Paulo May
(obs: antes de fazer perguntas e ou postar comentários, leia aqui: CLIQUE)
Finalmente!! :)
No dia 13 de fevereiro o Copetti me ligou avisando que a guitarra estava pronta. Como de costume, peguei uma carona com o Faraco e fomos até lá. Só faltava o plástico/placa de suporte do jack (que eu havia esquecido em casa) mas improvisamos com uma fita crepe para poder ligar a guitarra. E por falar nisso, a primeira pessoa a tocar nela não fui eu, foi o Faraco. Assim como o Jean, ele também estranhou o braço no início (ninguém espera um soft V numa Gibson, hehehe), mas em menos de 5 minutos já ficou confortável - e já lascou "Se um dia fores vender, eu sou o primeiro da fila", hehehe. Como a manezada de floripa costuma falar: "Mofas com a pomba na balaia, Faraco" KKKK!
Então, depois dos impressionantes trabalhos do Kaiser e da finalização do Copetti, chamei o Jean pra conhecer pessoalmente a guitarra e daí já aproveitamos pra gravar a demo.
Ter uma Les Paul boa é o sonho de boa parte dos guitarristas (até de strateiros como o Jean - sacaram a tatuagem no braço esquerdo dele? :). Eu tenho 2 Les Paul Gibson (1981 Standard e CSR9 2013) maravilhosas, mas os braços Gibson são um pouco desconfortáveis pra mim. Aliás, quanto mais guitarras eu tenho e mais aprendo sobre elas, mais chato eu fico em relação aos braços, hehehe. O braço da minha Telecaster 68 é, definitivamente, o mais confortável que já toquei.
Dito isso, e considerando que eu já tenho duas Gibsons, decidi fazer com o Kaiser um braço fora das especificações da Les Paul. Esse aí tem formato "soft V, quase V" - muito pouco volume nos ombros, volute e a angulação do headstock é menor, entre o padrão PRS (11°?) e Gibson (17º). Resultado prático: some esses detalhes à escala menor da Gibson (24,75 polegadas), essa Les Paul LPG/Kaiser é a guitarra mais fácil de tocar que eu tenho aqui. Cordas 0.10 parecem 0.09 e os bends exigem mínimo esforço. Pra mim, que pratico pouco, é uma mão na roda, mas o Jean teve problemas pra gravar as demos - acostumado com mais tensão nas cordas e braços mais gordos, levou uma boa meia hora pra controlar os bends - a maioria tava passando do ponto, kkkk!
Mas depois de acabar as gravações ele me disse: "já tô me acostumando com esse braço" :)
Ainda não tive coragem de fazer os furos pra colocar o escudo, mas acho que em breve... :)
Gravar demos legais e que sejam realmente úteis para o discernimento dos leitores não é fácil... Achamos que teríamos tempo de gravar também as demos da Les Paul DeLuxe e da Roland-TB, mas bah!... Não deu...
Mesmo assim, utilizamos a última meia hora para gravar uma demo (ainda em edição) de uma strato TOKAI absolutamente fantástica que o Jean comprou recentemente. Um dos melhores, senão o melhor, sons de strato que já ouvi. Tokai de 1984, alder levíssimo, braço com escala curvada fininha (veneer) de jacarandá... mágica... E não é Fender! Postaremos em breve :)
Comentário do Jean sobre a guitarra:
"Fiquei impressionado com o resultado! O braço realmente não tem o formato mais adequado ao que eu, especificamente, estou acostumado... a minha impressão é que o formato ficou mais para um V pronunciado, que para um soft V.
Mas isso é justamente uma das coisas mais legais dessa guitarra, o Kaiser construiu praticamente sob as medidas e especificações solicitadas pelo Paulo, sendo que o braço ficou perfeito pra ele. Ainda assim, a guitarra é muito fácil de tocar (o braço mais fino dá melhor acesso ao final da escala), super confortável e macia, não é pesada, o timbre e o visual são matadores!!!!Parabéns ao Paulo pelo empreendimento e pelo acabamento, ao Kaiser pela construção e ao Copetti pela ajuda final!"
