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domingo, 25 de maio de 2014

FAQ-003: Orientações para perguntas



         Pessoal, estamos já com 175 posts publicados e mais de 8.000 comentários -  pelo menos metade desses são perguntas, e dessas, pelo menos 30%, repetidas - quando o visitante faz a pergunta sem pesquisar no texto do post e/ou ler os comentários relacionados.
Imagino que, por baixo, três a quatro mil perguntas foram respondidas.
Por isso, com certeza, mais de 80% do tempo que dedicamos ao blog é gasto respondendo perguntas... Teríamos muito mais posts interessantes com maior tempo livre para postar e não ficar respondendo quase sempre a mesma coisa.

Tentem colocar-se no nosso lugar. Esse blog tem por objetivo relatar as nossas experiências de aprendizado "leigo" como guitarristas com interesse em luthieria. Não somos profissionais dessa arte, portanto as perguntas devem relacionar-se somente e especificamente com o post em questão.

Blogs acabam sendo abandonados por seus autores justamente por isso: quando deixam de ser um prazer e tornam-se um incômodo. Perguntem para o Rafael Gomes, cujo blog "Zona do Humbucker" foi um dos que inspirou o "Louco Por Guitarra", por que ele parou de postar...

Nós temos leitores aqui que são fantásticos. Apoiam, contribuem e quando fazem perguntas, são objetivos, específicos e complementares.
Por outro lado, pra citar um dos inúmero exemplos, eu já fiz vários posts sobre as guitarras SX e volta e meia alguém pergunta "Mano, o que tu achas da SX? Será que vale a pena?" Nesses momentos eu me pergunto se vale a pena tudo isso.

Existem dois campos de pesquisa do blog: um no topo da página à esquerda e outro na coluna da direita. Lá tem o aviso: "Pesquise antes de perguntar". Infelizmente poucos fazem isso.
E o pior de tudo é quando a pergunta é feita clicando no link "resposta" de outra pergunta. Exemplo: no post "Guia Para Tunar Guitarras Baratas" existem 236 comentários/perguntas/respostas. Não dá pra ler o comentário 135 e fazer uma pergunta ali, clicando em "resposta" - nós simplesmente não conseguimos localizar sem correr toda a página com os 236 itens... E já fizemos isso inúmeras vezes.
É extremamente cansativo e, desculpem o termo, broxante! Vá até o final da lista, clique em "ADICIONAR COMENTÁRIO" e faça sua pergunta ali. (Se precisar citar algum comentário anterior, o faça localizando a data)

Para que o blog continue ativo, somos obrigados a estabelecer novas regras para perguntas. Só responderemos às perguntas:

1 - Diretamente relacionadas aos posts. Se o post é sobre uma strato SX, não pergunte sobre uma strato Tagima, ou Michael ou até mesmo uma SX de outro modelo.

2 - TODAS as guitarras que temos foram postadas e a nossa opinião sobre elas está clara. Não adianta perguntar sobre guitarras que não foram postadas e que, portanto, não conhecemos.

3 - Perguntas do tipo "o que você acha de tal guitarra...?" não serão respondidas. Novamente, TUDO que nós achamos sobre o que conhecemos já está postado. Seria irresponsabilidade falarmos sobre guitarras que não possuímos ou conhecemos bem.

4 - Não somos luthiers, não fazemos/montamos guitarras para terceiros e não comercializamos nada nesse blog.

5 - Perguntas cuja respostas estão no próprio post são quase ofensivas. Demonstram no mínimo preguiça/indolência e falta de educação. 

6 - A ordem sequencial é essa: Leia o post, procure posts relacionados e faça uma boa pesquisa. Depois pergunte.

Gratos pela atenção!


E já que parece que quase ninguém lê a coluna fixa da direita da página, vamos repetir:


As opiniões sobre timbres (e madeiras, captadores, etc.) são estritamente pessoais. Isso é um blog e não uma revista. Não aceitaremos críticas e julgamentos sobre o nosso gosto pessoal, já que respeitamos o dos outros. Posts anônimos serão geralmente deletados.

Os demais comentários são sempre bem vindos e os agradecemos imensamente, mas perguntas "off topic", discussões específicas, dúvidas e assuntos mais complexos podem eventualmente não ser respondidos.

O tempo que dispomos para atualizar o blog é pequeno. Se tivermos que responder muitas perguntas ou assessorar assuntos de guitarra não ou pouco relacionados aos tópicos do blog, aí não sobrará tempo para nada. Adoramos falar de guitarras, mas às vezes simplesmente não é possível...

Não disponibilizamos e-mails pessoais por razões óbvias.
Não responderemos a contatos feitos pelo Facebook ou qualquer outra rede social.
Temos nossas profissões não relacionadas à música, nossas famílias, etc. O fator que mais prejudica a dinâmica do blog são as perguntas gratuitas fora do contexto dos tópicos e solicitações de opiniões sobre equipamentos e configurações.
O intuito do blog é passar informações pessoais que possam ser úteis para os leitores tirarem suas próprias conclusões.

O Louco Por Guitarra é um blog e não um "Fórum de Discussão".


segunda-feira, 21 de abril de 2014

Lepo Lepo: caindo na real

Paulo May


          Há uns dois anos não me desligava completamente do meu universo pessoal, protegido pelo acesso selecionado à internet e TV à cabo. Incrível como, ao mesmo tempo que sabemos quase tudo que acontece de importante no mundo, alienamo-nos, na mesma proporção, da realidade crua.

Fui passar a páscoa com minha esposa e nossas duas filhas na casa da minha família em Laguna (SC), aqui perto de Florianópolis. Já sabendo que não teríamos internet e nem TV à cabo, fui de coração aberto e ingenuamente despreparado. Tinha o meu iphone, mas nem pensar em acesso discado, então levei apenas o livro "ACDC - A biografia" de Mike Wall para uma eventual leitura.

A casa tem sido pouco frequentada nos últimos anos e meus irmãos optaram por deixar apenas o básico, incluindo uma TV antiga com um receptor que capta uns 15 canais, todos da TV "aberta" - aquela que, imagino, a maior parte da população brasileira tem acesso.

