quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Sérgio Rosar Screamin' Distortion (Dual Blade)


 

         Já postei anteriormente essa guitarra com o corpo de alder chinês de uma SX SST 57 e braço (de luthier) de marfim/jacarandá. O alder chinês às vezes soa muito bem, como é o caso dessa Strat "Custom" - um pouco menos de brilho e ressonância que o alder americano da minha Strat Fender, porém seus graves soam mais potentes. No geral é um instrumento muito bom.

Como eu já tenho duas stratos clássicas (com 3 singles), essa me pareceu perfeita pra receber um Rosar "Screamin' Distortion", captador de estrutura "mini-humbucker" com duas lâminas e imã cerâmico. Usei durante anos um Seymour Hot Rails e posso garantir com boa dose de convicção que o captador do Sérgio Rosar tem mais dinâmica e brilho.


O Screamin' Distortion adapta-se bem aos pots de 250k, ao contrário dos Seymour Duncan HotRails, que são mais "abafados".
Mesmo assim, em 2011 coloquei um pot de volume 500k estéreo (difícil de encontrar, mas custou 7 reais :))  - num dos terminais coloquei um resistor em paralelo para transformá-lo em 250K. Usei uma mini chave para selecionar o terminal de 250k para os singles e 500k para o Screamin'. Resolvi não splitá-lo. A posição "2" ficou  interessante com o dual blade "full".

Recomendo uma olhada no post sobre a guitarra para saber mais detalhes técnicos. O objetivo do post atual é especificamente o de mostrar a sonoridade do Screamin' Distortion - e por falar nisso - é um nome muito legal (provavelmente batizado pelo luthier e expert em captadores Rafael Gomes), mas sugere uma vocação para coisas muito pesadas. De fato, ele encara muito bem situações de alto ganho, mas é excelente para rock e hard rock.

Nesse vídeo, uma levada de rock clássico com saturação média:


Comparando-o com o Supershred, ele tem menos dinâmica, mais "peso" e médios presentes mas não tão amplos, porém é nesse relativo equilíbrio de frequências que está o seu ponto forte.

Particularmente, nunca gostei muito do ataque de captadores com imãs cerâmicos. É forte demais e sem o "decay"/caimento  natural e orgânico do alnico. Eles soam mais brutos e com menos dinâmica, mas quando bem saturados, aparecem em qualquer mix. Além disso, geram/ampliam os harmônicos com mais facilidade. De fato, eles têm seus "prós e contras" :)

Pra mostrar a versatilidade da guitarra, um outro vídeo com solo feito com o single do braço (Rosar Fullerton). Nesse o pot ativo é o de 250k.:


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Sérgio Rosar Supershred e Dynabucker

                  Há cerca de 4 ou 5 anos eu navegava pela internet procurando captadores e me deparei com um produtor nacional de captadores chamado "Sérgio Rosar". Entrei no site, achei muito legal e técnico e quando fui anotar o telefone, surpresa: o tal "Sérgio Rosar" era daqui de Florianópolis. :)

Obviamente, com a minha curiosidade absurda sobre guitarras, conversar pessoalmente com um cara que faz captadores é um delírio. Ainda bem que o Sérgio é um cara extremamente educado e atencioso, porque nessas horas eu passo facilmente por "mala" :)

Encurtando uma longa história, ficamos amigos e eu tenho ajudado-o a testar alguns protótipos - taí um mérito por ter tantas guitarras!
Em 2011, desenvolvemos juntos, eu, o Sérgio e o Oscar Isaka Jr., o humbucker "Mojo 13" (tá no vídeo da Les Paul) e o single de strato "Fullerton", baseado no Fender Custom Shop 54 (também nos vídeos dos posts anteriores). A história do desenvolvimento desses captadores é muito legal, porém fica pra outro post :)
Mas no início eu não entendia muita coisa de captadores e ele me indicou o seu "Supershred" para a ponte de uma PRS SE 22 que eu havia acabado de comprar (ela tá postada aqui: PRS SE Custom 22).

SUPERSHRED

          Fiquei pasmo com a qualidade e sonoridade desse captador - comparei-o imediatamente com um Seymour Duncan JB que eu tinha: o Supershred tem médios mais amplos e graves mais definidos que o JB. Virei fã desse captador de médio/alto ganho e tenho pelo menos 6 por aqui... :)
O Sérgio desenvolveu esse e outros captadores com a valiosa ajuda do mestre Rafael Gomes, um dos caras que mais entende de captadores no Brasil.

