Parabéns pelo tópico e pela guitarra!!

    ResponderExcluir
  2. Putz, ficou linda! Excelente trabalho do Inaldo.

    ResponderExcluir
  3. Lindona mesmo... parece uma custom shop mesmo! Ansioso pra ouvir os timbres dela... é interessante como o teu gosto pessoal gera algumas modificações que quebram o clássico, o que demonstra um desapego pra mudar aquilo que você acha preciso, mas também um apego ao projeto original do Leo, Eu não tenho dúvidas que usaria um jogo de cordas 010 e saddles vintage, por exemplo, porque curto a "sobra de graves" dos bordões... até já pensei em colocar um jogo híbrido com as cordas graves mais grossas, heheh... abraço Paulo! Belo post!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Esse jogo híbrido com graves mais grossas é bem mais vendido do que o que eu uso, Cícero. Como falei, meu gosto nesse quesito é meio estranho :)

      Excluir
    2. Maravilha de guitarra, parabéns mais uma vez! Uma coisa que eu imagino que vá agradar a você, Paulo, seria um bloco de sustain feito de latão, ele não deixa sobrar graves, porém ajuda a proporcionar aquele timbre "piano like" nos bordões. Infelizmente nosso amigo Carlos Manara não trabalha com esse material, mas eu tenho feito um ou outro com um inglês muito gente boa.
      a boa nova é que o Manara está com algumas novidades, dentre elas alavancas de aço inoxidável. Gostei bastante!
      em relação às pontes Wilkinson, outra pequena diferença é proporcionada pelas ranhuras feitas onde se apoiam os parafusos dos saddles na placa. Evitam que haja qualquer tipo de escapada para os lados.
      Sucesso e grande abraço!

      Excluir
    3. Obrigado, Alex. Até hoje só toquei em uma strato com bloco de latão - já faz um tempo e ela me soou com pouco ataque de médios... Mas o local e setup não eram meus, então é provável que tente de novo se tiver a oportunidade.
      O Manara me enviou um bloco com a nova alavanca - qdo chegar vou testar, mas duvido que não goste - o homem é muito perfeccionista :)
      ... Somos dois fãs do Trevor Wilkinson, então :)

      Excluir
    4. Então, eu já recebi e instalei um novo bloco com a alavanca e esse novo encaixe que ele está oferecendo. Nem preciso comentar que o que era excelente caminho mais um pouco para a perfeição. Nota mil pro Manara mais uma vez!

      Excluir
    5. Eu estou usando essa alavanca tbm... recomendo que, se alguém for usar, experimente com a regulagem do Carl Verheyen https://www.youtube.com/watch?v=Iy-F7iSIopA , nem que seja só por curiosidade... vcs vão gostar do resultado e da firmeza da afinação.

      Excluir
    6. Linda guitarra, Paulo. Parabéns pelo post!
      Quanto aos blocos de latão, confecciono também. É questão de gosto.

      Excluir
    7. Obrigado, Carlos :)
      A gente conversa o tempo todo e eu não sabia que fazes blocos de latão também! KKK!
      Abraço!

      Excluir
    8. Raramente faço, mas quando algumas pessoas me pedem faço também!
      Abraço!

      Excluir
    9. Mais uma notícia excelente para o guitarrista brasileiro, pois já sabemos que se trata de mais uma produção confiável e de alta qualidade! Agora mesmo é que não compro com outro...rs!

      Excluir
    10. Também acho! :) Com esses produtos do Manara podemos deixar de babar e pagar impostos pelos de fora.

      Excluir
    11. A observação e recomendação do Cícero em relação a regulagem do Carl Verheyen, Paulo. Fiz questão de usar uma ponte chinesa de uma sx sst, que geralmente são muito criticadas. Inicialmente senti um pouco de dificuldade, mas agente pega o jeito. Há muitos problemas em stratos quanto a afinação, quando usamos a alavanca, inclusive em guitarras top. Fiquei muito impressionado com essa nova regulagem, pois não conhecia. A firmeza da afinação, segura perfeitamente podemos alavancar pra cima e pra baixo tranquilamente sem desafinar, sem contar a leveza da alavanca, muito confortável e precisa ficou excelente.Acho até que merece um poste, Paulo, Dando as dicas para os strateiros que ainda não conhecem essa técnica.
      Abraço!

      Excluir
  4. Paulo, belíssima strato! O nitro no verso do corpo está indescritível de tão bonito.
    E a quantidade de dicas no post ficou ótima, quase dispensa perguntas. Imagino que a ponte seja a WVPC com saddles modernos.

    Essa questão do som do ash, nas stratos fica característico mesmo. Boas Fenders de ash + braço maple no youtube, por exemplo, soam sempre agressivas, graves e agudos destacados mas parece que falta corpo (acho que médios né) para o meu gosto, comparadas a boas stratos de alder e braço de maple/rosewood.

    Se para o seu gosto, só um jogo específico de cordas resolve a questão, maravilha!
    Abraços.
    Marçal.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Marçal, os saddles e a placa são de uma WVPC sim. A furação batia certinho com a padrão e eu tinha um bloco Manara do modelo Wilkinson. Ficou perfeita :)

      Estás certo quanto ao ash - e eu também prefiro alder para stratos :)

      Excluir
  5. Que coisinha mais linda, Paulo. Obrigado por compartilhar :)

    ResponderExcluir
  6. Caramba....