Choveu e acabei zapeando pelos canais disponíveis. Em 48 horas, fiz um mergulho assustador num Brasil que de fato eu não conhecia, ou melhor, não percebia. Ou melhor ainda, mudou tudo pra pior e eu nem me toquei... Lepo Lepo do Psirico, sertanejo universitário, sertanejo funk, funk carioca, uma porrada de MC's, mulheres masculinizadas, bispos, pastores, televendas... PQP!! Que porra é essa?
Nunca vi tanta picaretagem na vida! Só dava pastor, vendedor esperto (que dá na mesma), mulher rã e cantor sertanejo - todos com o mesmo cabelo e "barba de 5 dias". Sem falar nos MC's tatuados até a orelha cantando - pecado maior - fora do ritmo na maior cara dura. Haja!


Nas primeiras quatro ou cinco horas cismei que provavelmente eu estava fora de sintonia, já que sempre acreditei que a cultura popular tivesse um valor intrínseco, independente do ângulo de análise. Mas não, mesmo respirando fundo e expurgando com sincera vontade os meus preconceitos e gostos, tudo era uma grande e patética merda.


Sou roqueiro por vocação. Mea culpa. Também gosto de soul, blues, funk (americano, please), até disco music e sempre consegui enxergar o valor de outros tipos de música. Isso é verdade de fato porque me peguei em dois atos falhos: Rolando Boldrin cantando uma música sertaneja de verdade e um grupo de samba (também de verdade) foram raros momentos de alívio nesse inferno. Quem diria... Os dois únicos links com o meu universo original.
Já estava esquecendo: também gosto de mulher, mas normal, com hormônios próprios e de preferência com peitos de verdade :)

Tudo bem, se a massa brasileira tá nisso, deve haver algo de bom, honesto e verdadeiro que justifique e talvez eu simplesmente não tenha capacidade, ou idade, ou bondade, o raio que for, de apreciar. Mas essa frase alguém já deve ter dito: "Se isso é o paraíso, por favor, me leve para o inferno" :)

Não quero e nem vou lutar contra. Deixo a deus dará e esse post é o máximo de quixotismo que sou capaz. Consegui algum alívio nesses dias em Laguna lendo o livro sobre a história do AC/DC. O mesmo AC/DC que descobri numa loja de discos em 1977 e me aliviou da invasão "disco" da época (nem de longe o horror dos lepo lepo de agora).

Das poucas convicções que restaram depois dessa avalanche medonha de mediocridade, uma devo mencionar: a energia honesta, orgânica, humana e pura do rock dos irmãos Young (e de tantas outras bandas, pois gosto muito mas não sou fanático pelos australianos) não tem paralelo em nada do que se produz hoje nos estilos populares. O rock atual - se é que ele ainda existe - tá agonizando e me preocupo se os links vitais com suas origens não estão perdidos pra sempre. Vamos ter que aguardar e torcer para que uma nova geração, se deus ajudar, mais humana, inteligente e inquisidora e menos palhaça, ignorante e intoxicada pela lascívia descubra alguns desses valores que estão, num passo lento porém inexorável, sendo esquecidos.

Cheguei em casa e assisti de uma vez só todo o show do AC/DC em Paris em 1979 (com o Bon Scott. é claro) e já consigo respirar melhor. Salve-se quem puder... :)




PS: pra não ficar tudo muito sério: o Rafael Aleixo me lembrou desse ótimo comercial da Kiss FM:



E achei isso também (não fiz a montagem e não abordaria a questão assim, mas tá engraçado pra c......! :) :

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

1.000.000 de acessos! (e entrevista com Sérgio Rosar)

Paulo May & Oscar Isaka

Um milhão!
Agora em janeiro completamos um milhão de acessos ao blog e, conforme prometido, preparamos um vídeo com uma entrevista com o Sérgio Rosar.

Um milhão de acessos até pode ser pouco para blogs de moda, esportes, pornográficos, etc., mas para um blog só de guitarra, tá mais do que bom!
Obrigado a todos vocês. Alguns, que nem precisamos citar, consideramos verdadeiros parceiros de trabalho.

Fizemos um pequeno vídeo comemorativo :)




...E aqui está o vídeo que vai apresentá-los pessoalmente ao mestre dos captadores, Sérgio Rosar:

 Site Sérgio Rosar



Desde o início do blog, a presença, direta ou indireta do Sérgio, é uma constante. Seus fantásticos captadores, feitos aqui em Floripa, estão no mesmo patamar dos melhores e maiores fabricantes mundiais. Há tempos estávamos tentando convencê-lo a nos dar uma entrevista mas dessa vez ele não pode negar :)

Contatos & links:
 sergiorosar@sergiorosar.com
https://www.facebook.com/sergiorosar
http://www.sergiorosar.com/


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Blocos MANARA - esclarecimento

Paulo May /Oscar Isaka Jr.

Natal  chegando, todo mundo cansado, querendo férias... Ainda tenho algumas perguntas pra responder antes de brincar com minhas guitarras :) 

Resolvi colocar num post a minha resposta a uma série de questionamentos (educadamente) feita por um leitor do blog em relação ao bloco Manara para ponte de stratocaster. Segue a resposta e em seguida o comentário/questionamento de leitor:  


"Márcio, nesse post aqui está BEM CLARO que os blocos são PROTÓTIPOS. Na data do post o Carlos nem pensava em comercializar e nós estávamos apenas iniciando os testes. Depois desses testes, duas coisas ficaram definidas: o bloco deveria ser de aço AC e pesado. Mas ninguém disse que o peso deveria ser exatos 315 gramas - o Carlos nem havia pesado os blocos antes - eu que usei a balança de precisão aqui em casa, mais por curiosidade por causa dos blocos de zinco chineses absurdamente leves. Depois os testes continuaram, tentamos inclusive com blocos mais pesados e ficou ainda mais óbvio que o peso não era tão importante quanto o material.

Além disso, eu relatei  ao Carlos que o bloco de 315 gramas era um pouco grande demais, limitava o movimento do tremolo e em algumas guitarras (numa das Fender e numa SX SST, por exemplo), encostava no corpo. Medimos o Callaham (que é bem menor que o protótipo e nesse post aqui eu escrevi que iria medir e pesar o Callaham pra gente se aproximar dele) e começamos a diminuir gradativamente o volume do bloco (mantendo sempre o mesmo tipo de aço). Quando aproximou-se do peso do Callaham, observamos de fato o melhor equilíbrio entre timbre e funcionalidade (confirmando também que o Callaham é realmente mestre no assunto).

