Paulo May
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Já sei, já sei... Eu prometi que não ia mais testar madeiras brasileiras, mas depois de experimentar o Timburi (nesse post, clique), que foi uma grata surpresa, resolvi tentar o Pinho. Enquanto conversava com o Kaiser, ele mencionou a Caroba e daí, já que a gente tava com a mão na massa mesmo, encomendei os dois... :)
Braços de maple nas duas: one piece na tele (com tensor de acesso traseiro) e maple cap na strato.
Captadores Rosar Fullerton na strato (pra não errar - soam bem com quase todas as madeiras) e VHot-T na ponte da tele. No braço, um genérico de alnico que soou bem legal. O Vintage Hot-T (nem preciso mais falar dele - clique aqui) é uma versão custom com alnico II na quinta e sexta cordas e alnico V nas demais - perfeito e com o ângulo invertido, melhor ainda! :)
A inversão do ângulo diminui a amplitude dos graves e o alnico II os deixa mais definidos - e todos aqui já sabem da minha bronca com o desequilíbrio entre as cordas na telecaster clássica. Os pinos também são escalonados, num padrão que pra mim soa ideal. Normalmente o Sérgio (Rosar) não mexe nas alturas dos pinos de alnico - são todos "flat", mas de 3 anos pra cá, os meus VHot-T são customizados com o meu padrão de escalonamento, com o primeiro e quarto pinos mais altos, segundo, terceiro e quinto normais e o sexto o mais baixo de todos. 37 anos tocando tele... Não vou errar isso, né? KKK!
Sonic Blue? Sonic Blue! Adoro essa cor e, como já falei em vários posts aqui, quando a gente faz o acabamento em casa (apartamento!), sem compressor e politriz, descobri que é bem mais prático - e até mais fácil - deixar num padrão "relic". Depois de tantos erros, já peguei a manha da relicagem natural e, cá entre nós e chutando a modéstia, já fiz relicagens melhores e mais naturais que muitas custom shop da Fender :) Na minha experiência, é 10 vezes mais fácil fazer relicagem "de trás pra frente", enquanto evolui a pintura e acabamento. Relicar um corpo novinho, com aquele PU duro e brilhante, bah... Nem tento... :)
Então meus caros, não é que eu goste de corpos relicados, é porque tenho preguiça de fazer o acabamento ultra hiper clean! KKK!
Eu sei que tá todo mundo querendo saber da sonoridade das duas... Ainda estou ouvindo, comparando, esperando, ouvindo de novo, comparando de novo... Mas quando faço isso é porque elas já passaram no primeiro gargalo - ambas soaram muito bem. Pinho e Caroba? BEM melhores do que Cedro, Marupá, Freijó... Quanto melhor? Como se comparam com as de alder e ash? Humm... Ainda não sei, mas vou postar assim que concluir. O ouvido do Oscar faz uma falta danada numa hora dessas. Mas ainda tenho o Jean e o Faraco aqui em floripa pra ouvirem - ambos com gostos diferentes dos meus. Vamos ver... :)
E pra quem tá curioso com as "tintas", todas à base d'água, com rolinho, e muita, muita lixa. Acabamento final com spray de verniz para madeiras da Colorgin - "camadíssimas finíssimas" - se tossir em cima, aparece a madeira! KKK!
Esse tipo de tinta sem cheiro (a branca sobrou da reforma do apto :), que dá pra limpar com água... êta modernidade boa! :)
Nesse momento (foto acima), eu havia relicado a tele e pretendia deixar a strato clean, mas por um descuido com a lixa, perdi o azul num dos pontos... Preguiça total de pendurar novamente e fazer mais camadas de azul (além disso, lembro que, quanto mais tinta, menos timbre), esperar secar... Daí reliquei a strato também! :)
Esqueci alguma coisa (além do resto dos parafusos no escudo da strato)?
UPDATE 19/05/2017: Nos próximos 15-30 dias as duas guitarras serão testadas por dois outros guitarristas amigos meus e em seguida farei um post com a média das conclusões, ok?