    Essa aí está de tirar o chapéu!
    To ligado que teu timbre de strato é na cola do Robert Cray e do Michael Landau.



    abraço,
    Arthur

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado Arthur :)
      Olha, tuas mensagens estão chegando com um link anômalo (supostamente da UPS) para:
      http://trkcnfrm1.smi.usps.com/PTSInternetWeb/InterLabelInquiry.do?origTrackNum=01888155135191706058
      Provavelmente tens um vírus de email aí, meu caro.

      Excluir
    2. Opa Paulo, Não detectei nada, melhorou agora?

      Excluir
    3. Não, continua. A mensagem é supostamente da UPS mas como tá em português, é coisa de hacker tupiniquim. Não sou expert no assunto, mas seria legal enviares um e-mail (com o mesmo endereço que usas aqui) para um amigo e checar com ele se aparece esse link.

      Excluir
  7. Lindíssima, Paulo! Parabéns pela nova menina!!!

    ResponderExcluir
  8. Linda a guitarra, na hora me veio a imagem da Brownie do Eric Clapton na capa do álbum Layla and Assorted Love Songs
    E com esses Fullertons deve ter ficado um baita sonzão...
    O trabalho de pintura está um primor e finalmente vamos conhecer o tal do Inaldo.
    Esse vai ter fila de espera daqui para frente...

    Um abração!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Até fui dar uma olhada na Brownie, Fabrício - mas ela era de alder :)
      Não conta pra ninguém, mas eu tava querendo copiar era a strato hardtail 54 do Ronnie Wood:
      http://www.maverick-music.com/wp-content/gallery/ronnie-110712/arw-012.jpg
      Quase mandei o Mitch fazer hardtail - faltou coragem :)

      O Inaldo tá sem internet há uns 6 meses - vive praticamente isolado num pequena cidade satélite de floripa. Não vai saber nunca desse post! KKK!

      Excluir
    2. Nossa, eu sempre achei que a Brownie era ash. Huuum...
      Agora, essa que você montou é realmente de encher os olhos, mais vistosa que a do Ronnie Wood...hehe...
      Imagino que no próximo post vai responder a pergunta de muita gente: quanto é o custo para montar uma dessas...
      Agora não sei dizer se é bom ou o ruim para o Inaldo ficar sem internet...rs...rs...

      Excluir
    3. US$ 125 pelo corpo (o Oscar trouxe, junto com as tarraxas Gotoh, US$38/StewMac, mas o shipping comum da KNE é cerca de 60 dólares) e US$ 130 pelo braço.

      Isso dá US$ 293 - foi o que eu gastei de fato, pois o resto tinha em casa. O Inaldo fez um bom desconto (de freguês preferencial - eu gasto com ele há uns 7 anos:) e era um pacote que inclui a pintura de uma nova tele (outra!) que tô montando.

      Excluir
  9. Sempre tem uma (boa) desculpa pra mais uma guitarra, né? kkkkkkk

    Se quiser uma ajuda sobre como começar a se livrar de algumas... Bom, eu tenho bem menos que você - mas já muito pra qualquer mortal normal (principalmente pelo olhar da cara metade...) - e, semana passada, comecei a me desfazer.

    Vou te falar uma coisa: é DURO! Duríssimo! Mesmo tendo começado com a guitarra que menos eu pegava e com a qual tinha pouca intimidade (um clone de hollow L5).

    E nem foi pela grana. Eu sempre acho que não vale a pena vender por dinheiro nenhum, porque no fim esses objetos acabam tendo um valor muito maior que o custo envolvido. Foi pelo excesso mesmo. Não "preciso" de tantas guitarras.

    O próximo a ir embora será um baixo Condor. Depois algumas pedaleiras, pedais... Estou me esforçando na arte zen do desapego... rs

    Quanto à guitarra em si: muito show!!! Linda demais mesmo.

    Pelo jeito esse tru-oil é isso tudo de bom que dizem, né? Estou esperando uma lata há mais de dois meses (está colada no casco de uma tartaruga manca... mas um dia chega, se Deus quiser e o Correio permitir!).

    Quanto ao logo... Eu entendo o seu lado (e eu mesmo já fiz isso uma vez). Mas você já é quase uma "instituição" em termos de modelos. Eu, no seu lugar, criaria um logo próprio. O fato de "ser tão Fender" realmente pede algo no estilo ali, mas não precisa ser exatamente "Fender". Eu fiz isso também numa minha e acho que ficou interessante, dá uma olhada:

    http://i1296.photobucket.com/albums/ag14/jjj_fcc/strato17_zps330296a2.jpg

    Minha preocupação é que algumas dessas suas passam por verdadeiras fácil, fácil. Então, se você vender alguma delas, acho que deveria dar um jeito de deixar claro que são réplicas.

    Abraço!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bom, se a meta é "se livrar de guitarras", acho que tenho uma boa idéia pra trazer pra vcs... pq vcs não fazem um "leilão beneficente". Escolhem as guitarras que precisam se livrar, marcam um local, data e hora, definem um preço mínimo e que venham os lances. Vcs iam conseguir "diminuir a coleção", sem aquele desgaste todo de uma venda/negociação, e ainda ajudariam pessoas que precisam... fica a dica! Abraços para os colecionadores compulsivos! kkkk....

      Excluir
    2. Que isso, cara?! Não pode ser de "lote" não... Tem que ser com calma, de forma bem pensada, pra não rolar arrependimento depois.

