Sabem qual é o preço dessa Tagima "Premium" nas lojas? Não menos do que 4.200 reais!!!
Nem vou comentar o preço das Fender americanas. Uma Fender mexicana até dá pra conseguir por menos de 2.000 reais, mas é aquela porcaria, inclusive com o pecado mortal dos captadores cerâmicos.
Pra quem ainda não sabe, as Fender "Made In Mexico" (MIM) modelo "Standard" possuem os corpos feitos de restos e pedaços de alder. Não menos do que 4 emendas, geralmente 5 a 7! Assim como no velho truque chinês, uma fina camada (veneer) de alder sem corte é colocada por cima das emendas para esconder o retalhamento.
As fotos a seguir são da fábrica mexicana da Fender, de 2006, na linha de produção das Stratocaster Standard:
Tentem contar a quantidade de blocos. Parece um dominó! :)
Antes do acabamento. Não se esqueçam que mesmo nas "sunburst" a picaretagem não aparece, porque as bordas são escuras e o top e a traseira têm as placas de alder...
Essas fotos foram retiradas do álbum (Picasa) de uma americano chamado Jason que fez uma tour pela fábrica em 2006. No link abaixo, vocês encontrarão mais de 300 fotos da tour:
Aqui, os corpos dos "American Jazz/Precision Bass", na fábrica da Fender California. Geralmente, 2 a 3 pedaços apenas.
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Aproveitando o momento, relembro a todos que o objetivo principal desse blog é auxiliar os guitarristas na avaliação técnica de um instrumento. Madeiras, hardware, captadores, etc.
Já comprei guitarra por 3.500 reais que não valia metade disso, por pura ignorância.
Assim, ao expor fatos reais, como detalhes do processo de manufatura das Fender Standard MIM, meu objetivo NÃO é criticar ou depreciar. Não perderia meu tempo com isso.
Fico pensando no cara que batalha meses, às vezes anos, pra juntar 2.000 reais e comprar a guitarra dos seus sonhos. Se eu puder alertá-lo que talvez a guitarra que ele tenha em mente não vale (ou vale) isso e que ele pode comprar uma outra tecnicamente melhor, esse blog fará sentido.
Às vezes entretanto, mesmo provido de boas intenções, posso involuntariamente prejudicar alguém. Isso já aconteceu antes e desde então tenho estado mais atento. Quando escrevo, o faço como se estivesse conversando com algum amigo e esqueço que centenas de pessoas vão ler o tópico.
Portanto, peço desculpas publicamente ao Beto pela maneira como abordei o assunto - independente da natureza e intenção do comentário (alertar sobre a real qualidade das Fender MIM) não deveria jamais ter citado (mesmo parcialmente) a fonte.
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Leia mais sobre as Fender mexicanas aqui:
http://guitarra99.blogspot.com.br/2013/11/fender-made-in-mexico-mim.html
Vou fazer uma última tentativa com a minha Mex 96 de Alder esta tarde!! Estou curioso pra saber como a sua vai falar!
ResponderExcluirPaulo vc já teve a ideia ou imaginação de fazer uma guitarra com a metade em ASH e a outra em ALDER se não! vai a ideia ai. Como sera que ficaria o som? vlws!!
ResponderExcluirBoa tarde. Depois de ler todo teu blog fiquei muito interessado em montar uma strato boa a partir de uma sx de alder. Eu gostaria de uma dica de captação, entre os malagoli e os rosar, para montar uma strato com um timbre próximo à do malmsteen, que foi o cara que me fez amar uma strato, pois sou fã de lespauls desde que me conheço como guitarrista. Se puderes me ajudar eu agradeço desde jah. Obrigado pelo conhecimento.
ResponderExcluirO headstock da tagima que postastes a foto é bizarro..
ResponderExcluirRá!!! Vou falar pra todo mundo que minha Eagle de 3 peças de alder é mais melhor de boa que as fender's dos natchos!!! Será que rolar dar um upgrade nela?
ResponderExcluirJr: e eu ainda tô na dúvida em relação aos caps, mas no braço será um de strato - já chegou o escudo especial pra isso. Como minha experiência com Teles de alder é "zero", vou arriscar com um Rosar de ponte mais fraco, com no máximo 7k, de enamel.
