sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Mudando de assunto...

Paulo May
(obs: antes de fazer perguntas e ou postar comentários, leia aqui: CLIQUE)


         Enquanto a nossa réplica de Les Paul evolui lentamente - e eu é que não vou apressar um mineiro :) - vamos ver o que dá pra conversar por aqui.
Primeiro, os frequentadores habituais já perceberam uma forte queda na frequência de posts, e isso se deve a 3 fatos:
1) O Oscar casou-se (com a nossa querida Thalita) e quem já casou sabe que casa nova/reforma, vida à dois, enfim, vida nova, requerem um bom período de decantação até que a nova rotina permita que a  gente tenha tempo livre pra postar...
2) Eu iniciei uma reforma no meu apto que deveria durar 2-3 meses e a coisa esticou insanamente para 6 meses. Loucura. Reforma pra mim agora é que nem cedro - nunca mais! :)
3) Assuntos interessantes pra postar até aparecem de vez em quando, mas sempre que acabo de responder as perguntas diárias que pipocam pelo blog, a vontade desafina e vai embora. KKK!

Hoje, mesmo sem muito tempo, vou postar duas fotos de um projeto que já deveria ter sido feito, pois é uma coisa que vem me atucanando desde que toquei na primeira tele/strato da minha vida.
O que é? Fácil - é só olhar as fotos:


          O corpo da Strato eu vou usar um HSS Fender que vai funcionar aqui, mas o da Tele tive que mandar fazer.
Pra não incomodar ainda mais o Adriano Ramos  (RDC Guitars de Minas Gerais), liguei para o meu grande amigo e não menos competente luthier Eduardo Kaiser, da Kaiser Guitars, e, papo vai, papo vem, resolvemos fazer corpo de Timburi, uma madeira nacional muito interessante, com densidade entre o alder e ash e ressonância que me lembra a do alder (á percussão, corpo cru e pelado) - clara e definida.
E o Kaiser é gaúcho. Gaúcho põe a bola na marca do pênalti e chuta - não fica escolhendo canto. O corpo foi feito, despachado e chegou aqui em menos de 5 dias. KKK!

Telecaster de Timburi (2 peças, colagem central invisível)

Além do Kaiser, já discuti esse processo com o Oscar, o Adriano e o Bove, que me deu valiosa orientação quanto à ponte (e ele tá lançando uma versão de ponte moderna mas com furação vintage - tudo que eu mais gosto em tele, hehehe - volto a isso outro dia).

Do meu ponto de vista, se o Leo Fender tivesse pensado mais em rock e menos em country (mas era 1950, então não dava mesmo), a Telecaster (e a Strato, depois) sairia do jeito que eu tô fazendo agora.
Sou do time do John Page, hehehe...

Por enquanto é isso - volto ao assunto assim que acabar de montar e testar ambas.

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Mal acabei de postar e o Igor comentou, achando que o meu projeto era isso:

Nem sabia que existia uma coisa assim - e é Fender:
Fender Custom Shop Tennessee Stratocaster

Meu TOC jamais me permitiria chegar a menos de 20 metros dessa guitarra sem tomar um anti psicótico antes! KKKK
Os designs da tele, strato e les paul já são arquetípicos. Não ousaria (nem suportaria) qualquer mistura deles. É outra coisa que quero... As fotos são bem claras. :)

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                      Nesse meio tempo, acho que vou postar um truque que descobri para relic instantâneo (5 minutos) de pontes, capas de humbucker e partes metálicas em geral. Tô ainda preparando as fotos, mas pra ter uma ideia:

20:30hs:

20:35hs:

Fui! ;)

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25/12/2016 - BLONDE em toda sua glória. Padrão visual das teles de 68-75 com detalhes modernos. Já dá pra sentir que o tiro foi no alvo... De prima senti mais equilíbrio entre as graves e agudas. Bordões bem firmes e definidos... Infelizmente não pude colocar um Rosar Hot T porque o Sérgio está de férias até início de janeiro. O captador que tá aqui é de alnico 3, que eu definitivamente acho muito gay pra ponte de telecaster. Vou testar mais um pouco e comparar com as outras 8 ou 9 teles por aqui... :)
Assim que colocar o SR Hot T eu volto :)

27/12/2016 - Tentando chegar a uma conclusão... A diferença entre os captadores é mortal - não dá pra ter três variáveis (corpo, braço e captador) tão importantes ao mesmo tempo. O interessante é que a butterscotch (alder/Rosar Hot T alnico 4) tá soando mais alta e forte que as outras. Todos os pots são de 500 e medi a resistência - todas entre 7 e 7,25k. Isso é mais uma prova que resistência realmente não diz muito...

 Da esquerda p/ direita: Tauari, Alder, Timburi, Alder
          Mas todas soam bem. Cada uma com a sua característica, porém todas soam "Telecaster". As diferenças. ppte no espectro de médios e dinâmica, são claras para os ouvidos de apaixonados por teles, mas sutis (e até inexistentes) para leigos e desinteressados :)
Nem ouso colocar a tele 68 de hard ash aí no meio. Ela sempre soa melhor que qualquer outra, então tô tentando comparar o Timburi com o Alder. Eu arriscaria dizer que ele tá mais na praia do Swamp Ash.

Até o momento, madeira aprovadíssima para teles. E essa peça é particularmente leve. Muito legal.
 ...E já dou um toque - antes de pintar o Timburi, use filler. A superfície natural é semelhante ao mogno, com muitas micro ranhuras e poros grandes. Se não usar filler, vai ter que encher de tinta/verniz, que não é aconselhável.

A única certeza até agora é que a inversão do ângulo do captador é - definitivamente - um fator de equilíbrio entre a força/volume das cordas. Nem precisei incliná-lo.

PS: KKK! O corpo da branca parece maior que os outros, né?  Distorção da imagem (celular). Ainda tô com elas aqui no chão e fui checar à olho nu - é ilusão de ótica mesmo :)