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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Angulação do braço: correção com calços


(obs: antes de fazer perguntas e ou postar comentários, leia aqui: CLIQUE)


         Eu já troquei muitos braços (parafusados, é claro) de guitarras nesses últimos anos. Algumas Stratos já experimentaram uns 3 a 4 braços diferentes :). Coisas do tipo: "Vou experimentar colocar o braço da strato "A" no corpo da strato "B" e vice-e-versa..." Tudo seria uma maravilha se todas as stratos e seus respectivos braços seguissem um padrão (o Fender, por exemplo) de medidas de largura e altura. Do tróculo (cavidade do corpo onde o braço é encaixado) e do braço.
Mas, na vida real, a lei de Murphy impera e sempre tem aquele milímetro a mais ou a menos pra pentelhar. Na maioria dos casos, o ideal é buscar a ajuda de um luthier, principalmente se tivermos que mexer no tróculo.



         Entretanto, um problema bastante comum e relativamente fácil de resolver em casa é o da angulação do braço (estaremos falando sempre em braços parafusados). Não confunda com "curvatura do braço", que é relacionada com seu próprio eixo e é regulada com o tensor. Antes de checar e arrumar a angulação, cheque a curvatura e faça o ajuste com o tensor, se necessário.

Teoricamente, ao contrário dos braços da Gibson, por exemplo, os braços tipo "Fender" não têm nenhuma angulação em relação ao corpo, ou seja, são colocados "retos no corpo reto".


Eventualmente, devido às superfícies do tróculo e da base de encaixe do braço, pode haver uma angulação, fazendo com que o braço fique apontando pra baixo ou pra cima em relação ao corpo. É importante reconhecermos esse problema porque geralmente tentamos compensá-lo mudando a altura dos carrinhos/saddles, mas mesmo assim sempre haverá uma região com trastejamento.

Quando isso acontece (angulação), temos os dois possíveis problemas descritos nessa ilustração:

Hoje em dia, com as máquinas CNC, angulação é um problema que raramente ocorre "de fábrica". Mas já vi fotos de Fenders da década de 50 com calços (Shim) no tróculo pra compensar - e esses calços foram colocados na fábrica... :). O calço pode ser de qualquer material, geralmente papel grosso (a espessura dependerá de quanto queremos corrigir, mas geralmente não ultrapassa 1mm)

Considerando a ilustração anterior, as respectivas posições dos calços para correção são as seguintes:

Seguem agora uma série de fotos que peguei na intenet do processo (é um baixo mas o princípio é o mesmo):



Podemos retirar as cordas e depois retirar o braço, mas como quase nunca dá pra ter certeza da espessura exata do calço, recomendo adotar esse procedimento: afrouxe as cordas mas fixe-as ao braço com um capo ou mesmo um elástico sob pressão. Assim, podemos retirar o braço, colocar o calço e testar rapidamente se funcionou ou não. Caso resolva retirar todas as cordas, dá pra testar recolocando só a 6ª ou a 6ª e a 1ª.


Geralmente a espessura de um papel mais grosso, como o de um cartão ou de caixa de sucrilhos já é suficiente. Use a própria base do braço para delimitar.


Cortado e posicionado no tróculo

Observe que nesse caso, o problema era o braço angulado pra cima, deixando a altura das cordas na região próxima ao corpo muita alta em relação ao nut.



Aqui as duas possibilidades de posicionamento (é claro, ou uma ou outra). Usei lixa de papel.

Recoloque o braço e cheque novamente a altura. Como regra geral, a altura das cordas no último traste não deve ser maior que o dobro da altura no primeiro traste. Com essa relação, temos um bom equilíbrio de ação/tocabilidade/entonação.

Uma dica: não use a altura das cordas como referência para a espessura do calço. Como falei, raramente essa espessura passa de 1 mm. Inicie com um pedaço de papel de caixa de sucrilhos e aumente se necessário.