ResponderExcluirAcho que um braço de maple com escala de jacarandá soa melhor com o alder (meu foco é a tele 60's do Wilko Johnson). Talvez use o braço da Tele "Black Jack"...
Minhas experiências com madeiras acabaram definitivamente esse ano, caro anônimo, depois de jogar fora 2 corpos de guitarra: Tauari e Louro Vermelho... :)
ResponderExcluirRian - não conheço nada do timbre do Malmsteen. Quem talvez possa te ajudar nessa é o meu amigo e honorável especialista em captadores Oscar Isaka Jr - siga o link "JR Guitar Blog" ali na coluna da direita.
Jou: Bizarro! :) Definição perfeita! :)
Mateus: se tem 3 partes e é REALMENTE de alder, mande bala! :)
Caro Paulo May, meses atras decidi mudar a cor da minha eagle e tirei toda a tinta, esperando achar lenha como infelizmente voce achou na sua tagima, mas achei madeira de verdade, e enviei fotos para 2 luthiers diferente e ambos disseram ser alder. Vi no FCC o Bertola falando que eagles mais antigas são melhores que as atuais, e a minha ja tem uns 12 anos. Mesmo voce nao sendo luthier gostaria de mandar uma foto dela pra vc ver como ela é. Valeu
ResponderExcluirPô Paulo, me passe seu endereço depois, que vou começar a revirar seu lixo, kkkk...Jogastes dois corpos fora? Não faça isto, nem com os de "papelão", kkk....Doe-os, aliás, estou aceitando doações, kkk...
ResponderExcluirAbraços!
Testei com os dois braços nela ja, maple (original como a da foto), e rosewood (Squier igual da Black Jack) e pra fins de Twang o maple mostrou-se melhor. O rosewood encorpa o som e pareceu-me esconder um pouco do "toin". Isso claro com cordas .11... Vou testar hoje um set mais leve pra ver se os medios nao se escondem tanto nos graves!
ResponderExcluirOlá,
ResponderExcluirConcordo, e é evidente, que um dos objetivos de uma segunda linha de qualquer marca é a economia de materiais. No entanto, não podemos ser incautos em sugerir que os aspectos tímbricos de um instrumento ficam comprometidos apenas pelo uso de madeiras 'sanduichadas', principalmente em guitarras elétricas. No caso do modelo Strato (e aí concordo com a afirmação na postagem), captadores de ALNICO são o início na busca de um timbre adequadamente "strateiro", o que dificilmente será conseguido com captadores cerâmicos.
Abraços,
Will
Mais um pseudo entendido em madeiras, parece que com o tempo todos vão ficando presunçosos e esquecem que para muitos, o que importa é uma guitarra que faça um som legal, tenha boa tocabilidade e satisfaça as necessidades do seu possuidor. Uma fender, mesmo "sanduichada" a exemplo de praticamente TODAS as guitarras industrializadas viáveis num mundo sustentável, tem a vantagem de oferecer valor de revenda. E todos sabem que guitarristas invariavelmente não só colecinam, como trocam muito de guitarra, portanto valor de revenda não é um ítem abstrato ou desprezível. A telecaster que você sacrificou em seu artigo é minha, meu amigo, e não se trata de "se eu acredito" que ela é realmente boa ou não. Trata-se de que eu vivo da venda de instrumentos musicais, e não estou contando nenhuma mentira para vender minha guitarra. Todos conhecem uma Fender Mexicana, e ela satisfaz muito mais do que as necessidades de 90% dos guitarristas, pois conheço muitos músicos profissionais que as utilizam em seus shows. Eu sou leitor de seu blog, e achei muito desrespeitosa e pretensiosa a sua menção ao instrumento que estou vendendo. Não sei que tipo de benefício você espera extrair deste tipo de atitude, ao pressupor que suas guitarras colocadas lado a lado com as demais, são melhores do que as outras porque usam menos pedaços de madeira ou captadores de alnico. Gostaria de ver você tocando sua guitarra ao lado de um guitarrista de verdade. Perca seu tempo tentando tornar-se uma pessoa ou um guitarrista melhor, ou dando a atenção que suas filhas reclamam, ao invés de depreciar um instrumento que você só enxergou numa foto e que pertence a alguém que você nem conhece. Este nosso mundo musical é pequeno e a pedra pode acabar voltando ao seu telhado.