Testamos em pelo menos 10 stratocaster diferentes antes do Carlos Manara decidir comercializá-los. Quase no final dos testes, eu sugeri ao Carlos fazer um derradeiro bloco, 1 a 2 mm mais baixo (menor altura) que o Callaham justamente porque algumas stratos chinesas (squier incluídas) são mais finas (vide o meu post sobre o sufoco com o bloco de uma SX:  (CLIQUE)

Ele fez, testamos em 4 guitarras bem distintas e o timbre manteve-se com a mesma qualidade.
Sugeri (e o Oscar concordou) então que ele comercializasse o bloco com essas medidas (iguais as do Callaham mas cerca de 2 mm mais curto). Esses dois milímetros a menos são os responsáveis pelos 25-30 (pelo que me lembro) gramas de diferença de peso entre o Manara e o Callaham. Mas o Manara é muito mais prático, pois cabe em TODAS as stratos do mercado, sem sobras.  A diferença de peso mostrou-se irrelevante. Se fosse importante, não faríamos a modificação.
Pense, entenda a natureza do blog e perceba que tudo o que fazemos e postamos não tem outro objetivo senão conhecer, aperfeiçoar, dividir e ajudar.

Enfim, esse bloco é o que foi finalmente postado como DISPONÍVEL para compra (CLIQUE).
Observe na foto que ele é DIFERENTE do protótipo, no formato e aspecto.
Nem nos passou pela cabeça em colocar o peso final no post porque, primeiro, não era esse o foco e quem acompanhou os posts já sabia que ele tinha peso mais do que suficiente para funcionar, como, tecnicamente falamos, "Bloco de Inércia". Novamente, o Manara e o Oscar nem se preocuparam em pesá-los.

Por isso, meu caro, o "X" da questão, pra nós e pra quem acompanha o blog e leu todos os posts, não é "quanto mais pesado melhor". Se assim fosse, pediria ao Carlos pra fazer blocos de chumbo que ocupassem toda a cavidade do tremolo. Até no post dos protótipos, o foco primário era no material (2 tipos de aço diferentes e zinco).O peso é obviamente importante, mas está implícito que o tipo de material (aço, zinco, latão) vem antes.

Acho que ficou claro que bloco bom é uma questão de equilíbrio entre peso, material e funcionalidade, gerando uma influência específica no timbre final da guitarra. O bloco deve ser de aço (há quem goste do de latão, mas é outro timbre e outro foco) sem chumbo e ter peso suficiente para funcionar como bloco de inércia. Se é 260, 280 ou 315 gramas, não me interessa. Esse blog inteiro prova que o que interessa pra gente é o TIMBRE.

Olha, o Carlos não está ficando rico com isso e acho que está começando a repensar se vale realmente a pena todo esse trabalho.

O blog Louco por Guitarra não tem nenhum envolvimento comercial com absolutamente NADA do que publica, deixa bem claro que só reflete opiniões e experiências pessoais dos autores e postadores convidados e nós também estamos repensado se valem a pena tantas horas perdidas respondendo perguntas muitas vezes óbvias que estão implícitas nos textos dos posts.

Se eu fosse o Carlos, faria um bloco igual àquele protótipo (que apelidamos de "pancadão" e realmente tinha graves em excesso se comparado com o atual), sem acabamento, sem arredondamento das bordas e sem pintura anti-oxidante e te enviaria... Se é isso que tu queres, os 315 gramas.

O Oscar está viajando à trabalho, longe da família, muito cansado e me pediu pra responder essa inquisição. O Carlos me enviou um e-mail, também cansado e querendo saber onde raios foi ESPECIFICADO que o bloco teria que pesar 315 gramas.

Sobrou pra mim. Tava finalizando uma demo da Telecaster de Freijó, já sentindo um pouco de culpa por ter deixado minhas filhas de lado nos últimos dias. Mas parei tudo pra responder as tuas perguntas.

No lugar do post sobre a Tele, vou postar isso. Pelo menos pra todos, (eu, tu, nós, vós, eles) saberem que não é fácil também pra gente.
Se não quiseres mais o bloco Manara, podes mandar pra mim por PAC à cobrar que eu compro. Esse modelo que tens aí tem um aço ainda melhor do que os primeiros blocos.



PS: tenho um bloco Manara e um Callaham aqui já montados nas placas e com os saddles. Pensei: vou desmontar, pesar, fotografar... Mas daí percebi que isso seria ridículo... Nós três batalhamos pra caralho nisso e fomos eu e o Oscar que sugerimos ao Carlos que comercializasse os blocos. Primeiro porque achamos injusto apenas nós termos acesso a um produto de qualidade indiscutível, do nível do Callaham. Segundo, não há compromisso e ninguém aqui é obrigado a nada.

Nós postamos o que vivenciamos - nesse caso, um bloco de aço superior, barato e orgulhosamente feito no Brasil.O leitor está livre para concordar ou não. Questionar ou reclamar como se o blog tivesse um SAC é outro papo. E cansa, acredite.


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Bom dia senhores,

Quero fazer algumas ressalvas sobre esse post e, depois, algumas perguntas.
Depois que vi esse post, que achei muito interessante, decidi entrar em contato com o Carlos e encomendar um bloco dele para uma das minhas Strato, uma American Standard 2008 em Ash. No pedido (tenho arquivado os emails), me referi diretamente a esse post para embasar minha escolha e deixei claro para o Carlos a minha opção pelo bloco de Aço AC de 315g. Pois bem. O pedido foi feito, acertado, encomendado, pago, enviado e entregue. Ok! Legal!
Uma semana depois, finalmente, tive tempo de levar a guitarra no luthier e, enquanto ele terminava de mexer com outro instrumento, ficamos conversando sobre a importância do bloco como uma das peças fundamentais no diferencial do timbre da Strato e etc. Depois do meu comentário sobre o peso do bloco que eu havia acabado de comprar.. o tal bloco Manara de Aço AC 315g.. foi aí que bateu a curiosidade no luthier, e ele sacou uma balança 1g-1kg e pesou o bloco.. surpresa... o meu bloco Manara de Aço AC de "315g".. tem, na verdade, 268g!!! Pra quem estava difamando os blocos de zinco de 245g.. ter comprado um bloco com 20g a mais que o de zinco e 50g a menos do que o que pensava estar comprando.. pensa na cara que eu fiquei frente à balança e ao riso de escárnio do luthier quando ele me disse: "acho que te passaram a perna!". Depois disso, indignado, saí de lá e fui na casa de uma amiga da minha irmã que mexe com jóias e tem uma balança de precisão.. 266g!!! Putz! Fiquei chateado hein..