Faraco e Copetti aplicando a tecnologia da "fita crepe" :)
Então, depois dos impressionantes trabalhos do Kaiser e da finalização do Copetti, chamei o Jean pra conhecer pessoalmente a guitarra e daí já aproveitamos pra gravar a demo.
Ter uma Les Paul boa é o sonho de boa parte dos guitarristas (até de strateiros como o Jean - sacaram a tatuagem no braço esquerdo dele? :). Eu tenho 2 Les Paul Gibson (1981 Standard e CSR9 2013) maravilhosas, mas os braços Gibson são um pouco desconfortáveis pra mim. Aliás, quanto mais guitarras eu tenho e mais aprendo sobre elas, mais chato eu fico em relação aos braços, hehehe. O braço da minha Telecaster 68 é, definitivamente, o mais confortável que já toquei.
Dito isso, e considerando que eu já tenho duas Gibsons, decidi fazer com o Kaiser um braço fora das especificações da Les Paul. Esse aí tem formato "soft V, quase V" - muito pouco volume nos ombros, volute e a angulação do headstock é menor, entre o padrão PRS (11°?) e Gibson (17º). Resultado prático: some esses detalhes à escala menor da Gibson (24,75 polegadas), essa Les Paul LPG/Kaiser é a guitarra mais fácil de tocar que eu tenho aqui. Cordas 0.10 parecem 0.09 e os bends exigem mínimo esforço. Pra mim, que pratico pouco, é uma mão na roda, mas o Jean teve problemas pra gravar as demos - acostumado com mais tensão nas cordas e braços mais gordos, levou uma boa meia hora pra controlar os bends - a maioria tava passando do ponto, kkkk!
Mas depois de acabar as gravações ele me disse: "já tô me acostumando com esse braço" :)
Ainda não tive coragem de fazer os furos pra colocar o escudo, mas acho que em breve... :)
Gravar demos legais e que sejam realmente úteis para o discernimento dos leitores não é fácil... Achamos que teríamos tempo de gravar também as demos da Les Paul DeLuxe e da Roland-TB, mas bah!... Não deu...
Mesmo assim, utilizamos a última meia hora para gravar uma demo (ainda em edição) de uma strato TOKAI absolutamente fantástica que o Jean comprou recentemente. Um dos melhores, senão o melhor, sons de strato que já ouvi. Tokai de 1984, alder levíssimo, braço com escala curvada fininha (veneer) de jacarandá... mágica... E não é Fender! Postaremos em breve :)
Comentário do Jean sobre a guitarra:
"Fiquei impressionado com o resultado! O braço realmente não tem o formato mais adequado ao que eu, especificamente, estou acostumado... a minha impressão é que o formato ficou mais para um V pronunciado, que para um soft V.
Mas isso é justamente uma das coisas mais legais dessa guitarra, o Kaiser construiu praticamente sob as medidas e especificações solicitadas pelo Paulo, sendo que o braço ficou perfeito pra ele. Ainda assim, a guitarra é muito fácil de tocar (o braço mais fino dá melhor acesso ao final da escala), super confortável e macia, não é pesada, o timbre e o visual são matadores!!!!Parabéns ao Paulo pelo empreendimento e pelo acabamento, ao Kaiser pela construção e ao Copetti pela ajuda final!"
A guitarra ficou com qual peso?
ResponderExcluir4,3 ou um pouco menos. Tá legal, considerando que o mogno é brasileiro :)
ExcluirPela mãe do guarda, Paulo.
ResponderExcluirQue baita guitarra.
Dizem que quanto maior o guitarristas, mais gordo é o braço.
Eu discordo.
Sou um cara meio grande e gosto de braço fino (soft).
Rapaz, o que me impressionou muito foi o timbre que tu tiraste do Amplitube.
Esse ano vou gravar um disco com minha banda e, como estou auxiliando na produção, pensei em gravar usando simuladores como o Kemper ou Amplitube.