ResponderExcluirNão vou defender o Paulo pelo que ele disse a respeito da sua guitarra, acho que você tem todo o direito de se sentir ofendido, creio que o Paulo tenha cometido uma erro comentando a respeito sua guitarra de uma maneira depreciativa, sei que tu vive de vendas e respeito isso.
ResponderExcluirMas o que o Paulo fez foi com a intenção de exemplificar as vantagens de se fabricar os corpos(ou comprar corpos prontos) em comparação a guitarras claramente maquiadas por grandes marcas, não todas(sendo boas ou não).
Não sou luthier e não posso fazer afirmações com relação a quantidade de emendas versos a qualidade de timbre, eu e no minimo 80% dos guitarristas que conheço preferem guitarras com poucas emendas creio que até você prefira, sendo um pseudo-intedido ou não.
A sua telecaster é linda, se fosse minha eu iria ficar muito indignado de comentarem assim a respeito dela, o Paulo é um cara que me parece sensato e vamos ver como ele te responde, apenas peço que não julgue a qualidade e utilidade desse blog por um comentário desnecessário.
Paulo acho que todos nos que acompanhamos o seu blog estamos aprendendo as vantagens e desvantagens de certas coisas com relação a guitarra, o que eu queria dizer pra ti meu amigo é que seu blog já passou dos 120000 acessos, isso não foi a atoa, eu e muitos aqui somos apaixonados por guitarras e tudo que as envolve, e agradecemos a ti, a grande questão é que agora tu tens que tomar muito mais cuidado com seus comentários, não digo para se tornar omisso nas suas opiniões, mas para ponderar criticas que possam de alguma maneira ofender pessoalmente alguém, muita gente por ai adora nos pegar nos nossos mínimos deslises.
Paulo não desanime do seu blog que é ótimo por sinal, sei que as suas intenções são as melhores e escrevo isso aqui para te dar força cara, assim como tu o Júnior e outros me dão, aprendi muito com tigo e quero aprender mais.
"Acabei de ver uma Telecaster Standard MIM de 2007 (usada) à venda no ML por 1.950 reais! Fico imaginando quantos pedaços de alder existem por baixo daquela pintura (midnight wine)... :) Hardware meia boca e a vergonha maior: captadores cerâmicos. Toda essa porcaria pela bagatela de 1.950 reais! Quem tá a fim? :)"
ResponderExcluirNão vi nada de errado. Quantos pedaços tem? Captador cerâmico é legal? O Hardware não é bom nem ruim, é meia boca...Não vi mentira nenhuma a respeito, e imagino que o "porcaria", não é em relação a esta guitarra especificamente, mas sim à linha mexicana da fender, que pelo preço que custa, não vale...Mas é o que o amigo citou, a guitarra agrega valor de revenda, sendo ela boa, ou não...
Beto, já retirei a menção à guitarra e coloquei um adendo me desculpando pela maneira como foi citada.
ResponderExcluirEntretanto, não retiro uma vírgula da minha opinião sobre as Fender Standard MIM, mas a questão em si não é essa - não deveria ter citado o ML ou mesmo mencionar que a proposta de venda era atual.
Agora sei que vives da venda de instrumentos e não falaste nada além do que também lemos na publicidade em geral sobre as MIM. Mas considere por favor o objetivo desse blog. Tem guitarrista que também batalha no inferno pra poder comprar uma guitarra boa e acho importante que ele saiba exatamente o que está comprando.
