domingo, 2 de fevereiro de 2020

Stratocaster Marupá


Paulo May

(obs: antes de fazer perguntas e ou postar comentários, leia aqui: CLIQUE)



         Marupá é uma madeira tipicamente brasileira (América Central e do Sul), de baixa densidade e muito utilizada na fabricação de instrumentos musicais. É relativamente macia, cor clara a levemente amarelada, podendo apresentar estrias cinzas. Textura finamente irregular com poros abertos (geralmente exige nivelamento/filler antes da pintura). A densidade (cerca de 0,38g/cm³) é semelhante a algumas outras madeiras "musicais" estrangeiras, como Basswood, Poplar e Swamp Ash. Alder já é um pouco mais denso (o equivalente em densidade ao Alder no Brasil seria o Cedro-Rosa). Outras madeiras locais utilizadas em corpos de guitarra, como Tauari e Freijó geralmente apresentam uma densidade (e peso) maior, por isso o Marupá provavelmente é a madeira mais utilizada no país para corpos de guitarra tipo strato e tele: leve, de fácil manuseio e boa sonoridade. A Caroba (já postada, clique aqui), que gosto muito, é semelhante ao Marupá (pode até ser mais leve) mas acho que apresenta graves mais definidos. Infelizmente é uma madeira um pouco difícil de encontrar.

          Mas a questão é: "O Marupá pode realmente gerar um timbre "Fender"? A resposta é simples: sim, pode. Sua sonoridade é semelhante à do swamp ash e até alder, embora esse último varie muito de peso. Alder leve soa diferente de alder pesado, assim como o swamp ash soa BEM diferente do hard ash. Como regra geral, madeiras mais pesadas tendem a soar com mais médios e graves mais definidos e madeiras leves geralmente apresentam médios algo atenuados e graves mais redondos, eventualmente com leve perda de definição das frequências mais baixas.

          O captador do braço é o ideal para percebermos bem essas diferenças. Já toquei em várias stratos e teles de marupá e todas, sem exceção, soaram de bem a ótimas na ponte e meio porém apenas uma ou duas tinham boa definição de graves na posição do braço. Sempre lembro aqui que o meu gosto pessoal é um pouco fora da escala porque tenho alergia a "timbre gordo". Então provavelmente quando eu disser que o timbre do captador do braço é "um pouco gordo", para muitos pode soar perfeito, ok? :). O que eu acho que ninguém gosta é daquele timbre "gordo e sem definição", "embolado"...
Eu tenho uma guitarra muito singular, com corpo Fender/Jaguar de marupá, braço de maple/rosewood, ponte fixa e dois captadores P90. O timbre do captador da ponte é matador: uma parede de médios saborosos com graves e agudos na medida. Saturada, corta qualquer mix de rock, mesmo os mais densos. Foi com essa guitarra que aprendi a respeitar o Marupá (e também que deveria usar filler antes de pintar, hehehe).


          Meu amigo Jean Andrade, grande guitarrista e outro "louco por guitarra", recentemente montou uma strato de marupá, com direito a captadores Fender Custom Shop 54 no meio e braço e Rosar Hot 43 na ponte (meus preferidos, junto com os Rosar Fullerton). Colocou um braço Fender excelente e ponte com bloco Manara. Como a minha Stratocaster preferida é uma Fender de alder com captadores Fender CS 54 (meio e braço - o da ponte é um Seymour Duncan Alnico II Pro), resolvemos colocá-las lado a lado para uma avaliação mais precisa do Marupá - aí pela questão dos captadores, já que o alder da minha Fender é mais pesado. Também gravamos com a minha Strato de Ash (swamp, mas algo mais pesado) que tem captadores Rosar (Fullerton no meio, True Vintage no braço e Rosar CS Alnico II na ponte). O corpo de Marupá, feito em CNC 100% no padrão Fender, foi comprado na loja online "Toda Guita" do nosso amigo e grande luthier Copetti. Como o Jean gosta mais de tocar do que fazer guitarras, a pintura (linda, Fiesta Red) e acabamentos foram feitos pela equipe do Copetti - daí a garantia de ter uma guitarra com visual absolutamente impecável e profissional :)

         Gravamos uma demonstração comparativa entre essa stratocaster de marupá (captadores:Fender CS 54 e Rosar Hot 43 na ponte), uma strato Fender americana com corpo de alder (captadores: Fender CS 54 no meio e braço e Seymour Duncan Alnico II Pro na ponte) e uma strato partscaster com corpo KNE de Ash leve (pode ser swamp mais pesado ou hard mais leve, peso total da guitarra: 3,6kg), braço Mighty Mite autorizado Fender (captadores Sérgio Rosar: Fullerton no meio, True Vintage no braço e Rosar CS Alnico II na ponte). Áudio captado direto via pré Focusrite ISA One + MAudio M-Track C-Series. Amplitube 4.9 com simulação de Marshall JTM e Fender Princeton Reverb em estéreo.