Bom, pra finalizar a história. Mandei um email para o Carlos pedindo esclarecimentos sobre a discrepâncias entre o peso do bloco encomendado e o entregue.. e eis que ele me respondeu o seguinte: "TODOS os blocos Manara e Callaham têm, em média, 270g!!! O bloco de 315g tem excesso de graves!!! e que o bloco de 315g foi usado apenas para o teste no blog LPG!!!".. eu queria que vcs vissem a minha cara frente a estes argumentos do Carlos.
Respondi a ele dizendo que, em nenhum momento, havia sido mencionado o fato de que TODOS os blocos têm 270g; A minha encomenda era clara no sentido de ter pedido um bloco de Aço AC com 315g, independente de qualquer coisa; E que no teste deste blog, o Paulo May diz que o timbre "ganha corpo e uma grande definição de frequências".. sem se referir a nenhum excesso de graves!!!
Finalmente vêm as minhas perguntas:
1ª - Se TODOS os blocos têm 270g, por que o Carlos mandou dois blocos mais pesados (AC-315g e FN-285g) para o teste?
2ª - Por que não é mencionado o peso real dos blocos da Callaham? Como se pode garantir a semelhança Manara-Callaham?
3ª - E afinal de contas, há excesso de graves ou corpo e grande definição de frequências no bloco de Aço AC de 315g?

Obrigado.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Comunicado: caixa de pesquisa não está funcionando...


Há alguns dias a caixa de pesquisa do blog parou de funcionar. Independente do que digitamos, ela apenas direciona para o topo do blog.
Aparentemente, os engenheiros da blogger.com estão trabalhando numa solução - e espero que não demore, pois já temos 151 posts publicados... Sem pesquisa, fica inviável.

Até isso acontecer, utilize a caixa de pesquisa do blogger no topo da página à esquerda (obrigado pela dica, Ronney) - tem quase a mesma função da que tá pifada.
Ou vá direto via google: coloque a palavra chave e acrescente "louco por guitarra". Por exemplo: "les paul vintage louco por guitarra" vai apontar direto para o post da Vintage AFD e outros relacionados às Les Paul.

Outra possibilidade é procurar os posts pelos marcadores, mas é só pra quem tem muito tempo ou paciência :)

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Guitarra? "Só sei que nada sei!"

Paulo May

Essa guitarra NÃO soou legal:



 Essa guitarra soou PERFEITA!:


          "Só sei que nada sei" é uma expressão atribuída ao filósofo grego Sócrates e me veio à mente há dois dias, depois de mexer numa telecaster.
Toco guitarra há quase 36 anos e há pelo menos 6 venho estudando e tentando entender seus fundamentos físicos: estrutura, timbre, funcionalidade, etc... Seis anos... é um curso de medicina :) Já era pra eu ter dominado quase todas as nuances técnicas que determinam o timbre de um instrumento... Imagino que o Oscar já tenha passado pela mesma pane mental que sofri nessa terça-feira - se não passou, vai passar com certeza :) (Ele tá viajando e ainda não conversamos sobre isso).

Então, esse post vai servir para eu contar essa história e já avisar a todos que, pelo menos da minha parte, doravante não haverá conselho, dica ou orientação definitiva sobre guitarras. Não me perguntem sobre qual coisa combina com tal coisa, porque "só sei que nada sei" :). Se alguém perguntar, eu vou responder com esse link! KKK

Lembram-se do post dessa Telecaster de freijó? (CLIQUE) . 



O post é sobre a relicagem dela, mas no final comentei sobre a sonoridade, aquém do que eu esperava... Pois bem, há tempos venho pensando (atenção: pensando apenas. Não há nada à venda :) )em colocar à venda pelo menos dez ou quinze guitarras (tenho 40, eu acho) porque não há mais espaço aqui em casa. Boa parte delas é fruto das minhas experimentações e só tenho guitarra que eu gosto, por uma ou outra razão. Quando a guitarra fica ruim mesmo, é desmontada (por isso tenho também inúmeros corpos e braços por aqui).

A Telecaster de freijó foi uma das selecionadas para ir embora. Adorei o relic e sempre quis ter uma tele branca assim, mas cismei que o corpo de freijó não tinha o equilíbrio de frequências ideal e tratei de prepará-la para a venda...
Pensei: "É uma madeira que só vai soar bem com saturação, então vou deixá-la com timbre e tocabilidade modernos e manter o visual vintage". Coloquei um braço de maple/rosewood com raio de 14 polegadas, fino/sem muita massa, 22 trastes, cujo headstock foi modificado para telecaster. Frequência de ressonância: D# (teoricamente, deveria soar mais grave). O do post anterior, de maple da Mighty Mite tem FR em F# (portanto deveria ser mais agudo). Retirei a ponte Gotoh de latão (a minha preferida) e coloquei uma genérica ferrosa (zinco) totalmente vintage, com 3 saddles (que eu detesto). Tinha um captador clássico Rosar aqui, mas já que a guitarra seria "roqueira", coloquei um Rosar Dual Blade Twin Vintage T (toquei 10 anos com um Seymour Hot Rail e criei alergia a dual blades).
Então agora essa tele havia ficado com pelo menos quatro características que eu pessoalmente não gosto: corpo de freijó, raio de 14, ponte de 3 saddles e captador dual blade. Veja:


Assim que acabei a montagem, fui testá-la  - e só pra ver se tava tudo ok, pois tinha certeza que o som seria do tipo que eu não gosto, que não conseguiria afinar legal as oitavas por causa da ponte de 3 saddles, etc. etc. Foi nesse momento, que liguei a guitarra (tarde da noite - utilizo uma simulação do Fender Pro Jr e outra de Marshall/Slash do Amplitube como protocolo inicial de avaliação de timbre), que me transformei de "expert" em palhaço! :)
O timbre do captador da ponte veio lindo já no primeiro bordão... Toquei uns 30 segundos de queixo caído, passei para o do braço e ele estava soando pelo menos 50% melhor do que na configuração anterior. Mais estalo e dinâmica. A combinação dos dois, lindo timbre também... Putz!