      Excluir
    3. A "arte zen do desapego"... :) É foda, há dias que fico apavorado com a quantidade de guitarras aqui em casa e prometo que vou me livrar de algumas. Mas no outro dia... :)

      "Frankie Partscaster" é ótimo! :)

      Excluir
  10. Paulo, alem do ajuste nos trastes foi o luthier que também fez o acabamento do braço (o decalque sei foi você) ou ele já veio assim dos Canadá? O flame é bonito mesmo. Prefere braços com acabamento envernizado ou aqueles encerados (satin finish é isso??)

    Marçal.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Já veio assim "Nitro Satin Vintage Finish". Acho mais bonitos os encerados, um pouco mais foscos, mas a maioria eu acabo passando uma lixa 1200 atrás pra não grudar.

      Excluir
  11. Nossa Paulo, que guita loka!!
    Aproveitando, Paulo/Orcar, o que me falam sobre a Fender Stratocaster Eric Clapton (Artist Series - Ñ custom shop rsrs) ?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Alexandre, como já te falei pelo FB, a Eric Clapton é uma guitarra com especificações Vintage e captação moderna (Noiseless com circuito ativo e mid-boost). Se esse tipo de sonoridade e "features" te atraem, ela sem dúvida é uma ótima guitarra. Se vc busca o timbre dos singles reais, vc irá ter que trocar a captação e etc removendo o "diferencial" dela, a não ser que vc goste muito do braço (em V ) e queira isso mesmo... Tudo depende do que vc quer.... Capiche?

      Excluir
    2. Vdd Oscar, na verdade era só pro Paulo mesmo a pergunta mas acredito que seja tbm de mesm opinião, certo? Bom, braço em V, esse realmente eu não cheguei a testá-lo. Q me fala desse tipo de braço? Tem como compará-lo com os da Gibson (desculpe mas não tenho outra referencia rsrs) pois conheço dos 50´s e o slim taper (60´s).
      Vlw Oscar!
      Abs!

      Excluir
    3. Eu gosto do Braço V da Fender mas tem gente que estranha a pegada. Tem que testar mesmo pra saber, mas não é nada parecido com nada que a Gibson faz.

      Excluir
  12. Salivando aqui! rsrsrs Resta-me parabenizar o Inaldo, claro! = )

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Vou ter que dizer pra ele :) O cara tá sem internet há um ano e nem dá bola...

      Excluir
  13. Parabéns Paulo! Belíssimo instrumento! Saiba que você e o Junior são responsáveis por despertar a GAS em nós pobres mortais!

    ResponderExcluir
  14. Parabéns Paulo, só aprecio e aprendo. um abraço

    ResponderExcluir
  15. Belo projeto Paulo, muito bonita essa peça de ash, fico feliz em saber que soou bem !

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Soou bem pra mim, né :)
      Eu gosto de strato mais seca, definida e com mais ataque. Já acrescentei ao post um vídeo dela em ação.
      Abraço!

      Excluir
  16. Paulo, o vídeo é rápido mas mostra o que você disse: som seco, com ataque e bem definido. Para você, uma variação interessante comparada as suas duas stratos de alder. Muito bom e creio que comparável a qualquer Fender CS atual de ash.

    Marçal.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. As de alder são um pouco mais arrogantes, mas adorei o som dessa, Marçal :)

      Excluir
  17. depois que vi suas dicas do corpo da Kne , fiz a compra de um corpo de tele e posso dizer que a minha tele ficou sensacional!! obrigado pelas dicas!
    Olha a foto!

    https://fbcdn-sphotos-e-a.akamaihd.net/hphotos-ak-prn2/t1.0-9/10152606_517345378375957_60345423_n.jpg

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A KNE é excelente para corpos Tiago!! Já somos clientes de longa data :-)! Ficou linda sua Lefty :-)

      Excluir
    2. Ficou bonita mesmo. Parabéns! :)

      Excluir
  18. Muito linda esta guitarra, onde comprou o braço?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. De um vendedor/luthier canadense no e-bay. Se não me engano é "Olivewood Guitar Company"

      Excluir
  19. Paulo vc ja viu uma Jazzcaster ou telemaster(hibrido entre jazzmaster e uma tele)?Se sim,o que acha?É o meu sonho ter uma...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim. Deve ser uma boa opção, Victor. Particularmente, não gosto de hibridismos em guitarras clássicas, com mais de 40 anos de história. É como tentar misturar uma garrafa de coca cola com uma de fanta. Fica estranho, mas nada contra... :)

      Excluir
  20. Guitarra espetacular! Sonoridade mais do que excelente! Parabéns, sou fã do seu blog e aguardo ansioso por cada post, obrigado pelo conhecimento e paixões compartilhados.

    ResponderExcluir
  21. Parabéns Paulo, mais uma bela guitarra.Estou curioso pra saber como aplicou o tru-oil, você aplicou também sobre o walterslide?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, é necessário para proteger e dar uniformidade ao acabamento.

      Excluir
  22. Poderia fornecer o contato de quem fez esse braço para você? Achei bem interessante.

