domingo, 25 de fevereiro de 2018

Projeto Les Paul - Final


Paulo May

(obs: antes de fazer perguntas e ou postar comentários, leia aqui: CLIQUE)


Obs: link para o primeiro post sobre a guitarra: CLIQUE AQUI


Finalmente!! :)


          No dia 13 de fevereiro o Copetti me ligou avisando que a guitarra estava pronta. Como de costume, peguei uma carona com o Faraco e fomos até lá. Só faltava o plástico/placa de suporte do jack (que eu havia esquecido em casa) mas improvisamos com uma fita crepe para poder ligar a guitarra. E por falar nisso, a primeira pessoa a tocar nela não fui eu, foi o Faraco. Assim como o Jean, ele também estranhou o braço no início (ninguém espera um soft V numa Gibson, hehehe), mas em menos de 5 minutos já ficou confortável -  e já lascou "Se um dia fores vender, eu sou o primeiro da fila", hehehe. Como a manezada de floripa costuma falar: "Mofas com a pomba na balaia, Faraco" KKKK!

Faraco e Copetti aplicando a tecnologia da "fita crepe" :)

        Então, depois dos impressionantes trabalhos do Kaiser e da finalização do Copetti, chamei o Jean pra conhecer pessoalmente a guitarra e daí já aproveitamos pra gravar a demo.

          Ter uma Les Paul boa é o sonho de boa parte dos guitarristas (até de strateiros como o Jean - sacaram a tatuagem no braço esquerdo dele? :). Eu tenho 2 Les Paul Gibson (1981 Standard e CSR9 2013) maravilhosas, mas os braços Gibson são um pouco desconfortáveis pra mim. Aliás, quanto mais guitarras eu tenho e mais aprendo sobre elas, mais chato eu fico em relação aos braços, hehehe. O braço da minha Telecaster 68 é, definitivamente, o mais confortável que já toquei.

Dito isso, e considerando que eu já tenho duas Gibsons, decidi fazer com o Kaiser um braço fora das especificações da Les Paul. Esse aí tem formato "soft V, quase V" - muito pouco volume nos ombros, volute e a angulação do headstock é menor, entre o padrão PRS  (11°?) e  Gibson (17º). Resultado prático: some esses detalhes à escala menor da Gibson (24,75 polegadas), essa Les Paul LPG/Kaiser é a guitarra mais fácil de tocar que eu tenho aqui. Cordas 0.10 parecem 0.09 e os bends exigem mínimo esforço. Pra mim, que pratico pouco, é uma mão na roda, mas o Jean teve problemas pra gravar as demos - acostumado com mais tensão nas cordas e braços mais gordos, levou uma boa meia hora pra controlar os bends - a maioria tava passando do ponto, kkkk!
Mas depois de acabar as gravações ele me disse: "já tô me acostumando com esse braço" :)
Ainda não tive coragem de fazer os furos pra colocar o escudo, mas acho que em breve... :)

          Gravar demos legais e que sejam realmente úteis para o discernimento dos leitores não é fácil... Achamos que teríamos tempo de gravar também as demos da Les Paul DeLuxe e da Roland-TB, mas bah!... Não deu...

Mesmo assim, utilizamos a última meia hora para gravar uma demo (ainda em edição) de uma strato TOKAI absolutamente fantástica que o Jean comprou recentemente. Um dos melhores, senão o melhor, sons de strato que já ouvi. Tokai de 1984, alder levíssimo, braço com escala curvada fininha (veneer) de jacarandá... mágica... E não é Fender! Postaremos em breve :)

Comentário do Jean sobre a guitarra:
"Fiquei impressionado com o resultado! O braço realmente não tem o formato mais adequado ao que eu, especificamente, estou acostumado... a minha impressão é que o formato ficou mais para um V pronunciado, que para um soft V.
Mas isso é justamente uma das coisas mais legais dessa guitarra, o Kaiser construiu praticamente sob as medidas e especificações solicitadas pelo Paulo, sendo que o braço ficou perfeito pra ele. Ainda assim, a guitarra é muito fácil de tocar (o braço mais fino dá melhor acesso ao final da escala), super confortável e macia, não é pesada, o timbre e o visual são matadores!!!!Parabéns ao Paulo pelo empreendimento e pelo acabamento, ao Kaiser pela construção e ao Copetti pela ajuda final!"