Um terceiro problema: eventualmente, um braço é muito alto ou baixo em relação ao tróculo. Isso acontece geralmente quando são de fábricas/marcas diferentes.
Veja nessas fotos: os saddles estão já colados na ponte e mesmo assim as cordas estão altas. O braço (ou o tróculo) tem pouca altura:



Nesse caso, temos que usar um calço (aí uma lâmina fina de madeira ou mesmo um cartão de plástico sem relevos) por toda a extensão do tróculo:


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Corrigir angulação é um trabalhinho meio chato porque dificilmente acertamos na primeira , mas quando funciona, funciona! :)

A seguir, uma sequência de 3 vídeos do youtube mostrando o processo:








Adendo: Como bem lembrado pelo Júnior, essa questão do ângulo do braço aparentemente era um problema constante para a Fender. Tanto que, no início dos anos 70, o Leo Fender introduziu (nessa época a Fender era da CBS e Leo trabalhava como "consultor técnico") um sistema patenteado chamado de "Tilt Neck" (ou "Micro Tilt Neck"). Veja a foto (guitarra atual):

Com uma pequena chave, após soltar um pouco os parafusos, ele permite regular a angulação. Na época, além dessa novidade, a Fender também passou a usar apenas 3 pontos de fixação e a ponta de ajuste do tensor era em forma de "bala/bullet":







Em 1981 a Fender retornou ao padrão original de 4 pontos de fixação, abandonou o tensor bullet mas ainda hoje mantém o ajuste de "micro tilt" em algumas guitarras. Esse sistema é bastante polêmico. Embora prático para ajuste do ângulo, muitos acham que ele diminui a transmissão da vibração do braço para o corpo. A minha Tele 68, clássica e com ajuste posterior do tensor, soa melhor do que a Tele 74, com tilt, bullet e 3 parafusos de fixação... Será que é por isso? :)


44 comentários:

  1. Mais um artigo de grande utilidade.

    Umas dúvidas que fiquei: O uso de cartão plástico para fazer este calço não acaba por diminuir o sustain? Não altera em algo o timbre? Ou a mudança não é significativa?

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  2. Pedro,
    Acredito que não seja significativa (embora ainda tenha minhas dúvidas, porque o encaixe perfeito é o que mais transfere a vibração do braço para o corpo), pois já li e vi vários luthiers usando. Mas geralmente é papel/cartolina. Quando uso o plástico, quase sempre ele levanta demais - precisa ser bem fino.

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  3. Muito bom!!!!
    Era um problema na minha guitarra que sempre achei que não tinha solução... hehe

    Obrigado.

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  4. Mais um belo post, sobre um assunto pouco abordado.

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  5. Jack, você citou huitarras que tem uma angulação do braço intencional, como as Jackson Soloist. Existe alguma vantagem nisto?

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  6. É um problema que afeta de maneira muito drastica a tocabilidade e é de facil solução. Vale lembrar que a solução existente nas Fender desde os anos 70 para esse problema, o "Neck Tilt" compromete o contato da base do braço com o tróculo e consequentemente a transmissão sonora e sustain. Talvez um artigo falando dele fosse interessante ! :-)

    Abraço!

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  7. Eu particularmente já tive de usar este artificio para corrigir a angulação do braço em relação ao corpo. Quanto ao sistema da fender para correção da angulação, concordo com oque disse o Oscar; reduzindo o contato do braço com o tróculo a tendencia é interferir negativamente na transmissão sonora.

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  8. Bem lembrado, Jr.
    Já coloquei um adendo no final do post.

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  9. Lucas, a Soloist me parece que é do tipo "Neck-Thru-Body" e não tem angulação do braço, apenas uma leve inclinação do headstock, provavelmente para aumentar a tensão das cordas e avitar o uso de abaixadoresde de corda (tipo Fender).

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  10. Procurei a respeito, mas o máximo que encontrei foi no link a seguir, onde um sujeito pergunta como é feita a angulação em guitarras neckthrough.
    E a soloist não foi a única superstrat que vi com esta configuração.

    Mas no final das contas, este recurso tem algum benefício? Ou a inclinação bo braço é usada apenas para compensar uma ponte mais alta, ou algo assim?

    O link:
    http://www.ultimate-guitar.com/forum/showthread.php?t=1298723

    Abraços!