    Abraços.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Foi via ebay, mas pode ser direto também:
      http://www.olivewoodguitar.com/

      Excluir
    2. Gostei tanto do seu post que estou montando uma similar. Comprei o corpo em Ash da KNE (SSS - Swamp Ash - 8 screws) e agora estou procurando um braço em Maple (ouvi vários samples e foi a combinação que eu mais gostei). Pra ser honesto eu ainda estou pesquisando sobre a melhor configuração do braço (D, C, V...), trastes... Tenho bastante dúvida e pouco acesso a testes aqui na minha cidade. Quanto a captação eu quero algo não tão estridente quanto o Texas Special, porém, não tão "tranquilo" quanto o Big Dipper. Um que me agradou bastante foi o Strato 69. To tendo o maior cuidado para selecionar tudo da melhor forma possível. Atualmente eu toco Blues na mesma medida da captação que quero: não tão estriente quanto o texas special, mas, um pouco mais agressivo que o John Mayer (por isso as bases de comparação para os captadores, mesmo sabendo que é algo subjetivo eu tento transparecer um pouco).

      Tirando a captação e o braço que eu acho importante ser o mais confortável possível, quero reproduzir as caracteristicas das strato de 50. O que acha?

      Obrigado.

      Excluir
    3. Também to pensando em usar todo o hardware da Callaham, gostei muito do trabalho dos caras. O que acham? Falam muito bem da barra, mas, não sei bem quanto ao resto.

      Excluir
    4. O som clássico de strato dos anos 50 é um pouco diferente do de meados de 60 e ambos são diferentes do final (69) e início dos 70. Depois de 71 ou 72 fica tudo ruim.
      Particularmente não gosto dos 69.
      O hardware da Callaham já foi citado aqui no blog. É excelente.

      Excluir
    5. Na verdade é um apelo mais estético que qualquer coisa (sunburst 2 cores, escudo antigo, ferragem vintage, escala em maple...). A única coisa que preferi não fazer à época é o braço por questão de tocabilidade e a captação que será a melhor possível pro som que eu quero fazer.

      Muito obrigado quanto a dica vendedor canadense, já acabei de encomendar com ele meu braço.

      Poxa cara, eu achei o 69 bem bacana. Achei ele bem meio termo entre os que eu tinha te falado. Eu ouvi os 54 e particularmente achei o som excessivamente vintage, não vai casar com a proposta do que eu to fazendo atualmente. Ouvi o som dele plugado em um blues jr. (amp que to usando no projeto pela praticidade) e o som é exatamente o que eu procurava.

      Esse blog é muito bom, tirou praticamente todas as minhas dúvidas sobre como montar uma boa guitarra sem pagar caro. Muito obrigado!


      Grato,

      Paulo Henrique Medeios

      Excluir
    6. Paulo, o CS69 dependende muito da guitarra pra ditar seu timbre. Pode soar meio megrelo e com excesso de agudos se a guitarra tender a tal. Já os tive em 3 guitarras e soou diferente em todas elas, mas sua característica é de sempre soar percussivo e scooped, sem muito médio. O 54 é o oposto disso, mais gordinho nos médios e com ataque mais forte. Se eu tivesse que recomendar algo no meio termo como vc diz, eu diria que o 57/62 seria o ideal. Ele tem mais graves e corpo que o CS69 sem ter os médios agressivos do 54... MASS, se vc já ouviu o CS69 e gostou mesmo, vai com fé! :-)

      Excluir
    7. Vou fazer mais comparações ainda. Muito obrigado pelas dicas, estou bem ansioso pra terminar essa guitarra.

      Um pedido seria mais posts sobre amplificadores, acho que poderia ajudar bastante também.

      Abraços

      Excluir
  23. Olá Paulo, passado um tempo e mais a aquisição de sua Fender Roland, continua com a mesma boa impressão dessa sua strato de Ash? Perceba que não estou querendo comparar uma com a outra.
    Pergunto se ainda está usando a de Ash ou já está "encostada". A sua achei um pouco aguda mas ainda legal e principalmente, belíssima.
    Juntei esse post e o do Jr com a nova Fender 54 Vintage 60 anos, e comecei a pensar em um corpo de hard ash leve da KNE, o set Fender 54 de aniversário e arriscar, mesmo correndo risco do som não ficar tão legal quanto uma de alder.
    Enfim, apenas sua opinião atualizada sobre essa strato de hard ash like-Fender.
    Abraço.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Marçal, tiveste sorte! :)
      Semana passada estava com um velho amigo aqui e ele, vendo a última tele que montei, me perguntou porque eu sempre uso a Tele 68 como referência para as demais. Ao tentar explicar pra ele, percebi que meu método de comparação tá bem enxuto e eficiente: basta um pequeno exercício de dinâmica no bordão do Fá/2ª casa e dois licks na região aguda do Ré/10ª casa e já dá pra saber se a guitarra é comum ou excelente. Geralmente posso fazer isso com qualquer posição do captador - se um funciona, todos funcionam. O setup é sempre o mesmo: uma simulação clean do Fender Pro Jr do amplitube.
      Bem, ele percebeu nitidamente quais guitarras eram boas: os timbres "dançam" de acordo com a dinâmica, desde leves palhetadas com palm mute à pancadas com acorde cheio. E as comuns, onde o timbre permanece o mesmo, só aumentando o volume e ligeiramente os agudos do ataque.
      A KNE passou muito bem pelo teste. Ainda perde em nuance dinâmica pra minha strato principal, mas é mais ressonante que ela. Guitarra de primeira.
      Tem a questão do gosto pessoal, já que eu prefiro guitarras mais abertas e estaladas, etc. Mas daí é "timbre". Quando o papo é resposta dinâmica, acho que não há discussão.
      A notícia ruim é que continuo sem saber se a guitarra é "viva" ou "morta" antes de tocá-la, independente do preço, materiais, etc. :)

      Excluir
  24. Legal saber que aprovou mesmo a guitarra, tem mais chances de dar certo caso eu siga projeto semelhante. Boa também a dica do teste de dinâmica.
    Lembra se esse escudo 3-ply veio ou não com aquele tipo de adesivo no verso, para reduzir ruídos, semelhante ao que ao escudo Fender que o Jr comprou para a 60's dele?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, o adesivo metálico não cobria 100% do escudo, mas ia desde a área dos pots até o captador do braço.