Depois desse vídeo, os simuladores ganharam mais alguns pontos comigo.
abração!
Aí é que está o x da questão, Arthur. Amps valvulados são fantásticos mas a experiência só é absoluta quando estamos na frente deles, com a guitarra, sentindo o "movimento do ar". Mas daí esse som é gravado e quando ouvimos a gravação, parte da mágica é perdida... Ao compararmos GRAVAÇÕES de amps reais e simuladores, muitas vezes os simuladores ganham e eu concordo 100% com isso. Pena que eu não tenha um Fractal ainda, hehehe :)
ExcluirPois é, Paulo.
ExcluirInclusive o João Barone descartou as gravações com bateria microfonada para usar somente as Roland V-Drums.
Estive lendo os diários do processo de gravação do novo disco do Mark Knopfler. O estúdio dele foi eleito um dos melhores do mundo e, de acordo com o produtor, ele gravou algumas faixas usando um simulador.
abração!
Fiquei impressionado com o resultado! O braço realmente não tem o
ResponderExcluirformato mais adequado ao que eu, especificamente, estou acostumado... a minha impressão é que o formato ficou mais para um V pronunciado, que para um soft V.
Mas isso é justamente uma das coisas mais legais dessa guitarra, o Kaiser construiu praticamente sob as medidas e especificações solicitadas pelo Paulo, sendo que o braço ficou perfeito pra ele. Ainda assim, a guitarra é muito fácil de tocar (o braço mais fino dá melhor acesso ao final da escala), super confortável e macia, não é pesada, o timbre e o visual são matadores!!!!
Parabéns ao Paulo pelo empreendimento e pelo acabamento, ao Kaiser pela construção e ao Copetti pela ajuda final!
:)
ExcluirQuais são os captadores?
ResponderExcluirPodes dar aquele lista sumária das peças?
Tudo no post anterior - é o primeiro link lá de cima...
ExcluirDesculpe-me, mas procurei no post anterior e não achei menção aos captadores.
ExcluirEstá lá Douglas, no final do post: "Optei por um humbucker Rolph no braço e Shaw na ponte. Classicamente, os Shaw foram tunados para pots de 300 e não 500k, mas deixei 500... "
ExcluirPortanto, captador Jim Rolph no braço e Tim Shaw na ponte. Ambos já foram comentados em posts anteriores.
Muito obrigado!
ExcluirDesculpe minha falta de atenção!
Abraço.
Fala Paulo,
ResponderExcluirMais uma guitarra excelente e feita com mão de obra nacional.
A execução do Jean, fantástica. Ótimo guitarrista. Parabéns a todos envolvidos no projeto!
Les Paul para valer a pena tem que ser assim, som quente do mogno com definição de som comparável as boas stratos e teles, na minha opinião.
Visual está coerente também com as 59 Burst e sei que soará ótima plugada num bom amp vintage real.
Imagino a qualidade dessa Tokai strato do Jean.
Para quem acompanha outros fóruns, vê muitos gringos que não trocam por nada suas réplicas japonesas, principalmente de stratos e les pauls.
Fractal, Kemper Profiler, e outros absurdos da tecnologia que não tenho ideia ainda mas quem sabe um dia.
Abraço,
Marçal.
Valeu, Marçal!:)
ExcluirEssa Tokai é uma mosca branca. Pena que não é minha :(
Obrigado, Marçal!!! Essa Les Paul vale a pena ligar alto num amp valvulado sim... assim como a Tokai. O problema são os vizinhos...hehe.
ExcluirO Jean arrasou na performance... tocou muito bem. A guitarra ficou linda mesmo, parabéns! Sobre a Tokai, eu toquei em uma strato nesse mesmo estilo que você comentou, a Tokai que eu testei é do Cristiano Ferreira... muito boa a guitarra, mas ainda prefiro a minha strato americana, por causa da pegada do braço que é mais robusto formato C gordo. Daí vc vê como a questão do conforto e shape do braço é uma preferência particular de cada músico... um abraço!