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  11. Ainda acho que o braço não é angulado, Lucas. Só o headstock. Isso é pra aumentar a pressão pra baixo (down pressure) das cordas e não ter que usar abaixador.
    Imagino que seja isso - gostaria muito de ser luthier pra ter certeza... :)

    Em guitarras neckthrough, quando há angulação do braço, tem que aplaudir o luthier porque isso exige extrema precisão.

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  12. Bom, aqui tem a foto do perfil de uma Yamaha, dá para ver até que bem o efeito:
    http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-211804671-yamaha-rgx1220s-neck-thru-rarissima-_JM

    Você já não considerou fazer um curso ou faculdade de luthieria? Para você que adora o "hobby" deve ser diversão garantida...
    Abraços!

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  13. Estás corretíssimo, Lucas. O braço é angulado.
    Essa construção com angulação do braço e headstock é típica da Gibson mas baseia-se no padrão de vários instrumentos de corda seculares, entre eles o violão.
    Teoricamente, isso aumenta a capacidade das cordas de provocarem vibração no corpo, portanto, mais volume, ressonância e sustain.

    Linda essa Ibanez... :)

    Qto à luthieria, infelizmente não tenho vocação para tal. Acabei mexendo muito em guitarras, mas movido pela curiosidade quase mórbida de entender o funcionamento e a estrutura delas. O aspecto artesanal em si me deixa até cansado, já que me falta o dom.
    Abraço!

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  14. Paulo,

    Se um guitarra de braço colado não segue a regra geral: "Como regra geral, a altura das cordas no último traste não deve ser maior que o dobro da altura no primeiro traste", como fazer? Apertar o tensor?

    Abraços

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  15. Conheci a pouco esse blog, parabéns! os assuntos são muito bem abordados e acredito estar ajudando muita gente. Estou projetando um corpo de tele (um pouco modificado) e vai ser muito útil essa matéria!

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  16. Olá!
    Primeiro: parabéns pelo blog! Não sou luthier, mas sou muito curioso a respeito (:
    Segundo: o braço da minha guitarra SX SG é colado ao corpo. O braço está angulado para baixo e ele também está torto de uma maneira diferente como o dessa foto:
    http://img72.imageshack.us/img72/4207/cam00169.jpg

    Essa não é a minha guitarra, mas é o mesmo problema. Acredito na minha que esse entortamento na minha está mais acentuado.
    Com o braço colado ao corpo como a minha, é possível consertar esses dois problemas?
    Obrigado e boa sorte

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    1. Não dá pra perceber muito o problema só pela foto, Klos, mas não acredito que seja angulação.
      Pode ser curvatura e isso geralmente se ajusta com o tensor.
      Quando há "torção" - o braço se movimenta em volta do próprio eixo, o problema é bem sério e difícil (e caro) de consertar.
      Tens que levá-lo para um bom luthier para uma correta avaliação.

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  17. Paulo,
    Tenho uma Fender Reissue 57, Strat. E acho que preciso do Shim pra altura das cordas. Isso pioraria minha entonação?

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  18. PS: Ja to no limite dos saddles, e a ação tá boa, tipo.. acho que "média", por assim dizer. Mas vejo fotos de guitarras com saddles bem levantados e ainda assim com ação baixa. Queria chegar perto dessa comodidade na minha guitar. Abs e prbns pelo blog! Leio muito as coisas daqui.

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    1. Felipe, o teu problema é de altura do braço em relação à ponte e não de angulação. Tens que colocar um "shim" ao longo de toda cavidade do tróculo, levantando o braço uniformemente. Funciona.

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    2. No teu caso, ou o braço é muito baixo ou o tróculo é muito profundo - coisa quase impossível de acontecer numa Fender Reissue. Ela é original?

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    3. É sim, consultei todas as referencias e tudo o mais, ela tem as datas de manufatura estampadas no fim do braço e no tróculo. Como eu falei Paulo, não fica ultra-baixa a minha ação como já vi em outras fenders, fica coisa de uns 2,5mm os bordoes e menos nas primas. O radius pode influenciar nesse caso?