      Excluir
  25. Paulo, como curiosidade segue informação que eu desconhecia: northern ash e swamp ash podem ser retirados de uma mesma árvore! Foi o que eu entendi sobre essa explicação de Trevor Wilkinson a dois integrantes do fórum da Fender USA em 2011, a respeito do Ash usados nas Fender Am. Dlx (link embaixo do comentário):

    "Forum user Nikininja and I spent a fascinating evening with Trevor Wilkinson a few months ago. Amongst the many things we discussed was swamp ash. He told us something I for one didn't know: swamp ash is neither a type of tree nor an indication of geographical source. It merely means wood from the lowest part of the trunk which might have been exposed to more moisture from the surrounding soil. You can get swamp ash and regular ash from different sections of the self-same tree trunk. Obviously, only a small section of the trunk will have the swamp ash characteristics, so it is comparatively rare and therefore treated as a premium product."

    http://forums.fender.com/viewtopic.php?f=6&t=65246.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Essa eu não sabia... :) Sempre li sobre o swamp realmente ser de áreas mais úmidas e o hard ou northern, mais secas. Mas sabia que o ash pode variar de peso de acordo com o ponto da árvore - quanto mais alto, mais seco (e denso/pesado). Será que o caras não se referiam ao ash "light" e "heavy"?

      Excluir
  26. É possível Paulo.
    No link que coloquei, um dos users cita a diferença entre swamp ash e "regular" ash, o que não necessariamente significa northern ash.
    Quando percebi a diferença, já tinha te passado a informação. Mas cabe mais pesquisas. Se eu descobrir mais alguma coisa, te aviso.

    ResponderExcluir
  27. Olá Paulo, bom dia.
    Vc poderia me explicar como faz o acabamento com o tru oil? é sobre a seladora? é sobre a madeira direto? e como faz p/ botar o logo sendo q o acabamento é com tru oil? Valew. abraço

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O logo/decalque deve ser aplicado sobre uma superfície já brilhante e polida - pode ser verniz, true oil ou até mesmo o selador (depende do tipo). Não deves aplicar direto na madeira crua porque pode ficar fosco nessa região depois. Depois de secar o decalque - 1 a 2 dias, aplique de 6 a 8 camadas de true oil, espere uns 2 a 5 dias, nivele com lixas d'água 600 e 1200 e faça o polimento final.
      https://www.youtube.com/watch?v=McfApNWoQck

      Excluir
    2. Valew Paulo. Mas o q queria saber msm é sobre o tru oil, se ele é aplicado sobre a madeira crua, ou após a seladora. E em relação ao logo queria saber se não fica frágil com o tru oil e acaba descascando. Comparando o tru oil com o verniz nitro, qual vc gostou mais do resultado? Obrigado pela ajuda.

      Excluir
    3. Moisés, acho que o que tu queres é uma resposta abrangente sobre como colocar os logos. Não dá pra responder aqui, mas os acabamentos com tru oil e verniz são semelhantes em termos de visual. O conveniente do tru oil é que é mais fácil de aplicar (pode ser com os dedos). Como falei, o decalque não deve ser aplicado direto na madeira crua. Faça uma cobertura inicial com verniz ou tru oil. Depois de secar deves lixar e polir, aplicar o decalque e cobrir novamente, repetindo todo o processo. No total, levas pelo menos uma semana pra fazer tudo.

      Excluir
    4. Preciso entender uma coisa (estou trabalhando num braço da allparts): Quando você diz "depois de secar o decalque - 1 a 2 dias", essa secagem é do logo somente (da água usada pra destacá-lo) ou você já está se referindo a uma primeira demão de tru-oil? Deixar o logo solto sobre o headstock, sem cobertura de qualquer verniz sobre ele, não provoca alguma avaria?

      Excluir
    5. Pedro,
      1 a 2 dias pra secar a água microscópica que ficou embaixo do decalque. Em dias secos, 24 hs tá legal. Depois comece a passar o truoil, com os dedos, esfregando suavemente, pelo menos umas 5 camadas com 15-30 minutos de intervalo entre elas, dependendo da umidade do ar. Deixe secar e endurecer por um ou dois dias e lixe. Primeiro com 400, de leve e depois 600 ou, se conseguires, 800. Após a última lixa, sentiras a superfície bem lisinha porém ainda dá pra perceber o relevo do decalque. Repita toda a operação, pelo menos mais duas vezes, até não perceberes mais os contornos/relevo do decalque, em qualquer ângulo de visão. Nesse momento, passe uma lixa 1.200, e depois faça o polimento com gran dprix ou outra cera pra carro. Fica beleza, mas dá um trabalho danado e o pior são as esperas. Se tudo der certo, em uma a duas semanas terás um logo perfeito no headstock. :)
      Lembretes importantes: o logo deve ser aplicado já numa superfície lisa e brilhante (seja verniz ou truoil) - seria como se fizesses uma primeira etapa SEM o logo. Se colocares direto na madeira crua ou mesmo com verniz fosco, o fundo de logo sempre ficará fosco e fica feio no final. Eu só aprendi isso de fato nos últimos 4 ou 5 logos que coloquei. Nos primeiros, decalcava o logo, passava 3 ou 4 camadas de verniz e polia - nunca ficou natural...
      Principalmente nas primeiras lixadas após o logo, cuidado pra não lixar demais e acabar arrancando o próprio :)
      Olha, no total, deve ir umas 15 ou mais demãos de truoil. Paciência é a palavra chave :)