ResponderExcluirÉ a própria, Cícero!! :)
ExcluirO Cristiano vendeu pra o Brian e o Jean ficou em cima até conseguir comprá-la do Brain. Olha, eu adorei o braço dela, mas mesmo que não fosse tão confortável, ainda valeria a pena - é uma das melhores que já ouvi.
Valeu, Cícero!! Como o Paulo já disse, a Tokai é aquela mesma que era do Cristiano. Primeiro, vale registrar que a tua strato americana é uma AVRI62 Hot Rod (igual a minha...hehe), que na minha opinião (e na de muitos) é uma das melhores disponíveis no mercado. Realmente, o braço da 62 Hot Rod é chunky C, mais grosso que o da Tokai, que por sua vez tem um C no padrão das reedições normais da Fender 62. Gosto dos dois modelos. O que impressiona na Tokai é o timbre de Fender vintage de verdade. Por sua vez, a 62 Hot Rod me parece mais versátil.
ExcluirHaha, que massa, seria mesmo improvável ter duas Tokais na cidade... eu lembro dela, a escala de rosewood é só um veener bem fino. O Cristiano só tem guitarras top, volta e meia ele aparece com alguma raridade impressionante, como essa Tokai aí. Sobre o teste que eu fiz entre as duas, eu estou tão acostumado com a minha strato, pegada, conforto, que é difícil tocar em outra sem querer voltar pra minha, é aquela sensação de algo que eu já estou acostumado. E agora que coloquei trastes inox, o conforto pra tocar aumentou muito (e não senti mudança brusca no timbre, foi sutil). Mas considerando a experiência tua e do Paulo, é interessante saber que ela tinha um timbre mais "vintage", eu não toquei pensando nesse aspecto, fui mais direto na pegada do braço e no som geral, que eu achei muito bom. A minha melhor lembrança de uma vintage real foi essa aqui: https://www.youtube.com/watch?v=6O8mWD90Zw4 ... mas é muito difícil guardar a referência. Lembro que o braço dessa 59 era muito confortável, nem parecia escala de 7,25.. mas não sei se eu me impressionei mais com a guitarra ou com o super reverb 4x10 silverface em que ela estava plugada. Caraca... melhor som de Fender clean que eu já ouvi. Abraços pra vcs!
ExcluirPo, só agora é que vi o vídeo. Sensacional! Então, eu nunca tive a sorte de tocar numa Fender original dos anos 50 ou 60, mas o que eu te digo é que o timbre da Tokai em questão tá muito mais próximo desse da 59 do teu vídeo do que o timbre das minhas outras stratos, incluindo a Hot Rod 62. É algo mais seco, estalado (até o captador da ponte sozinho é estalado), uma presença maior... difícil de definir em palavras, mas dá pra perceber ouvindo e/ou tocando. Abraço!
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirOlá amigos! Feliz com os comentários e discussões aqui, sempre de alto nível e enriquecedoras! A Tokai realmente é uma excelência, tanto que após tocar em uma strato do começo da década de 80 há uns anos atrás, reedição 60, vendi uma reedição japonesa que esteve comigo por anos, uma daquelas vintage collection, pintura em nitro, pots cts, captação DiMarzio, enfim, tudo nos conformes, o que há de mais "top" hoje em dia nas reedições fender japonesas. Desde então passei a ficar atento nos anúncios de guitarras Tokai, até que apareceu essa de um amigo gaucho. Sob o ponto de vista de um instrumentista digo o seguinte: me impressionava a ação do tremolo, muito suave, e a sonoridade com um pouco mais de brilho e "bite", mesmo com a escala em rosewood (possivelmente em função da fina camada da contrução Veener). Já tinha ficado um pouco com essa referência de som quando o Jean me mostrou uma fender John Maier me parece, com aqueles pickups fender custom 69. Não sei se tens ainda essa guitarra Jean, mas seria uma comparação interessante. E passei adiante a Tokai porque nunca fui muito strateiro, mas uma dessas quem sabe vou voltar a ter no set! Abraço colegas! Cristiano Ferreira (depois crio um perfil certinho ... por enquanto vai blues mesmo) kkk
ExcluirQue fantástica essa guitarra ficou! Sonzeira demais! Não sei se é o corte de graves, o excelente Mojo virado 180º, ou tudo junto; mas o timbre tá demais! E na ponte tá na medida, com aquele "bite" sem excesso. Show, Paulo!