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    4. Aquela sua foto mostrando a guitarra com ação alta é bem elucidativa. Não é como está a minha. A minha está em 1/3 daquela altura ou menos. A minha duvida ja foi respondida por vc nessa matéria. Eu poderia usar um shim uniforme para diminuir esta altura sim! Acho que me expressei mal, te pergunto agora: Com toda sua experiencia, as diferenças de radius podem implicar em uma ação mais baixa? Vejo que umas são mais "boleadas" e outras mais "retas". Muito obrigado pelas respostas!

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    5. O raio da escala não afeta essa relação de altura dos saddles Felipe, mas sim a altura das cordas no braço. Se a sua for uma Am Vintage 57(não a Hot Rodded) ela tem escala com raio 7,25 o que não deixa vc ter ação muito baixa senão seus bends vão enforcar. Se vc tem altura de saddle suficiente pra chegar numa regulagem que vc gosta, eu não me preocuparia muito com shim no braço e etc. Só faria se a diferença impossibilita a regulagem.

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    6. Boa Oscar. Entendi agora. Realmente a ação n fica muito baixa nesta guitarra. Mas n me gera incômodos. Eu não entendia muito bem esse lance da regulagem, pouco tempo atrás que comecei a eu mesmo fazer nas minhas guitarras. Aí as duvidas pairavam sob o fato de conseguir regulagens menores em uma das minhas guitarras e não tanto nesta em questão (Rei57"), o que não era um problema pq n gerava desconforto, vale lembrar que quando faço menção em "regulagem não tão baixa" quero dizer coisa de pouco menos de 1.8mm nos bordoes e menor ainda na mizinha! kkk

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  19. Muito bom este blog, parabéns ! Tenho uma dúvida , sou curioso, aprendiz de luthierias ... Gosto de esperiencias com braços e corpos Fenders, tenho algumas, porém preciso saber a medida exata de um tróculo Stratocaster 70 e de uma Standard , pois tentarei adaptar, sei que o 70 é mais estreito e que possui somente 3 parafusos para fixação ... Mas preciso do tamanho exato no paquímetro ... Desde já agradeço ! Valeu!

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    1. Obrigado! :)
      Olha, teoricamente o final do braço deve ter 56mm de largura e o tróculo na mesma região (final) cerca de 57mm. As Fender dos anos 70 são famosas por apresentarem grandes variações no tróculo - os braços literalmente ficavam dançando de tanto espaço. Como variava muito, cada caso é um caso... Mas tu tens um corpo dos anos 70 aí?
      A minha Telecaster 74 tem exatamente 57mm no final do tróculo - segue o padrão, portanto tive sorte :)

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  20. Funcionou. Muito Obrigado por compartilhar.

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  21. tenho uma duvida se puder me ajudar! como e feita a medida do corte para a madeira da escala sendo que do nut em direçao a ponte a mesma vai aumentando de tamanho ! existe um calculo ou gabarito para isso aguardo e obrigado!

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  22. Bom dia,
    Sei que já faz muito tempo depois do último post, mas estou com um problema. Como este foi o melhor artigo que encontrei sobre o assunto acredito que terei ajuda aqui.
    Tenho duas guitarras, uma está com o braço muito baixo e levemente concavo, o que faz com que não trateje nada, mas fica dificil tocar devido a altura das cordas. A outra guitarra está com boa distancia das cordas com os trastes, mas a primeira corda, a mizinha, trasteja quase em todas as casas. Tentei regular pelo tensor mas não deu resultado. Então pergunto:
    1- Quanto a primeira, poderia colocar um calço do tamanho do troculo para subir o braço, mesmo que pelo visto tenha que ser uma medida superior a 1mm?
    2 - SObre a segunda, poderia colocar um calço na lateral do troculo, sob a mizona ( e não na parte proxima ao corpo nem ao headstock), para tentar baixar o lado que toca toda a mizinha? Sera que deu pra entender? abraços

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    1. Fael,
      Já tive um braço que um lado era mais alto que outro - terrível pra arrumar - esse pode ser o caso 2 que descreves. Meu luthier arrumou isso colocando um calço (na verdade, ele colou uma tira bem fina de madeira apenas no lado mais baixo e lixou a base toda (com um bloco bem reto) depois até ela ficar linear e reta.
      Qto à primeira, sim, às vezes o tróculo é muito fundo ou a base do braço muito baixa e isso pode requerer uma elevação total dessa área. Boa sorte!