         Os timbres da strato de marupá e alder são muito semelhantes, boa parte porque ambas estão com captadores Fender CS 54, exceto pelo captador da ponte da Fender - alnico II soa mais magro porém com agudos mais controlados. A strato de ash tem médios algo mais atenuados (scooped) portanto parece soar com mais pontas de graves e agudos. Mas essa é a minha opinião. Ouça e decida.
          Um detalhe interessante é que as 3 guitarras utilizam um artifício para contornar o (quase sempre) ligeiro excesso de agudos dos single coils de ponte de strato: Nas minhas, utilizo o alnico II (atenua as pontas de agudos e graves) e na de marupá o Jean optou pelo Rosar Hot 43 - esse captador é feito com fio mais fino (AWG 43), que também atenua os agudos excessivos. Os Fender CS 54 são perfeitos no meio e braço, mas eventualmente algo estridentes na ponte. Os Rosar da linha "43" e "44" são muito bons para posições de ponte, inclusive Telecaster e principalmente quando desejamos controlar os agudos e definir médios. Não recomendo fio mais fino que o AWG 42 na posição do braço (quanto maior o valor AWG, menor a espessura do fio).

         Pra quem gostou do marupá, gravamos uma demo adicional com músicas conhecidas e com timbres clássicos de stratocaster, pra fortalecer as referências. Só espero que o YouTube não tire do ar por causa de direitos autorais.


Ah! Ia esquecendo: os 3 braços são de maple/rosewood, um Fender original e dois autorizados da Fender. Marupá combina muito bem com maple. Quer avacalhar com o timbre do marupá? Coloque um braço de marfim (Pau Marfim)! :)

42 comentários:

  1. Muito bacana, Paulo!

    Eu também percebi que o braço de marfim dá uma estragada valente no som. Uma vez eu cheguei a tocar em uma stratocaster que tinha o corpo em Cedro (era de uma giannini stratosonic) com o braço todo em Maple de uma SX SST57 e curti demais. Bem melhor do que o braço original em marfim. Abração!

    ResponderExcluir
  2. Muito bom, este site é uma escola, parabéns

    ResponderExcluir
  3. Boa! Como vcs leram minha mente? hahaha.

    Estou com um projeto para fazer exatamente desses moldes! Tenho um braço de uma Samick creio que maple/rosewood perfeito para a minha pegada, porem o corpo era daqueles de compensado. Então nasceu o projeto de fazer uma Strat bem melhor com um corpo de madeira de verdade. Estava bem em duvida quanto ao corpo, e a ideia era comprar um do Copetti mesmo, mas ainda estava em duvida sobre qual das madeiras comprar. Tinha aquele preconceito ainda com Marupá, mas um post desses tirou um pouco a barreira que tinha....

    Sabem a diferença que daria para as outras madeiras que ele oferece la? (Jequitibá e Tauari)?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Gosto das duas e devo postar uma Tele de Jequitibá em breve, Allan, mas geralmente a guitarra fica meio pesada com essas madeiras. Entre 4 e 5 kg.

      Excluir
  4. Excelente post (pra variar)!!! Amigos, o Suhr V54 é baseado nós fender 54??? Ou é somente uma coincidência com a numeração?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Amigo, não sei te dizer exatamente, o site parece não estar muito atualizado pois não tem as guitarras assinaturas do Mateus Asato (a tele preta nova, e mesmo a outra strato preta) então também não tem esses captadores que você citou V54 (eles foram apresentados na NAMM agora?) mas pelos outros captadores que tem lá, como os V60 (https://www.suhr.com/pickups/single-coil-pickups/suhr-v60-pickups/ deixo o link para conferir lá) e os V70 são todos baseados na sonoridade das respectivas decadas, tem até V63 baseado em uma strato específica que o John Suhr gosta. Então acredito eu que esses V54 devem seguir a mesma lógica de numeração da marca até agora.