      Excluir
    6. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    7. Paulo, tenho que confessar algo constrangedor para este ambiente: toda a celeuma em que estou envolvido é para realizar o projeto de um... b a i x o :)
      Além de "louco por guitarra" (leia-se principalmente strato), sou maluco por jazz bass. Estou com um neck da Allparts, em maple, que já veio com uma grossa cobertura de verniz. Desse modo, de acordo com tuas instruções acima, está no ponto para aplicação do logo e, em seguida, do tru-oil. Já comprei ambos (o logo vem lá do Crox também). Eu havia comprado um logo no e-bay, mas acho que meu filho de 4 meses faria um melhor do que o que recebi :)
      Enfim, estou montando um baixo só com os itens que mais gosto. Depois de pronto mostro como ficou; afinal de contas, boa parte da montagem ocorre graças ao que aprendi e aprendo neste blog.

      Excluir
    8. Pedro,
      Eu já tenho um Jazz Bass original, então, um problema a menos :)
      Os decalques do Crox são perfeitos. O último acabamento fiz com verniz spray e fica legal do mesmo jeito. Se o headstock já tá com verniz brilhante, tá pronto pro decalque.
      Depois me conta como ficou.
      Boa sorte!

      Excluir
    9. Incrível tua disponibilidade e atenção com com os visitantes deste blog. Parabéns. Sem dúvida o melhor do Brasil :)

      Excluir
    10. Obrigado, Pedro! :)
      A disponibilidade é um reflexo direto do visitante em questão. Tu já fazes parte da história do blog. :)

      Excluir
    11. Paulo, esse trabalho você fez com lixa d'água, ou foi a seco? Eu encontrei as lixas, mas gostaria de saber mais esse detalhe, já que não tenho experiência com marcenaria. Abraço.

      Excluir
    12. À partir de 300/400 já devemos usar a água, Pedro. Eu faço num tanque ou mesmo na pia da cozinha, sempre com um fio de água correndo e deixo as lixas pegando água o tempo inteiro. Podes até deixar todas na água uma meia hora antes. O objetivo da água é evitar as micro ranhuras e facilitar o deslizamento da lixa.Molhar, lixar, lavar, molhar, lixar, lavar, secar, checar..., Eu lixo primeiro com 400, seco com um pano velho e checo a superfície. Assim que dá uma alisada, passo pra 600, seco e se ok, já começo outra série de demãos. A derradeira lixada com 400, 600 ou 800 e 1200 é que deve ser caprichada. As outras nem tanto.
      Eu errei muito nos primeiros decalques, então acho arriscado usar um original do Crox de prima. Tens aquele decalque mal feito sobrando, não? Pegue um pedaço de madeira e faça todas as etapas com ele e, se ok, repita imediatamente no original.

      Tem alguns vídeos mostrando como aplicar o decalque certinho, sem deixar rugas ou pior, rasgar. Também já vi alguns vídeos mostrando como aplicar o truoil, lixar, etc.
      As primeiras 3 demãos do truoil em cima do decalque são muito importantes e devem ser suaves - não se preocupe se o aspecto não é lisinho à princípio - vá colocando camadas que depois tudo fica flat com as lixas.
      Lixas são mágicas - geralmente elas dão conta de tudo no final :)

      Excluir
    13. https://www.youtube.com/watch?v=PkawGOSFjWQ
      Esse vídeo é bem legal, ppte se entendes bem o inglês.

      Excluir
    14. Ele só tá usando a lixa de 1200, que não é a adequada para as primeiras lixadas logo após as demãos. A 400 de cara já remove o grosso dos bumps e a 600 o fino. Eu deixo a 1200 só para a última sequência de lixadas.
      Ele repete o tempo todo pra nunca lixar demais logo depois da primeira série de demãos - se pegar o decalque, fudeu... :)
      Normalmente só consigo deixar as bordas do decalque invisíveis depois de repetir todo o processo umas 3 ou 4 vezes...

      Excluir
    15. O decal fica completamente mergulhado no acabamento, como se fosse uma impressão na madeira, certo? Acho que vai ficar legal no meu Allparts, já que o verniz em todo ele é bem generoso (é todo maple). Vou conferir o vídeo. Paciência é o que não falta; já estou lidando com esse baixo (e me divertindo) há muitos dias :) O próximo passo é a substituição do braço, pois ele ficou desmontado por uns meses há alguns anos, e eu não afrouxei o tensor. Resultado: uma curvatura negativa no braço, que as cordas não conseguem compensar. Troquei os trastes e aproveitei para tentar corrigir lixando a escala, mas ainda não ficou 100%; a ação das cordas não ficou "daquele jeito". Olha o bicho aí: http://www.contrabaixobr.com/t33050-modificacao-tagima-bass-vintage-hot-rod-style

      Excluir
    16. E obrigado pelas orientações, valiosas como sempre :)

      Excluir
    17. Paulo, comprei o logo do Crox no dia 10/12, e ele informou a postagem logo depois. Pois bem, passados mais de 40 dias, nada chegou às minhas mãos. Entrei em contato com ele e não há nº de registro da postagem. Já fiquei constrangido, pois pareceu que recebi mas quero dar algum golpe (adoraria colocar minha mãozinha de 26 cm em torno das vértebras cervicais do culpado pelo sumiço, mas o desgraçado não tem rosto, quanto mais pescoço :))
      Bem, você conhece algum outro fabricante de logos, cujo trabalho seja bom? Vou tentar comprar de outro, mas somente se for bem feito; nada melhor, então, do que perguntar pra um especialista como você. Abraço.