Tive problemas com o captador do braço - inicialmente coloquei o Rosar Heartbreaker, excelente captador, mas nunca gostei de humbucker de braço "gordo". Prefiro captadores com brilho, estalo e clareza nessa posição - coisa difícil de conseguir em se tratando de humbucker. O Sérgio sempre ouve atentamente o que desejamos e depois de uns 3 protótipos, chegamos nesse "Dynabucker" - inicialmente chameio-o de "Halfbucker" porque splitado parece um single de strato :).

É um captador fraco - tem 4,5k de saída (no modo full - splitado cai pra 2,6k!), semelhante aos captadores Dynasonic (single) e Filtertron (Humbucker) Gretsch dos anos 50. Não pensamos neles, mas o fato é que acabou soando com a clareza e dinâmica dos ditos cujos....

A diferença de volume dos dois (4,5k X 12k) é grande e pra passar de um para outro numa mesma música ao vivo, um pedal de boost é necessário. Mas raramente faço isso e nos vídeos que seguem vocês podem perceber a versatilidade de ambos na PRS

Vídeo 1: Inicio com o riff de rockabilly de "Rock and Roll Zombie", tocado sem palheta com o Dynabucker e em seguida passo para o Supershred. O baixo foi gravado com meu Fender Jazz Bass (também com captadores Rosar) e os loopings de bateria retirados de músicas e editados no Sonar.




Vídeo 2: Dynabucker (splitado - apenas uma bobina) na direita e Supershred na esquerda. A base da música "Play That Funky Music" tem voz/bateria/baixo e é do guitarbakingtrack.com.




Vídeo 3: Supershred na ponte. Feito pelo Oscar Isaka Jr., JR Guitar Parts. Les Paul Epiphone Joe Perry



O Sérgio não comercializa o Dynabucker - até porque seu uso e timbre são bem especificos e hoje em dia o gosto geral é para captadores de alto ganho. Mas pra quem busca um timbre vintage orgânico, natural, que reflita bastante a qualidade das madeiras de uma guitarra, o Dynabucker é uma excelente opção. Uma das razões de eu ter gravado esses vídeos é também pra mostrar ao mestre Rosar que talvez haja mercado para o Dynabucker. Quem sabe... :)


PS: fui revisar o antigo post da PRS e me lembrei que coloquei o Dynabucker com a bobina ativa (amarela) virada para a ponte (invertido). Faço isso eventualmente com alguns humbuckers de braço pra deixá-los com menos graves.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Vídeos do Blog - parte 2

         Esses vídeos são da Telecaster Custom de Alder - já fiz o update do respectivo post sobre ela (clique aqui), com sua história e características.

Eu achava que havia colocado um Fender Custom Shop 54 (de ponte de strato) no braço dessa Tele, mas há dois dias me deparei com ele! :) Na verdade, ela está com um Rosar Fullerton de ponte (que foi baseado no próprio 54 e as dferenças entre eles são quase imperceptíveis).
Novamente, usei os áudios já mixados/masterizados e editei-os com o vídeo feito posteriormente.

O riff da base é simples e dá tranquilamente pra tocar de novo, mas o solo foi "no grito", de primeiro take, então nunca vou conseguir repetí-lo exatamente igual, por isso o vídeo não tem performance, somente imagens ilustrativas da guitarra - mas o importante é ouvir o som de "strato" nessa tele :)

A razão desses vídeos é que, conforme prometido para o meu grande amigo Sérgio Rosar, eu e o Oscar Isaka Jr. faríamos vídeos de boa qualidade pra demonstrar seus captadores. Obviamente, é uma microempresa e o Sérgio ainda não tem condições de bancar uma produção profissional.

Aproveitei e fiz uma versão de cada um deles também com o logo do blog pra postar aqui - afinal, vocês merecem! :)






domingo, 5 de fevereiro de 2012

Vídeos do Blog

Estou fazendo um update dos vídeos - novos e antigos. Ainda pegando a manha de edição, mas todos em HD.
Vou (re)colocá-los nos respectivos posts, mas aqui os links para todos eles (via YouTube). Clique no link do YouTube ou "Full Screen" para assisti-los em alta definição (HD/720p):














PS: Antes que perguntem, algumas demos foram gravadas sem vídeos (strat red, por exemplo). Pra não ter que gravar, editar e masterizar o áudio novamente, gravei o vídeo usando o áudio original como playback. Na strato vermelha nem me lembrei de colocar o cabo na guitarra... :)

Os dois solos de blues são iguais porque é um solo padrão que utilizo pra comparar timbres dos captadores e madeiras (pela primeira vez na vida tive que decorar um solo, putz!). Assim, as variáveis são menores.

Com exceção dos dois últimos vídeos (Oscar Isaka Jr.), eu estou tocando em todos os outros. Já falei que o meu forte não é solo, então peço um "desconto" de vocês nas críticas. Mas o foco não é a performance e sim as guitarras e captadores, ok? :)