      Abraço

      Excluir
  5. Tenho uma strato com corpo em marupá, braço em maple e escala em birds eye maple os captadores foram enrolados pelo luthier que a fez, ela tem uma baita som, estou muito satisfeito com ela, e se fosse fazer outra guitarra ia ser em marupa mesmo.

    ResponderExcluir
  6. Saudações Paulo,

    Ótimos timbres das guitarras. Mesmo setup de equipamentos e único guitarrista ajuda muito nessas comparações. O Alder deixa o som um pouco definido sim mas a de marupá está tão próxima que seria preciosismo apontar grandes diferenças ou carências nisso.

    A de swamp ash é um pouco mais magra mas timbra muito bem e isso se acerta na equalização de amp, pedais ou simulação. Vai do gosto.

    O corpo dessa de ash é o mesmo desse projeto (http://guitarra99.blogspot.com/2014/04/stratocaster-kne-de-ash.html), porém com refinishing?

    Uma curiosidade que nunca perguntei: ao vivo você sempre usou só guitarra + pedal de aturação + amplificador ou variou de acordo com a época/projeto?

    Abraços,
    Marçal

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O corpo é KNE, mas outro, Marçal. Aquela guitarra foi vendida :)
      Eu parei de tocar ao vivo (com frequência) em 1994 - sempre preferi guitarra + amp, porém naquela época nem sempre os amps que pedíamos aos produtores eram bons (peguei muito cubo Meteoro tentando passar por Roland, hehehe).
      Sempre levava o SansAmp (e depois o POD) para alguma emergência e ter que entrar direto em linha. De pedal mesmo, usava no máximo drive e delay (boss). Minha felicidade era quando o amp que eu pedia, Fender Twin Reverb estava no palco. Daí era só cabo mesmo :)

      Excluir
    2. ôps, tecnicamente, as datas não batem... Anos 80, para emergências, usava o Rockman, depois o SansAmp e por último, o POD.

      Excluir
  7. Beleza Paulo.

    Ainda sobre a questão das madeiras brasileiras, tenho visto muitos músicos recorrendo aos luthiers brasileiros para conseguir suas novas stratos, teles e demais padrões Fender, devido a desvalorização sem volta do real e o consequente preço proibitivo dos instrumentos importados tarifados aqui.

    O resultado do que tenho ouvido de boas guitarras feitas com Marupá, Cedro-Rosa, Pinho Araucária e outras em menor escala são muito próximos das madeiras americanas tradicionais.

    Para o braço, quando não se tem disponível o maple, a cabreúva parece entregar timbre equivalente.

    A Caroba para o corpo funciona mas como você bem lembrou, é muita rara.

    Pelo menos ainda tem opções acessíveis com nossas madeiras.

    Abraço.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. E por falar em Caroba e Cabreúva, a guitarra do post anterior é feita dessas duas, hehehe. Gostei muito da cabreúva - no contexto dessa guitarra, ficou perfeita.

      Excluir
  8. Exato Paulo. Li o post, e confirmou que as escolhas indicadas pelo Kaiser não eram à toa.

    ResponderExcluir
  9. Paulo , o que acha do Pau-Ferro (Bolivian Rosewood) para escala? E o jatobá ?
    Vejo que são tendencias agora em algumas marcas, cheguei a testar algumas escalas de pau-ferro e não gostei da "aspereza" quando os dedos entram em contato com a madeira ,mas o som não notei diferença...

    O braço em marfim teria uma densidade menor do que o maple? Por isso tem um som tão morto?

    Obrigado

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pau Ferro tem propriedades semelhantes ao jacarandá mas é fácil de encontrar e barato. No Brasil, comum na mata atlântica, de norte a sul do país. Na praça aqui do lado existem duas árvores dessas (Florianópolis/SC). Marfim tem densidade um pouco maior que o maple, dureza similar e ambos são flexíveis - braços de marfim torcidos não são incomuns.

      Excluir
  10. Pretendo fazer uma guitarra com kaiser c corpo em marupá. Quanto ao braço tenho algumas dúvidas. É certo que as strato seguem um padrão de madeiras, mas um corpo de marupá com braço em mogno e escala em jacarandá, mataria o instrumento rsrs?
    Outra coisa, qnd você fez o projeto da Les Paul afirmou que não gosta do shape D por ter muitos omnbros, a construção do braço foi no shape Soft V. Não tenho experiências sobre braços guitarra, fiquei sabendo desses tantos formatos aqui no blog. A pergunta: o Soft V ajuda para que tem mãos pequenas?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A combinação mogno/marupá eu nunca utilizei, então não dá pra opinar.
      Quanto ao braço, não é só o formato, mas também a largura dele. Uma dica legal pra ter uma ideia do padrão de determinado braço é checar a largura do nut. Qualquer coisa maior do que 42 mm já é demais pra mim. Se tens mãos pequenas e vais fazer um braço de Tele com o Kaiser, peça para ele usar os moldes do braço da minha telecaster: a largura começa (nut) com 40 mm e tem um formato C perfeito. É o melhor braço que toquei na vida.