Despluguei do computador e fui obrigado a ligar o amp (real) Mesa Boogie 5:25 pra confirmar... Arrisquei ser execrado pelos meus vizinhos, mas ela passou pelo teste novamente, inclusive no modo "classe A", que é crítico para as guitarras. 
Uma palavra define o que senti: "Vida". Mesmo com o dual blade, mesmo com a ponte de 3 saddles ferrosa, mesmo com o corpo de freijó, a guitarra tava soando viva, com um nível de resposta dinâmica, definição e timbre que só ouvi nas melhores guitarras.
E o mais ridículo veio em seguida: Consegui uma afinação de oitavas "digna" e plenamente funcional com 3 saddles, coisa que nunca havia obtido antes, nem com carrinhos compensados. 

Alguém lá de cima quis me punir pela arrogância e presunção e veio com 3 chicotes de uma só vez! :)

Claro que o single de alnico (Vintage Hot T) tem o ataque mais bonito e orgânico que dual blade (Twin Vintage T), mas descobri sutilezas nesse dual blade que achava impossíveis de existir. Ele tem identidade própria, porém mantém-se um servo fiel da Telecaster: o timbre clássico é respeitado, com um ataque mais rápido e presente e o bônus do silêncio noiseless... Satura maravilhosamente (é na saturação que ele realmente é magnífico), mantendo uma surpreendente definição das notas. 
Novamente me curvo à genialidade do Sérgio Rosar. E olha que esse captador já estava aqui em casa há mais de um ano. Quando me entregou o Twin Vintage, ele disse: "Sei que tu não gostas dos dual blades, mas se tiveres um tempinho, teste esse..." Putz!
Captador Sérgio Rosar Twin Vintage


         O que provocou tamanha mudança (pra melhor) do timbre? Braço? Ponte? Captador? A minha cabeça tá dando voltas e não encontra uma resposta definitiva e protocolar. Esse braço não deveria soar tão aberto, o dual blade deveria soar mais duro e desajeitado, principalmente pela ponte ferrosa e seria impossível afinar as oitavas com essa ponte. O braço é um fator muito importante pois houve uma melhora clara no timbre e resposta do captador do braço. Mas esse mesmo braço não soou bem numa tele de mogno, anteriormente.

Quem leu o outro post pode perceber que eu até intui nessa direção (mudança do braço, ponte ferrosa), mas não nessa proporção. Vários experts já mencionaram que nunca dá pra ter certeza absoluta da sonoridade final de uma guitarra, porém eu experimentei na prática uma improbabilidade completa, segundo meus critérios. 
Agora, diante dos fatos incontestáveis aos ouvidos e com meus critérios mais desvalorizados do que as ações do Eike Batista, só me resta mesmo parafrasear Sócrates...Com a diferença que Sócrates realmente sabia muito! :)

Eu tenho uma listinha de rascunhos de "próximos posts" - olhem só o título de dois deles:
"Minha Vida No Cárcere: 10 anos com Dual Blades" e "Quer sofrer? Ponte de Telecaster com 3 Saddles"
KKK! Quem diria...

Assim que tiver um tempo, gravo alguma coisa com ela pra postar aqui. Provavelmente vai estar num futuro grande post sobre timbre de Telecaster. 

Por enquanto, só sei que nada sei - ninguém me pergunte mais nada... O Jr. (Oscar) vai ter que se virar sozinho aqui! :)

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Comentários Pós-Post:

O Jr. me enviou um e-mail e suas considerações são perfeitas - resumem o que de fato deve ter acontecido:

"O que eu acho que pode ter melhorado:
1 - A ressonância do braço e do corpo "Casaram" perfeitamente e a guitarra acordou.
2 - A ponte vintage e os saddles de aço acentuaram o ataque e melhoraram a dinâmica
3 - O Twin Vintage é um cap muito legal!! :-) Com ponte ferrosa ele tem ATÉ um pouco de Twang!

1 - Sim, o braço e o corpo casaram perfeitamente. Mesmo com menos massa no braço, dá pra sentir o corpo de freijó vibrando, e bastante. Isso não ocorria com o braço de maple.
2 - Com certeza, e aqueles médios graves chatos e embolados sumiram.
3 - Isso que é o mais incrível: mesmo com duas bobinas, duas lâminas e uma barra cerâmica, o Twin tem Twang! :)

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Vídeo 31/12/13:



quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Pra quem sonha em ser luthier...

Paulo May

OFICINA DE LUTHIERIA COMPLETA À VENDA

          Pois é, eu e o Oscar falamos tanto em Les Paul e me esqueci de contar que há uns 4 anos, depois de mergulhar profundamente na história e nos aspectos técnicos dessas obras de arte de Kalamazoo, pensei seriamente em tentar construir uma Les Paul nas especificações de uma 59.

Pesquisei muito e consegui encontrar um luthier na região que fosse apaixonado por Les Pauls e com habilidade para essa façanha. Era o Tiago Silva, de Brusque. Além do trabalho de luthieria, ele fazia templates de acrílico para guitarra (o Jaques Molina já comentou sobre isso numa das edições da Guitar Player).
Meu plano era selecionar pessoalmente  todos os componentes e madeiras e enviar para o Tiago construir a guitarra. Tinha (ainda tenho) quase tudo em mãos, inclusive um maravilhoso top de maple AAAA, mas ainda não havia conseguido uma peça de mogno que tivesse a qualidade do mogno hondurenho. Nesse meio tempo, suspeitando que tal mogno seria muito difícil de conseguir, acabei adquirindo uma Gibson R9 (a história tá no blog e vocês já conhecem), mas a ideia de fazer uma aqui, seguindo os padrões e métodos de 1959, ainda tava de pé...