ResponderExcluirVendo o vídeo e lendo a descrição com mais alguns detalhes da guitarra, fica claro que os executivos da Gibson não são guitarristas. Sem compreender que guitarrista é bicho tradicional, que adora um vintage e torce o nariz pra modernidades, os caras só lançam robot, alteram logo, cores exóticas, etc. O que o Paulo fez nessa Kaiser custom? Alterou o shape do braço e diminuiu a angulação e só ganhou em tocabilidade.
Sobre o shape, concordo totalmente, é muito confortável. Tenho uma "Clapton" japonesa, feita nas mesmas specs, com o braço em soft-V bem gordo, e é uma delícia de tocar. Botei recentemente trastes inox e tá uma manteiga.
PS: Paulo, fiquei nervoso de ver essa Les Paul sendo tocada em pé com correia sem nenhum tipo de "strap lock", nem mesmo uma Grolsch.. hehehe
Rapaz, tinha até esquecido de mencionar que o Rolph tá virado, hehehe. Os trastes são inox também, Alexandre.
ExcluirQuanto ao lock, só se fosse a R9 (e olhe lá). O legal dessa guitarra é que ela foi concebida pra ser usada e abusada - acho até que já tem um ou dois arranhões - vai relicar naturalmente :)
Rpz, esse mundo é muito pequeno. "Conheci" o Miguel Faraco através de um rolo de pedais no Mercado Livre. E agora vejo ele aqui neste blog que sigo há alguns anos hehe. Parabéns pelo post. Tenho uma Gibson Lespaul Standard 2000 e esta Kaiser não deixou nada a dever. Vi o comentário mais acima sobre o "Amplitube" que também uso para treino e algumas gravações. O Paulo May descreveu exatamente o meu sentimento a respeito deste tema hehe.
ResponderExcluirGrande abraço!
Antiga banda do Faraco foi uma das minhas inspirações pra começar a tocar guitarra, Luiz :) Ele é gente finíssima, assim como o Jean - tudo "brother", hehehe.
ExcluirAbraço!
Paulo May, já comentei aqui e sou fanzaço do teu blog. Sinto falta quando não postas :D
ResponderExcluirMas depois dos 'puxasaquismos', vamos à pergunta: Tenho uma Explorer toda em mogno, corpo interiço e braço em mogno, com escala de ébano. Os caps que possuo são dois gibson #burstbucker 1 e 3. só que o som do pickup do braço não me agrada, soa anasalado demais e sem definição de agudos, mesmo com orange drop. Não testei ainda pots de 1m, mas queria saber a tua opinião: quais caps funciona com mogno (brasileiro-amazônida, diga-se de passagem) para um som parecido com o da tua Les Paul, na posição do braço? Abs e sucesso!
Rapaz, se eu soubesse essa resposta, não precisaria ter postado pelo menos 75% do que tem no blog, hehehe. Timbre é o resultado de muitas variáveis e no teu caso, ainda mais difícil porque o mogno por si só varia demais. Imagino que o BB1 seja o neck, não? Ele é um captador mais fraco justamente pra ter mais clareza e ser discreto nos médios, mas na tua guitarra soa "anasalado", que é sinônimo de médios acentuados/desequilibrados. O captador Rolph do braço da minha é, tecnicamente, semelhante ao BB1. Pot de 1 mega vai liberar mais agudos, mas só tentando pra ver... Rodar o captador é outra opção. O BB1 é feito com alnico 2, que claramente privilegia os médios e em algumas guitarras pode soar abafado... Talbez trocando por A5, tenhas mais agudos (e também provavelmente mais graves).