      Excluir
  11. Paulo, sempre bacana as tuas postagens. Passam muita informação e são verdadeiras fontes de informação. Tenho uma sugestão de caps para testares assim q possível: Alexander Príbora. Eu uso aqui dois sets dele (um Voodoo e um Red&White). Timbres sensacionais. Dá uma estudada. Tenho umas coisinhas de marupá aqui e, após ler esse post fiquei fissurado em vê-los, ou melhor, ouví-los...
    Régis

    ResponderExcluir
  12. Postagem incrível e excelente conteúdo amigo. Parabéns pelas postagem e por contribuir com os amantes da música. Sucesso.
    Leandro Borges

    ResponderExcluir
  13. Por favor, faça um post dessa sua jaguar, acho que talvez seja a fender que mais me encanta e sempre achei que faltou no blog conteúdo além da santíssima trindade de guitarras. Fica o pedido (:

    Sobre as demos, achei muito similares o alder e o marupa, o ash se destacava por ser mais magro e estalado na minha opinião. Pra base limpa acho que esse ash aí brilha mais.

    E é sempre bom ver que o blog voltou a ter postagens, o conteúdo aqui é coisa rara.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. De Jaguar, só o formato do corpo, Henrique :) Tem um vídeo bem curto do Alex Arroyo tocando com ela, mas era final de noite e já havíamos gravado umas 8 guitarras naquele dia. Ele só usou o captador do braço nessa demo. O da ponte é que tem os médios afiados como navalha. Fico devendo essa.
      https://www.youtube.com/watch?v=AwudqRUO_Co

      Excluir
  14. Muito bom seu post e comentários sobre o Marupá. Eu sou luthier e tenho feito estratos e Teles de marupá e posso dizer que das nacionais que já tive oportunidade de testar, ela é a mais adequada para esses modelos. Eu tenho uma de meu uso pessoal, que se tornou a minha strato predileta, pois soa muito próximo de uma Fender strato, pois tem braço de hardmaple com rosewood, bigblock, captadores alnico malagoli,saddles vintage, e outras peculiaridades de uma fender. Penso em gravar um vídeo com ela e postar no meu canal do youtube. Abraços

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado pelo feedback profissional, Fábio. Também gosto muito do marupá e acho que é a madeira mais "Fender" que dispomos aqui. Já o cedro não considero adequado - até fica interessante em algumas guitarras com humbuckers e para sonoridades mais pesadas, mas pra "Fender", não rola... :)
      Abraço!

      Excluir
    2. Sim é verdade sobre o cedro rosa. Tenho strato em cedro também e soa bem diferente da de marupá. Tem som mais encorpado e menos "quac". Realmente ela combina melhor com captadores de maior ganho. Para uma super-strato por exemplo ela funciona muito bem.

      Excluir
  15. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. http://guitarra99.blogspot.com/2014/05/faq-003-orientacoes-para-perguntas.html

      Excluir
  16. Olá Paulo! Curti demais o som!
    Eu me aventurei esses tempos e fiz uma tele de marupá com meu pai (usando apenas uma furadeira com adaptações, acredite!), braço em maple (que faz toda a diferença, marfim avacalha, aprendi aqui no blog xD). Coloquei um set de texas especial, e ficou muito bom!

    Eu tenho um braço de strato que acredito ser maple, e quero aproveitalo e fazer um corpo. Mas ainda estou em dúvida se uso marupá ou freijó.
    Queria uma opinião tua, já que tem mais experiência.

    Tem pouco material na internet, mas pelo que fi, o freijó tem um timbre bonito, com punch, porém mais fechado que o ash e o marupá.
    Isso me preocupa, porque gosto bastante de timbres mais abertos.

    Entre marupá e freijó, qual escolheria para um corpo de strato?