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  23. Ola. Desculpe ressuscitar isso mas sou um curioso e curti muito o artigo. Isso me gerou uma duvida... Tenho uma guitarra strato bem antiga e barata rsrsrsrs por isso nao tenho tanto medo de tentar fazer ajustes. Logo comecei a regular ela, remanufaturei os trastes, ajustei as oitavas, ajustei a curvatura e a guitarra ficou tinindo. Porem percebi que nao conseguia reduzir a açao das cordas pois trastejava a parte mais proxima do head. Comecei a suspeitar que a angulaçao estava errada e de fato estava. Quando li o artigo fiquei confuso referente a parte da regra geral da altura da corda nao deve ser maior que o dobro da corda no primeiro traste. Como deve ser a altura dos carrinhos? Por exemplo, devo ajustar a altura dos carrinhos de forma que nao trasteje e verificar essa distancia no ultimo traste? Vai fazendo isso ate chegar ao dobro da altura do primeiro traste e nao trastejar?

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  24. Opa bom dia, ressuscitando de novo, comprei uma kx5 como a do tópico, porém mesmo baixando até o fim a ponte as cordas ficam encostando nos caps. A única opção que vejo seria compensar muito no troculo e lixar um pouco a capa do captador pra pode baixar... existe alguma perda significativa do sustain? Tenho um par de emg ativos 81 e 60 que tinha guardados a muito tempo... como ganhei essa guitarra decidi colocá-lo

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    1. Queres dizer "mesmo levantando até o fim a ponte"? Fica difícil entender o que tá acontecendo, mas tenho uma KX5 e acredito que dá pra colocar EMGs sem problemas nela...

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  25. Opa ressuscitando o blog versão 2020, meu baixo Cort B4,para nao trastejar na afinação em C ja está usando encordoamento mais grosso e precisa de um espaço para ação das cordas bem alto, os carrinhos ja estao no maximo na mizona (atual Dózona). Me livrei dos tratejamentos porém além do desconforto da altura, só de relar na corda com ela pressionada em qualquer casa, a corda bate no traste seguinte dando estralos que saem nas caixas. As regulagens de tensor ja foram testadas nos limites e mesmo com a curvatura correta a corda ainda bate no traste seguinte. Seria uma solução elevar o braço e acrescer um calço para forçar um angulo maior em direção a ponte?

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    1. Não acredito que a angulação do braço vá resolver esse problema. Tenho pouco conhecimento de setup de baixo, mas sei que drop tunings exigem setup específico. Também o diâmetro das cordas é diretamente relacionado à afinação. Se não me engano, para qualquer drop além do D, é recomendável que se use cordas mais grossas por causa da tensão, tipo GHS BEAD.
      A última solução seria aumentar ainda mais a ação, talvez subindo também o nut. Mas nesse caso deverias contatar um luthier.

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  26. A minha guitarra Les pool está trastejando somente a misinha sera que com calço resolva esse problema

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    1. Trasteja solta ou em algum ponto especifico...se esta trastejando solta...pode ser o nut que gastou e está baixo...teoricamente se vc pressiona a corda na segunda casa tem que haver espaço entre traste 1 e corda...basicamente a espessura da mizinha...

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  27. Já troquei as cordas, troquei tarrachas, e nada

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  28. Venho aqui agradecer de coração essas dicas. Com muita paciência, consegui recuperar meu baixo. Comprei um contrabaixo de 5 cordas, e ele veio com um problema no braço. A fábrica me enviou outro braço, mas ele veio com as medidas de encaixe no tróculo diferentes do original. Precisei de um calço e, finalmente, depois de várias tentativas, consegui. Muito obrigado!!

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