ExcluirComo falei, só dá pra conjecturar e isso é uma coisa que eu acho cada vez mais perigosa... :)
Boa sorte! :)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir
ResponderExcluirOlá Paulo,
Parabéns, a guitarra ficou fantástica.
Vou aproveitar o espaço pra fazer uma pergunta se possível.
Bom, já vi muitas guitarras Les Pauls fabricadas há pouco tempo, que possuem no verniz um efeito como se fosse rachaduras, algo bem vintage.
Me disseram que o verniz é forjado a rachar para dar uma aparência envelhecida.
Veja ao que me refiro:
https://i.imgur.com/ogTnZ9Q.jpg
https://i.imgur.com/I8hE5C9.jpg
https://i.imgur.com/YOpMv46.png
Curto muito isso, mas até hoje não encontrei alguma postagem que explique como a técnica funciona, tutorial ou algo semelhante.
Por acaso, você sabe me dizer como funciona o processo de deixar uma Les Paul com tal aspecto?
Creio que seja feito em nitrocelulose, mas será que seria possível em verniz PU também?
Estou torcendo para que você saiba como é o processo rsrsrs.
Se souber como é, quem sabe futuramente não rola uma postagem sobre rsrs. ;-)
Muito Obrigado e parabéns pelo trabalho.
Leandro,
Excluir"Whether cracking ou checking" é o resultado do processo natural de envelhecimento da nitrocelulose. Como ela é dura e quebradiça, quando as madeiras se expandem (calor) e contraem (frio) ele racha e fica com esse aspecto. Isso ocorre lentamente (décadas), mas dá pra fazer rápido resfriando e aquecendo a nitrocelulose. Veja aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=C7cQPok_OGM (ative as legendas que é mais fácil de entender o inglês)
Já o Tom Murphy (Gibson) fazia/faz "na mão", com uma lâmina fininha. Exige muito tempo e experiência...
Eu não curto muito o cracking, então nunca me interessei em fazer pessoalmente. :)
Muito Obrigado pela resposta.
ExcluirAgradeço imensamente!!!!
Muito Obrigado. ;-)
Paulo,
ExcluirDesculpa, só mais uma pergunta :-)
Essa técnica é possível de ser reproduzida em verniz PU?
Obrigado :-)
E possível, mas mais complicado. Existem diversas formulações de verniz no mercado atual e quase todas têm uma certa "flexibilidade", o que diminui a ocorrência de quebras/cracks. Os vernizes em lata/caseiros são quase plásticos na minha opinião - pouca rigidez mesmo quando completamente secos. Existe uma técnica para obter um efeito chamado "craquelê" que eu acho muito feio e não é a mesma coisa, mas convém dares uma pesquisada.
ExcluirOi,
ResponderExcluirGuitarra afudê hein?incrivelmente top.
Paulo, esse verniz em spray que tu usou no head, tenho uma les paul de luthier que acabou danificando o logo e a escrita "les paul". A guitarra é em PU, eu poderia usar esse verniz que tu usou para restaurar o headstock? é compatível com PU?
Se sim, qual a marca desse verniz?
valeu!
Colorgin. Spray em lata.
ExcluirParabéns pela guitarra
ResponderExcluirOlá Paulo, muito legal o projeto. Notei um reforço entre headstock e braço, vai deixar a guitarra menos suscetível à famosa quebra de headstock das gibson. O processo de construção mecanizado foi fantástico. Me fez lembrar que uma vez encomendei um bloco de mogono desses a um conhecido no Pará, vou fazer contato com ele pra ver se guardou pra mim :)
ResponderExcluirReza a lenda que, quanto mais do norte, melhor o mogno, Pedro. Pará deve ter mogno interessante, portanto... :)
ExcluirOlá Paulo, primeiro parabéns pelo blog, conteúdo de altíssimo nível. E pela les paul, que ficou incrível!!