    Abraço!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ah, atualmente está em um corpo de poplar hehe
      Se puder tecer algum comentário sobre essa madeira comparando com freijó e marupá eu agradeço :)

      Excluir
    2. Olha, no ano passado montei 3 telecasters com corpos de Poplar. Interessante é que as 3 soam diferentes, mas bem. Pretendo/preciso fazer um post sobre Poplar. De certa forma, é semelhante ao marupá. Acho que a densidade ainda é a característica que mais determina o timbre final do corpo, por isso vejo certas similaridades entre Marupá, Poplar e Swamp Ash. Basswood já acho que tem médios muito estranhos, scooped. Freijó: estou finalizando uma Tele 72 custom com corpo de freijó (Kaiser, muito leve) e ainda vou testar. A primeira tele de freijó (mais pesado) que tive postei aqui no blog. Não foi fácil timbrar aquela guitarra. O Rosar tem uma strato de Freijó (também mais pesado) que soou similar à tele: médios meio duros, algo desequilibrados, mas passíveis de controle com o tipo de braço e captador. O Cedro foi a única madeira que até hoje nunca consegui compensar com os outros componentes. Se ele soa ruim, não dá pra arrumar nem com reza... A minha conclusão até o momento é que o Marupá tem um timbre legal e menos variações entre um bloco e outro, portanto mais estável e confiável. Dependendo do nível de experimentação que pretendes, a escolha mais garantida seria o Marupá - menor chance de erro/frustração.

      Excluir
  17. Boa noite paulo, estou montando uma strato em marupa com o adriano da rdc la de bh, referencia aqui no blog. porem, me foi apontado, que esta madeira clara que acreditamos ser marupa é na verdade caixeta, que eu acreditava simplesmente ser outro nome... e que o marupa verdadeiro é mais denso, mais escuro, e com veios mais evidentes. voce ja teve contato com informação parecida? ou sera equivocada? curiosamente nao encontrei nada por ae dizendo que sao duas madeiras diferentes, mas de qualquer forma fiquei com uma pulga atras da orelha hahahah

    abçs!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Há algumas divergências sobre Marupá e Caxeta. Para muitos, a maioria na verdade, são a mesma madeira. Para alguns, madeiras similares em alguns aspectos, mas distintas na espécie. As que o Adriano consegue são muito boas, independente da discussão...
      Cheque um link que tenho guardado:
      https://www.contrabaixobr.com/t13048-marupa-vs-caxeta

      Excluir
  18. Poxa pessoal, parabéns pelo blog, tô chegando agora, não conhecia, e olha que sou conterrâneos de vocês aqui de Florianópolis. Estou começando nesse vasto mundo de personalizações das nossas queridas guitarras, e um amigo me indicou esse blog, fiquei muito feliz em saber, através dessa leitura, que tenho uma guita com madeiras tão bem vistas. Tagima t635, corpo em marupá, e braço de marfim, e a cor por sinal, acompanha a deste post, Red fiesta.
    Parabéns mais uma vez pessoal, virei fã do trabalho de vocês.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado! Continue lendo os posts... Cedo ou tarde vais descobrir que "Tagima" e "Marfim" não têm o mesmo status que o Marupá por aqui, hehehe.
      Abraço!

      Excluir
  19. olá, a guitarra strrat ou tele com corpo em marupá e braço em tauari, dá uma boa combinação timbristica? O tauari é um bom substituto ao maple em termos sonoros na sua opinião?

    ResponderExcluir
  20. Então a madeira Pau-Marfim é ruim para braço???? como assim????

    ResponderExcluir
  21. Então a madeira Pau-Marfim é ruim para braço???? como assim????

    ResponderExcluir
  22. E aí, Paulo. Beleza?

    Você acha que um braço (e escala) de pau ferro poderiam estragar o som de uma guitarra com corpo de marupá?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pau Ferro é mais denso e rígido que o maple, Como escala, a sonoridade é similar ao rosewood/jacarandá. Para braço, nunca testei.

      Excluir
  23. Caros colegas, eu DUVIDO que alguém consiga notar a diferença no som entre uma guitarra feita 100% de madeiras Nobres e outra feita de acrílico com os mesmos captadores e ponte. Eu já usei captadores Sergio rosar em guitarras e baixos, e achei sem a menor graça, som morto, mas em compensação o trio malagoli custom blues fez minha guitarrinha soar como uma fender, por favor, parem de gastar dinheiro a toa.

    ResponderExcluir

Antes de perguntar, faça uma pesquisa no campo "Pesquisar nesse blog".