...Até semana passada, quando recebi um e-mail do Tiago me dizendo que infelizmente estava abandonando a luthieria. Ele também é empresário e não estava mais conseguindo conciliar as duas coisas.
Fiquei triste, óbvio. Não apenas por mais esse revés no meu projeto da 59 mas também - e principalmente - pela perda de um excelente luthier. 


          Bem, esse blog obviamente não faz propaganda e nem anúncios pagos (e olha que muita gente tem tentado), mas como trata-se de um amigo pessoal, luthier e, como nós, apaixonado por guitarras, estamos abrindo esse espaço pra avisar que o Tiago colocou TUDO à venda. Oficina de luthieria completa e muito bem equipada, estoque de madeiras, peças e partes de guitarras em construção (modelos PRS, Les Paul, Music Man, etc.).

Não é interessante e nem prático vender separadamente, por isso o Tiago estabeleceu o preço de R$ 16.000.00 por tudo, incluindo aí um curso de luthieria com duração de um ano, com uma aula por mês. Toda a negociação registrada em contrato. Ele aceita parte (até R$ 5.000.00) do pgto em equipamento, se for do seu interesse. 
Ele tem uma planilha à disposição dos interessados com todos os itens do pacote.

Contato: 47-33556605 / 47-99263454     e-mail: templatesgs@gmail.com 

Seguem algumas fotos da oficina e de parte do material disponível:









Ps: Imagino que muitos guitarristas aqui vão olhar aquelas fotos de PRS e Les Paul em construção e ficar interessados em adquiri-las. Não adianta... :) Eu já vi antes e se o Tiago fosse vender tudo separado eu seria o primeiro da fila (ou o segundo - me parece que o Carlos Ropellato Jr. já sabia disso)! KKK!


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Achei o comentário de um leitor do blog, o MadGuitarMan, tão pertinente e conciso que resolvi acrescentá-lo ao post:

"É lamentável, já que pelas fotos parece ser um artesão competente. Por outro lado, é mais uma evidência que viver de construir instrumentos é uma atividade economicamente inviável no Brasil. 

Se um Luthier faz uma guitarra com o nível de qualidade igual ou maior, digamos, de uma Fender USA, essa guitarra TEM que custar mais caro do que uma Fender USA. Isso é óbvio. Só que pouquíssimo clientes vão aceitar pagar esse preço, que só faz sentido para quem quer um projeto personalizado. Eu tenho uma réplica de uma Tele 52, feita pelo Velozzo com tudo do bom e do melhor. Se fosse vendê-la, não conseguiria 1k5 nela. Não é valorizada. E tem ainda a concorrência dos asiáticos, na faixa dos instrumentos mais baratos. Quantas guitarras um Luthier conseguiria fazer por mês, trabalhando só ? 

Creio que no máximo 2, talvez 3 ou 4, se terceirizasse a pintura e outras coisas. Qual seria a margem de lucro nessas guitarras que ele precisaria para viver dessa atividade ? Então, não tem jeito, a não ser para um Zaganin, que tem uma estrutura e consegue impor seu preço como custom shop. Para os outros, a realidade é que fazem um bom instrumento para alguém, vende barato, é incensado nos fóruns, recebe dezenas de encomendas e termina dando o calote em todo mundo. Alguém já viu essa estória ?"


segunda-feira, 29 de abril de 2013

Links Úteis: Luthier

          Eu ia postar os links para o luthier Adriano (que fez os corpos de telecaster) no final do último post, mas achei que tava na hora de um update de vários dos meus principais links.
Então, na sequência, os links valiosos com breves comentários:

Primeiro - e não poderia deixar de ser - a minha musa inspiradora, a querida luthier Paula Bifulco, de São Paulo (clique no logo para visitar o site):



Olha que guitarra maravilhosa feita pela Paula:




TANAKA GUITAR TECH (SOROCABA/SP)

Em seguida, meu grande amigo, luthier e excepcional pessoa, Mauro Tanaka, de Sorocaba:

tanakaguitartech@gmail.com Telefone: 15 3021-8399




Entre outras coisas, o Tanaka é autorizado da Buzz Feiten para instalação do infalível "Buzz Feiten Tuning System"
É o tipo do cara que a gente veste a camisa - literalmente!:



ADRIANO RAMOS (BH/MG)

E, pra quem tava perguntando onde eu comprei aqueles corpos de Telecaster, segue o link para o Facebook do luthier Adriano Ramos de Belo Horizonte:


Máquinário CNC, madeiras nacionais e preços justos (só não vou dizer que é barato porque senão ele aumenta :)). Comprei recentemente dois corpos de tele, um clássico e outro Cabronita. É uma mão na roda pra quem quer se aventurar num "monte você mesmo sua guitarra".



Se quiseres fazer uma guitarra com o Adriano usando madeiras importadas, fale com o:
ou ligue: (11) 9287-4090. Foi com ele que comprei os blanks de Ash e Alder das minhas Teles project. Além disso, a Music Tools é uma loja de suprimentos para luthier. Todo guitarrista precisa ter a aprender a usar uma ferramenta chamada "Fret Rocker". Postarei sobre ela em breve.
Compre os blanks com o Miguel (faça o download do catálogo em PDF no site) e envie para o Adriano.

O Adriano tem um link no ML, mas para o pessoal do blog, seguem os contatos diretos:
Celular: 31 9711-1642  E-mail: a.rr@globo.com


GADDINI CUSTOM SHOP (SP)

Uma dica do leitor do blog Von Farah: o sogro dele, Elcio Gaddini,  faz ótimas customizações em guitarras. Vi as fotos, achei bem legal e tô aproveitando pra postar:





Facebook da Gaddini Custom Shop (Clique). Luthieria, customizações e reformas de instrumentos, fabricação e personalização de escudos . Contato: gaddinicustomshop@gmail.com


JOÃO VÍTOR (CEARÁ)

Por último, mas chegando atrasado só porque fui pedir autorização dele pra postar, o magnífico trabalho do João Vítor, do Ceará, na montagem, acabamento e customização de guitarras. Foi dele que comprei aquele maravilhoso braço da minha strato preta. O Vítor faz a coisa meio por hobby/paixão como a gente por aqui, mas o trabalho dele de customização é profissional. O logotipo é o mesmo da Fender e não uma cópia barata. Detalhe: ele só coloca o logo em braços Fender e/ou autorizados da Fender.  É o nosso "Bill Nash", hehehe...