      Excluir
    18. O primeiro que comprei também levou mais de 40 dias pra chegar, Pedro. Por alguma razão que desconheço, a carta chegou como se fosse enviada da Alemanha e não Inglaterra. Acho que ficou zanzando um tempo pela europa antes de chegar aqui :)
      O segundo veio rápido, cerca de 15-20 dias.
      Espere mais um pouco, acho que vai acabar chegando.

      Excluir
    19. Você tinha razão, o logo acabou chegando. Levou exatos dois meses, entretanto. Não há qualquer carimbo indicando a data da postagem nem qualquer informação que indique alteração de itinerário, como você relatou sobre a encomenda que fez. O importante é que agora posso trabalhar :) Além disso, o acabamento do logo é fantástico - cores, contornos, tudo. Se eu acertar a pintura com o tru-oil, vai ficar perfeito.

      Excluir
    20. A minha primeira carta tinha um carimbo de postagem da Alemanha. A segunda é inglesa e levou apenas 15 ou 20 dias pra chegar. O decalque é idêntico ao original Fender. Já treinastes a técnica? É arriscado tentar pela primeira vez com esse... :)

      Excluir
    21. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    22. Aproveitei o feriado pra trabalhar com a lixa. Já fiz a aplicação do tru-oil há uma semana, de modo que, teoricamente, deveria estar tranquilo para a lixa.
      Entretanto, observei que a consistência da pintura está mínima. Uma leve pressão de unha é suficiente para deixar a marca, ou para arrancar parte do material. Dá a sensação de um produto que foi aplicado sem catalisador. Isso muda com o tempo? Em algum momento a dureza do acabamento vai parecer com verniz convencional?

      Excluir
    23. Não podes utilizar truoil e/ou verniz em dias úmidos, Pedro. Nos dias normais e secos, já dá pra lixar em 24/36 horas. Agora terás que esperar o até a volta dos dias secos pra endurecer o truoil.

      Excluir
  28. Caro Paulo May,
    Após ler seu post me interessei e pesquisei sobre a KNE. Ela costuma fazer corpos com duas peças "coladas fora do centro" (bem próximo do fim ou ao começo pra falar a verdade), mas você pediu "ao Mitch [...] colagem central das duas peças". Assim sendo, permita perguntar: você tem alguma razão para ter pedido para virem colada ao meio? Afeta algo no som (timbre, sustain) ou foi pela qualidade da construção (resistência...)? Se fosse por estética, era melhor o padrão KNE se a pintura era sunburst, essa linha ia ficar atrás do escudo, da pintura preta e do jack...

    Aguardo resposta,
    Obrigado pela atenção
    Érico

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Colagem no centro pq geralmente o visual fica mais bonito/simétrico para acabamentos sunburst, Érico.
      E em se tratando de ash, é legal uma simetria dos frisos.
      Para alguns, a colagem "off center" teoricamente pode ter melhor ressonância porque é no centro que está a ponte e a fixação do braço - é a região onde o som acontece :)

      Excluir
    2. Obg pela resp. permita perguntar (aproveitar sua experiencia): qual sua opiniao em relaçao ao ash, ao swamp ash e ao alder em relaçao à timbre? eu sou baixista, entao, se vc pudesse recomendar alguma dessa p/ um baixo (PJ) qual recomendaria e pq?
      Sobre a colagem off-set ser melhor p/ ressonacia, essa é a opinião do Mich (KNE): “ On our 2 piece blanks we usually do an off-set seam so that the neck and bridge are on one piece of wood. We believe this makes for a much better sounding guitar.“ Andei conversando com ele por email e ele me respondeu isso sobre o trab dele
      ass erico

      Excluir
    3. Ao longo de todo o blog eu menciono inúmeras vezes o que acho dos timbres de determinadas guitarras de ash e alder, Érico. Tenho um Jazz Bass de alder e um Cort de swamp ash e gosto de ambos, embora ache que o alder tem médios mais pungentes.
      Concordo com o Mitch..

      Excluir
  29. Acerca da KNE usar alguns fornecedores de madeira da Fender, o Mitch (KNE) tinha me respondido naquele mesmo e-mail que desconhecia essa informação (" As for our suppliers also supplying wood to Fender, that is the first time I heard of that so I would have to honestly say it is untrue.")

    ass.: Érico

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Foi uma suposição inserida no texto... Eles estão na mesma região e lembro de ter lido numa entrevista de um diretor técnico da produção da Fender que seus (inúmeros) fornecedores de madeira incluíam os locais. Como a KNE localiza-se na mesma área da Fender na California e suas madeiras são excelentes, imaginei que houvesse alguma intersecção. Liberdade semântica.. :)
      A real é que as madeiras do Mitch estão no nível das boas e ótimas Fender.