Caro Paulo, e demais amantes das guitarras. Eu continuarei sendo leitor assíduo do seu blog, admirador de suas experiências, quero agradecer a empatia, a retratação e por retirar a menção a minha guitarra. Não acho justo ser sacrificado pela "suposta" qualidade que a Fender dá à algumas de suas guitarras. Fato é que uma nova, na loja, custa quase 1.000 reais A MAIS do que peço pela minha, que está em estado de nova. Portanto não creio que comprar minhas guitarras seja um mau negócio para quem quer que seja. Eu vivo da venda de guitarras a preços honestos. Não sou como alguns que falsificam Fenders ou vendem guitarras chinesas como autênticas. Esta sim seria uma ótima bandeira para levantarmos: ABAIXO AS FALSIFICAÇÕES CHINESAS. As Standard mexicanas são as melhores guitarras? Óbvio que não, aliás elas nem se propõem a isto, eu as considero instrumentos honestos, compatíveis com guitarras industrializadas em massa. Não haveria árvores suficientes para suprir o mundo com guitarras maciças. E volto a dizer que muitos músicos as utilizam profissionalmente com ótimos resultados. E muitos garotos, devido a comentários superficiais como aqueles, deixam de comprá-las, mesmo que só usem suas guitarras em casa para desfilar pentatônicas sobre uma base blues. Cada um pode fazer o upgrade que quiser numa standard, valendo-se de seus recursos pessoais. Mas enfim não quero me estender mais. Continue fazendo seu ótimo blog, eu vou continuar prestigiando seu trabalho e no fim das contas somos todos apenas caras que adoram guitarras não apenas pelo que são mas também pelo que representam. Abraços a todos!!
ResponderExcluirObrigado pela compreensão, Beto.
ResponderExcluirDesculpe-me novamente pelo transtorno causado.
Abraço!
Oi Paulo!
ResponderExcluirEu acho FUNDAMENTAL vc colocar essas matérias, a verdade pode doer, mas é a verdade. É importante para alertar muitas pessoas a não gastar absurdos em equipamento que não vale o preço.
Eu mesmo montei uma strato e comprei um corpo em ash de peça única, prefiro do que ter uma guitarras com N partes... kkkk
Mas é isso ae! Parabéns!
Saudações Paulo May, bela matéria. Fique surpreso com as fotos das emendas nos corpos das guitarras. Mas, como ter certeza que as fotos são da produção da Fender MIM e não de outra fábrica genérica ? Não vejo problema em fabricar uma guitarra com várias peças, mas vejo muito problemas em comprar um guitarra sem saber que ela é feita desta forma, não ser informado e não poder ao menos conferir, visto que ela recebe as capas de material sem emendas. Grande parte das pessoas que compram uma guitarra não possuem este tipo de conhecimento. Por isso, a existência deste blog é de utilidade pública. E é louvável o teu esforço em produzir matérias interessantes. Abraço,
ResponderExcluirAnderson
Beto,
ResponderExcluir"só usem suas guitarras em casa para desfilar pentatônicas sobre uma base blues"
Posso citar duzias de mestres consagrados que nao fizeram outra coisa senao desfilar penta sobre uma base de blues, seu comentario foi no minimo preconceituoso e sem sentido na minha opiniao.
Bons guitarristas nao sao medidos pela qtde de escalas e notas desfiladas....certo?
"gostaria de ver vc tocando ao lado de um guitarrista de verdade"
O que seria um guitarrista de verdade pra vc???? O Paulo viveu mtos anos como guitarrista de uma das bandas mais famosas nos anos 80 no sul do pais, com varios discos gravados, todos no sul conhecem o trabalho dele. Sou do sul e conheci a banda nos anos 80, so vim conhecer o Paulo no forum da guitarplayer, nem o conheço pessoalmente, mas nao achei justo o seu comentario, obviamente infundado.
Nao tiro o merito da sua chateaçao, mas achei que foi infeliz nesses dois comentarios.
Abraco
Petri
Petri
Caro amigos amantes da música
ResponderExcluirSinceramente essa discussão é vital para os guitarristas, mesmo amadores e/ou profissionais. Eu sempre questiono o preço dos instrumentos, o desperdício de madeira, a má qualidade das construções, das peças e das montagens, sejam nacionais ou importados. Talvez, vejam, talvez por ser engenheiro e sempre estar preocupado com a questão da qualidade x preço de projetos, é que me pergunto constantemente sobre o que se paga num instrumento é o que ele tem de bom. A discussão aqui vai muito além, de pentatônicas ou não, de MIM ou não, é de saber que pode-se ter um instrumento de qualidade a um preço bem acessível. Nesse ponto eu louvo o blog do Paulo, na terra brasilis onde a informação de qualidade é quase nula, ter alguém para defender uma idéia e ainda mostrar o embasamento é raro.