Algumas guitarras montadas e customizadas por ele:

Lindas! Com a mesma (se não mais) qualidade de uma Fender americana e bem mais baratas! Como o Vítor só utiliza partes e peças autorizadas Fender, as guitarras são literalmente "Fender", só que montadas no Ceará! :)

Acesse o link para o álbum dele e divirta-se: https://picasaweb.google.com/107385410797740048367

Olhem o absurdo do acabamento dos braços e headstock (com Tru-Oil, excelente opção):

Normalmente ele vende os braços prontos no ML, mas é só acessar direto pelo e-mail pra dispensar o intermediário :)
          Existem inúmeros outros luthiers fantásticos, mas o objetivo do post não é listar luthier.
Aliás, ainda não sei porque os luthiers brasileiros não têm um site com a listagem de contato. Eles precisam fazer uma associação ou coisa parecida. Sei que isso no Brasil quase sempre vira panelinha, mas não custa tentar, né?

PS: Se alguém quiser acrescentar o link de seu luthier, conhecido e capacitado, fique à vontade e utilize o espaço dos comentários. Por favor, especifique também a cidade e todos os contatos possíveis.

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Porto Alegre:

         Foi aqui que comprei a minha Les Paul 1981. O Solon Fishbone, além de ser um fantástico bluesman, faz captadores excepcionais e fantásticas guitarras, clones das Fender, relicadas no capricho.

Fone (51)3331.3234 ou (51)3061.3247
contato@guitargarage.com.br
De Segunda à Sexta das 13:30hs às 19:00hs
Rua Miguel Tostes, 870 | Bairro Rio Branco | CEP 90430-060 | Porto Alegre/RS


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Ourinhos (SP):

Luthier Adriano Batista
Consertos e Pinturas de instrumentos de Cordas: Guitarra, Violão, Viola, Cavaquinho,Baixo...
(14) 9706-1245 ou 8210-5723
e-mail: adrianoguitarra@hotmail.com

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terça-feira, 12 de março de 2013

Caso Tagima - Final


 (obs: antes de fazer perguntas e ou postar comentários, leia aqui: CLIQUE)

    A Tagima/Marutec não aceitou a alegação de dano moral e eu não tenho mais saco pra essa empreitada.

Eles ofereceram o ressarcimento do que foi gasto com a compra da guitarra (500 reais), mais um corpo de strato de ash (pesadão) em duas peças, outro de alder (guitarra montada + bag) com seis (!) peças, e um corpo de cedro peça única. Todos os corpos são padrão "Tagima", ligeiramente diferente do Fender e com rebaixo traseiro. Com a orientação da minha advogada, resolvi aceitar a oferta, porém não acredito que vou ter algum uso para um corpo de cedro e outro paliteiro de alder.

Mas tá legal, a mensagem já foi passada e creio que a Tagima, ao longo desse processo, tenha deixado de vender muita guitarra em função do que foi propagado aqui no blog.

Agradeço, sinceramente, a todos que me deram apoio moral (e até técnico), desde o início dessa história.

E vamos voltar ao que interessa... Guitarra!!! :)

Links para os posts sobre esse assunto:
TAGIMA PARTE 1

TAGIMA PARTE 2

sexta-feira, 8 de março de 2013

Caso Tagima : Julgamento Final (espero) -11/03/2013


         Pra quem não conhece essa história, leia  aqui (Parte 1): E aqui (Parte 2)

Pois bem, segunda-feira, dia 11/03/2013, às 14:00 hs, ocorrerá a audiência de instrução e julgamento da minha ação contra a Tagima/Marutec. Mesmo que não ganhe nada, nem o reembolso da guitarra, acho que o objetivo foi alcançado.

Esse blog provavelmente não existiria se não fosse o imbróglio com a Tagima, pois a frustração e revolta por ter sido enganado foi um motivo de perseverança e estudo. Como dizia a minha avó: "Há males que vêm para o bem" :)

Segunda-feira eu posto o resto (e espero que seja o final mesmo) da história... :)


sábado, 23 de fevereiro de 2013

Malditos SPAMS!


Não sei se é porque o blog está com um volume grande de visitas, mas de uns tempos pra cá tenho recebido vários spams (todos em inglês) que incomodam bastante e confundem os comentários.
Reconfigurei a postagem de comentários para tentar filtrar essa praga.


terça-feira, 13 de novembro de 2012

Instrumentos musicais ficarão mais caros em janeiro de 2013

Post rápido.
Resumindo, o governo brasileiro pretende, à partir de 2013, aumentar (ainda mais) os impostos sobre instrumentos musicais. Ridículo!
Leia a notícia aqui: CLIQUE
Assine a petição aqui: CLIQUE

Se não fizermos nada agora, o barco vai continuar afundando. Assine a petição e peça para seus amigos assinarem também, por favor!

PS: O Pedro Ditz colocou um link interessante.  É um projeto de lei (de 2004 - ainda não votado!) do senador Morazildo Cavalcanti que sugere a isenção do imposto de importação para músicos:  CLIQUE.




sexta-feira, 27 de abril de 2012

Intervalo de jogo: Um desabafo e um link sensacional

Ufa! Demorou!
Pessoal, antes um desabafo: fico muito feliz e orgulhoso pelo sucesso do blog, mas quanto mais visitas recebo, mais perguntas pipocam aqui e ali. Afinal, o blog já tem 88 postagens e uma média de 750 visitas/dia.
Boa parte das perguntas é geralmente até fora do tópico em questão e a imensa maioria solicitando opiniões sobre guitarras, peças, etc.
O meu objetivo sempre foi de repassar informação interessante e útil para guitarristas e obviamente tenho uma certa obrigação de responder às questões, mas se o tempo para os posts já era curto, tá ficando complicado agora.
 Além disso, meu conhecimento é limitado - ainda tô aprendendo e pouco sei sobre guitarras e afins além do que posto aqui. Não adianta o cara perguntar o que eu acho da "Ibanez não-sei-o-que" num post sobre tunagem de strato. É muito fora da casinha e rouba demais o meu tempo.
Contudo, respondo pelo menos um "não sei" pra não passar por mal educado :)
Mas o mais chato é quando o cara não lê o post inteiro e faz uma pergunta que já tá respondida no próprio texto. Putz! Sacanagem!