      Excluir
    2. Paulo May, vc já pensou em usar braço/corpo das marcas Warmoth e/ou USACG? Vejo (nos foruns gringos) muito a combinação de corpo Warmoth e braço USACG pra baixos!
      Procurei (com auxílio do google) e ñ achei nd no blog.
      Em termos de qualidade da madeira e acabamento de braço, qual te agrada mais: WD, all parts, mighty mite ou outra marca? Obrigado pela atenção!
      p.s.: Aquela Olive me chamou a atenção, mas só fabrica tele/strato!

      Excluir
    3. O custo dos Warmoth, com importação, seria inviável. A WD também é mais cara... Bem, qualidade têm preço, né? :)
      Os MMite já são mais baratos e os 3 que tenho, embora não excepcionais, são muito bons.

      Excluir
    4. Só pra contribuir, comprei um braço de baixo da Allparts, estilo Geddy Lee, e os detalhes são absolutamente precisos. Não deve nada em acabamento ao braço Fender AM da minha strato :)

      Excluir
  30. Como deixaste os lindos veios tão aparentes? Foi usado anilina na parte amarela?

    ResponderExcluir
  31. Sim, antes de entregar para o Inaldo, fiz um tingimento usando anilina ouro e e um pouquinho de laranja.

    ResponderExcluir
  32. Esse corpo ficou lindo. Me lembra uma tele Godin, butterscotch blonde em ash, de um amigo que me impressionava pela beleza do acabamento, com esse mesmo grão tingido mais escuro sob a cor base mais clara. Bem e na verdade o padrão criado por Leo Fender das stratos 50's é swamp ash + maple. A Fender usa hard ash (também chamado de american ash ou white ash) hoje por ser muito mais barato, abundante, se acha em peças maiores e tábuas mais largas. É o mesmo ash usado pra construir os baseball bats. Costuma ser mais agudo e pesado que o swamp ash. Hard ash casa melhor com humbuckers e timbres hi-gain do que com singles e tem (ou pelo menos deveria ter) maior empregabilidade em superstratos do que em stratos. O exemplo paradigmático dessa combinação são aquelas superstrats do VH, Frankenstrat, Kramer 5150...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu gostei também, Rodrigo. O peso é menor que um hard ash mas um pouco maior que algumas de swamp que já toquei.O impasse é que via de regra eu tenho problemas com os graves do ash. De cada cinco corpos que pego, apenas um tem o equilíbrio que gosto.Mas o meu gosto é meio diferente do padrão que eu vejo por aí, então...Ela agora está com o Oscar em Curitiba e é bem provável que fique com ela. Senão, ele talvez venda por lá mesmo. Estou com uma outra com o mesmo padrão de peso, visual e qualidade da KNE e dessa vez tingi um pouco mais escura. Ficou um belo sunburst. Essa eu ainda tô timbrando - singles de alnico 3 no momento... :)

      Excluir
  33. Fala Paulo,
    Pena você não estar mais com a KNE. Mas seu teste com alnico 3 em outra strato de Ash tem boas chances de ficar legal. Entendi que o A3 com menos graves que o A5, e com médios e agudos comparáveis, pode equilibrar tudo aí.
    Está indo de encontro à strato Fender Am. Vintage Anniversary com CS54 alnico 3, que o Oscar comprou ano passado e adorou.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A KNE tá com o Oscar - é como se tivesse comigo :)
      E acertaste na mosca - aquela guitarra do Oscar no A3 realmente soou legal. E a ideia é essa mesmo - diminuir os graves :)

      Excluir
  34. Olá ,
    você indicaria hoje uma aquisição do braço strato do OLIVEWOOD GUITAR COMPANY?
    Abc

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu já comprei 3 braços com o Mick Oliveira, da Olivewood. Todos os 3 excelentes e muito bem feitos. Como as temperaturas são muito diferentes aqui e no Canadá, 2 deles precisaram de uma leve retificação em alguns trastes - coisa relativamente comum.

      Excluir
  35. Paulo, sobre o encordoamento ghs as cordas não ficam meio moles ? Calculando a tensão (pelo site da daddario) estimei que um jogo 10 13 16 24 32 42 teria tensão mais equilibrada, mas imagino que não reduziria tanto os graves.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu uso o GBLXL principalmente em teles, Pedro e nunca chequei a questão da tensão. Acho que é bem pessoal - pra mim, com esse jogo, as graves ficam mais secas e definidas :)

      Excluir
    2. Estou curioso. Não encontrei pra comprar na internet. Pode ser que encontre em alguma loja mais lado B.
      Senão, vou testar a combinação que postei.

      Excluir
    3. No Brasil nunca vi. Sempre tive que comprar lá fora.
      http://www.ebay.com/sch/i.html?_from=R40&_trksid=p2050601.m570.l1313.TR0.TRC0.H0.Xghs+GBLXL.TRS0&_nkw=ghs+GBLXL&_sacat=0

      Excluir
  36. primeira vez que vejo um braço one piece maple com skunk e sem a gota no headstock. curioso kkkk

    ResponderExcluir
  37. O grande Inaldo é de onde ? faz pinturas pinturas otimas em nitro !
    como contato ?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Inaldo é de Santo Amaro da Imperatriz, do lado de Florianópolis, Sta Catarina. 48-9984632630

      Excluir

Antes de perguntar, faça uma pesquisa no campo "Pesquisar nesse blog".