ResponderExcluirEu também estou planejando a construção de uma les paul e queria uma opinião sua se possível.
Já tenho uma Gibson LP classic, que é pesadíssima mesmo com alivio de peso. Nada contra, gosto da minha les paul, e o mogno atual não deixa mesmo alternativa senão utilizar weigh relief.
Mas nessa nova les paul queria testar outra madeira que permita manter o corpo maciço e mesmo assim não passar dos 3,8kg.
Apenas no braço pensei em manter o mogno por segurança quanto a estabilidade, mesmo correndo o risco dessa LP ter aquele efeito das SG, de tombar pro lado do braço por causa do corpo leve. Já tive uma SG 61 que acontecia isso mas nunca me incomodou pra ser sincero.
A dúvida principal é qual madeira escolher que permita um corpo maciço e peso final da guitarra nessa faixa de 3,8kg. Já vi algumas R9 com 3,6kg (graças ao mogno hondurenho reservado a elas) mas não tenho a pretensão de chegar a tanto.
Sei que você não é grande fã do Cedro (rs) e nem sei se o peso dele (0,53g/cm³) me atende nesse projeto. Pensei talvez no Freijó (0,46g/cm³). Será que teria que ser uma madeira ainda mais leve que isso? O tampo penso em Grumixava maciça.
Das madeiras que você já teve algum contato ou pesquisou, teria alguma sugestão? Mesmo que for um chute (de bico) já me ajudaria, pelo menos a pesquisar as opções.
Valeu, abs
Obrigado, Bruno :)
ExcluirNormalmente, funciona assim: resolves o problema do peso com outras madeiras, mas daí podes criar o problema do timbre "clássico" de Les Paul ficar diferente... Eu realmente não tenho mais ombros para guitarras com mais de 4kg, porém 3 dos 5 melhores timbres que tenho aqui são de guitarras com pelo menos 3,9kg, hehehe. É complicado...
Se eu soubesse a combinação de madeiras (leves ou não) com timbre igual ao clássico mogno + top de maple, já teria feito várias guitarras nesse padrão :)
O Freijó e o Pinho acredito que seriam pesados para LP. Marupá vai faltar definição e ataque. Gostei muito do Timburi e ainda mais da Garopa. Ambas são leves e ressonantes, porém não imagino como ficariam numa LP... É, pelo jeito terás que arriscar, hehehe.
Se descobrires a fórmula mágica, por favor, avise-nos! :)
Ôps! Novamente confundi Caroba (correto) com Garopa... força do hábito :)
ExcluirÉ verdade Paulo... Testar uma madeira diferente é muito legal mas sempre imprevisível o resultado, por mais que a gente se guie pelas especificações e tudo mais... O jeito é arriscar mesmo e confiar hahaha
ExcluirMas pensando na questão da sonoridade clássica que temos como referência, acho que a própria Gibson usa nas LP de linha atuais um mogno tão diferente daquele mais leve do início (e hoje presente só nas R9s) que acho que é praticamente como se fosse outra madeira também (pra ter ideia a minha Classic pesa quase 5kg mesmo com os 9 holes). Na verdade o uso do termo mahogany ficou muito abrangente, até epiphone é vendida como mahogany body, mas vai saber que mogno é aquele das epiphone...
A vantagem de uma Gibson de linha na verdade (além da revenda fácil) é que você pode testar antes e conferir se a sonoridade "atual" te atende. E claro toda Gibson é uma baita guitarra, a questão que coloco é mais quanto ao tipo de sonoridade mesmo.
Aquela clássica mesmo, dos álbuns gravados com as bursts originais, acho que hoje só vamos encontrar nas R9, o duro é pagar mais de 5mil dólares + impostos (é pra poucos e não me incluo rs). A primeira vez que toquei numa R9 eu não queria mais largar, mas foi numa loja e eu já tava ficando inconveniente rs
Mas você tem razão, dificilmente outra combinação de madeiras vai igualar aquela original. Vamos ver o que vai dar, espero que o resultado seja uma les paul mais leve e de sonoridade clássica =)
Muito obrigado pelas sugestões das madeiras, vou atrás pra ver qual escolho!!