Mas não há o que fazer e eu lamento os atrasos nos updates. Tenho um monte de coisas legais já separadas pra postar, porém quando acabo de responder a todas as perguntas, a vontade e a energia já foram embora.
Com todo respeito, é foda! :)

Pra esse post não ficar só na choradeira, e como hoje novamente não vai dar pra postar a parte 2 dos "Anos Dourados da Fender", deixo pra vocês um link de um post da famosa luthier Paula Bifulco sobre cortes de madeira. Era um tópico que já tava separado aqui pra postar, mas o dela tá tão legal que vou "adotá-lo" no meu blog, hehehe...

Clique na imagem para seguir o link:

 

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Rafael Gomes

         Pra quem não sabe, o Psicólogo-Luthier-Músico (e etc. :) ) Rafael Gomes é uma das maiores autoridades brasileiras em captadores. Se especificar "captadores de alto ganho", ele ganha disparado de qualquer um :)
O Rafael é co-autor de muitos dos captadores - hoje já clásssicos - do Sérgio Rosar.
Supershred, RockKing, Punchbucker, Screamin' Distortion, etc. - todos foram criados (e batizados) pelo próprio. :)

Mesmo antes de conhecer o Sérgio Rosar, eu já era um fã e frequentador assíduo do seu fantástico blog "Zona do Humbucker". Aprendi muito com o Rafael e seu estilo claro e objetivo, mas sempre divertido, iluminado por belas metáforas e muitas informações exclusivas, extraídas de sua larga experiência pessoal.

Fiquei triste quando em meados de 2009 ele parou de postar no blog. Manteve-se ativo entretanto em outros canais (Orkut, Facebook) e no seu novo blog, que mostra com belas fotos, o seu dia-a-dia como luthier.

Pois bem, no meu post anterior "Antes que eu passe por chato e arrogante", citei o Rafael, ele leu e solicitou-me um espaço no blog pra esclarecer e explicar, entre outras coisas, porque interrompeu as atividades no "Zona do Humbucker".

Com a palavra, o mestre Rafael Gomes:

           "Infelizmente eu tive que parar de escrever no blog. Aquilo tomou uma proporção absurda para a qual eu não estava preparado. O fato de eu ter me dedicado tanto a ouvir som de guitarra fez com que as pessoas imaginassem q essa era minha profissão e q eu dedicava 10 horas do meu dia a isso. Eu não fiz propaganda alguma do blog e a ideia era muito despretenciosa, mas um dia eu tomei um susto pq vi q ele tinha um pourrilhão de visitas diárias. De repente eu estava respondendo 40 e-mails por dia, uma penca de recados no Orkut, um monte de desconhecidos estava me adicionando no MSN e eu atendia ligações de gente do Brasil inteiro o dia inteiro. Uma vez até um uruguaio ligou pra mim! Tinha guitarrista que me ligava às 10 da noite do domingo.

Um simples hobby tomou um contorno sério quando o Sérgio Rosar me achou através do blog e pediu pra eu ser o desenvolvedor dos humbuckers dele, coisa q aceitei prontamente. Eu fiquei muito feliz pq logo de início o Sérgio e eu nos demos muito bem e ele é um profissional exemplar, mas ao mesmo tempo eu fiquei meio assustado pq não entendi muito bem como eu ia dar uma forma séria e profissional a uma coisa q era um simples hobby. O Augusto Cabrera me sondou pra testar os captadores dele. Eu agradeci e educadamente recusei pq eu já fazia isso com o Sérgio.

No começo, o contato com os guitarristas me empolgava muito pq eu sou um nerd de timbres igual ao Paulo e me empolgo com o assunto. Mas depois isso tomou um espaço tão grande dos meus dias que começou a virar um tormento pq essa não é minha profissão. Eu já tenho bastante responsabilidade. Eu sou luthier e exerço essa profissão entre 11 da manhã e 4 da tarde, mas o q muita gente não sabe é q eu sou psicólogo. Essa é minha “real” profissão e para a qual eu dedico a maior parte do meu tempo e entusiasmo. E eu não apenas atendo na minha clínica, mas tb oriento um grupo de estudo de Gestalt Terapia na UFC e dou supervisão em psicologia clínica para terapeutas em formação. Eu moro sozinho e isso traz todos os afazeres de um dono de casa. Eu sou esportista desde criança e tenho q espremer meus horários pra pegar meu quimono e ir pro tatame ou pra pegar minha bicicleta e ir pras trilhas.

O Paulo é um cara q é muito ligado nos timbres vintage, enquanto eu sou um cara dos sons modernos. Faço aqui uma estimativa de q pra um guitarrista ligado em vintage deve haver pelo menos 10 que são ligados em sons modernos. Tenho certeza de q eu sozinho tinha q responder muito mais guitarristas do q o Paulo e o Sérgio juntos. O Paulo, mesmo sendo sempre um cara muito solícito, foi “acusado” de ter sido desatencioso com um guitarrista, então imagina a minha situação!

Eu estava pirando e a solução foi me ausentar gradativamente do blog. As postagens foram ficando mais escassas (isso vc podem ver pelas datas das postagens) e comecei a ser mais objetivo nas respostas. A coisa q é um pouco complicada é q guitarristas são mesmo muito ansiosos e eles meio que são carentes de atenção de pessoas q tenham mais referências de timbre. Eu entendo isso perfeitamente (e tenho certeza q o Paulo tb entende) mas às vezes eu estava completamente esgotado e louco pra ir pra casa dormir, aí eu recebo um e-mail com 30 linhas de um guitarrista contando uma história de novela mexicana pra perguntar qual era o captador ideal pra ele!!! Eu já não tinha mais condições de responder com o mesmo entusiasmo com q ele perguntou.

Comecei a ser mais objetivo, mas nunca (nunca mesmo!) deixei de responder nenhum e-mail, nunca deixei de atender uma ligação e sempre fiz meu trabalho como desenvolvedor de captadores da melhor forma q eu pude. Talvez pra um ou outro isso não seja o suficiente, mas eu gostaria realmente de levar essas informações a todos os nossos amigos pra que as pessoas entendam q Paulo, Sérgio e eu fazemos o nosso melhor."


Rafael Gomes