Grande abraço!!
Ficou linda!!! Parabens. Sou mais um admirador desse modelo, assim como você. Se estiver por tubarão, ou quando vier, tenho uma um tanto quando especial, acho que voce gostaria de testar hehehe
ResponderExcluirNa verdade agora são duas.. entrou uma The Paul 1979.. modelo com corpo e braço e . Walnut.. captadores Ttop
ExcluirTu és parente do Jânio Baschirotto? Ele tinha um irmão (Hélio?) que deu aulas de música no seminário de TB...
ExcluirNão imaginava uma "The Paul" perdida em Tubarão, hehehe. Qual é a outra Les Paul que tens?
Ola Paulo. Tem um parentesco sim haha, se n me enganos nossos avos eram primos, ou coisa assim
ExcluirTenho uma custom 1990, com ponte kahler 2200 original de fabrica, nao se tem muitas dessas por ai hehe. Formam uma dupla interessante....
Paulo Parabéns, isso mostra que podemos sim fazer uma lespa a altura de uma Gibson por um valor justo. Infelizmente pagamos muitos impostos. Parabéns Grand e abraço.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirFala Paulo,
ResponderExcluirE então, já mais de um ano com essa guitarra, conseguiu definir o som dela perto de suas Gibson 81 e R9 maravilhosas ou usou pouco ela?
O vídeo com o Jean ano passado já mostrava o potencial, mas nada como o dono e o instrumento com testes no decorrer do tempo.
Pelo vídeo, fiquei com a sensação de que ela tem timbre comparável pelo menos com a linha USA de entrada da Gibson, usando mogno nacional e sem chambered (os 9 furos não acredito que influenciam nisso).
Abraço.
O timbre é comparável à própria R9, Marçal! :)
ExcluirJá toquei bastante nela e cada vez gosto mais, principalmente da pegada do braço, já que sempre tive problema com os braços Gibson. Preciso ainda testar uma inversão dos captadores - colocar o Rolph na ponte e o Shaw no braço, mas não tive tempo, hehehe.
Ah que legal que dessa vez as boas madeiras e mão de obra super qualificada compensaram todo o tempo e o esforço dispendido nessa LP. Só aproveitar agora. Abraço!
ResponderExcluirola, parabens pela lespa! ficou lindona! tem ideia de quanto ficou no final das contas?
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPaulo, linda guitarra, trabalho incrível.
ResponderExcluirTenho algumas perguntas:
1. o preto do headstock foi pintado com spray?
2. O que seria o filler para madeira que você comentou e onde comprar?
3. Já ouvi que o tampo de guitarras com nitro vão desbotando com o tempo, no caso do P.U também acontece isso? não curto guitarra com aspecto de velha/desbotada.
Obrigado.
1 - Não, usamos uma "máscara" (overlay). Essa eu comprei no ML de um luthier de SC (não está anunciando mais). O overlay da LP anterior foi comprado na CROX guitars (link aqui no lado direito) mas ele agora só vende dacals. O fornecedor original é esse:
Excluirhttps://www.crazyparts.de/overlays-inlays/headstock-inlays--logos/index.php
2) No Brasil é chamado de "massa para madeira". A Sayerlack tem de diversas tonalidades. Lojas de artesanato/construção/marcenaria
3) Nitro amarela e pode craquelar com o tempo. O PU moderno é várias vezes mais resistente e estável. Raramente muda de cor.
Paulo, muito obrigado pela resposta.
ExcluirSeria uma boa opção pintar com spray preto um headstock que não possui headplate? Ou você indicaria pintar usando outro artifício?
Tenho uma Giannini LP de 1992, e pretendo eu mesmo me arriscar.
Muito Obrigado.
Spray preto brilhante + 2-3 demãos de verniz spray incolor. É uma opção, sim.
Excluir