Concordo que o tom tenha sido um tanto quanto exagerado, mas o fato é que, sem desprezar o instrumento do Beto, eu acredito que tem muito instrumento custando além do que deveria. Estamos vivendo uma bolha de preços de instrumentos e equipamentos, tanto quanto o aumento de preço de imóveis. Sinceramente, não justifica os preços praticados, mesmo com a quantidade absurda de impostos. Recentemente, tive uma conversa franca com um lojista e ele me disse: é o preço que o mercado tá disposto a pagar. Detalhe: com duas Zagannin encostadas a quase um ano pelo preço aproximado de 5 mil reais. Porém vendendo feito pão d´água várias Stratos, Les Paul e Teles chinesas, coreanas e mexicanas a quase 2.000 reais. Pelos posts colocados aqui muita gente poderia ter comprado instrumentos tão bons quanto os Zagannin pelo que pagam nas chinesas, coreanas e mexicanas...
Qualquer um que tiver um pouco de boa vontade e pesquisar sobre o Leo Fender vai descobrir que ele queria vender ótimos instrumentos a preço MUITO acessível. Ele fez as primeiras Teles com uma qualidade absurda e a idéia era vender para o trabalhador mais comum.
Eu desejo que a informação gerada pelo Paulo não termine, eu mesmo já discordei dele várias vezes em outros posts (mesmo que ele não saiba), mas tenho que admitir, poucos são verdadeiros nas suas opiniões sobre guitarras e poucos se aprofundam no assunto com dedicação. É aquela história: se nos silenciarmos sobre o que pensamos, no final do dia o que resta?
Vamos brigar pelas boas batalhas e deixar de picuinhas sobre guitarristas verdadeiros, filhas, pedras, anos 80, etc...desse jeito logo estaremos nos estressando porque o blog é escrito no blogspot e não no wordpress. E o tipo de letra não é o que tava no catálogo da Fender de 1956...
Um abraço a todos.
Fiquem na paz de Deus.
Petri, Eric, obrigado, como sempre, pelo apoio. Velhinho, também como sempre, muito bem colocado... :)
ResponderExcluirAnderson: essas fotos são de uma Tour feita em 2006 por um cara chamado Jason. Tem mais de 300 fotos da fábrica no álbum dele do Picasa (coloquei o link no post). Se olhares com atenção na foto que estão colocando tinta condutora, vais perceber o "Fender" escrito no avental do cara de máscara... :)
A fábrica é moderna e eficiente. O próprio Jason colocou que uma das poucas diferenças entre a fábrica mexicana e americana é justamente o padrão das madeiras...
Nossa, alguém que ainda lê Guitar Player!!! Isso existe realmente? Pior só mesmo quem paga 4 mil em Tamija. É cada uma...
ResponderExcluirCaro Paulo: São fatos como esse, da retratação ao Beto, q nos fazem admirar um cara como vc. Além de divulgar conhecimento pelo puro prazer do compartilhamento, vc ainda tem a humildade de se retratar em seu próprio blog, q seria o único lugar onde vc não teria a necessidade de fazer isso.
ResponderExcluirParabéns pela atitude, mas felizmente isso não me causa espanto! :-)
Abraço,
Sid
Entusiasmado aprendiz, em 2008 comprei uma Fender Strato STD MIM zero bala. Imaginei que pela marca, estaria comprando algo confiável e de qualidade. Ledo engano.
ResponderExcluirPara encurtar a conversa, em recente viagem comprei uma Fender MIA. Acabei conversando bastante com o vendedor (Sam Ash) e, na ocasião, falei que havia comprado uma Fender MIM no Brasil e que achava o instrumento ruim, o braço era instável, etc. Ele riu, e me falou que nas STD MIM era coisa muito comum de acontecer. Não era em uma nem duas, era algo bastante corriqueiro.
Fiquei pasmo: madeira de má qualidade numa Fender (?). Pensei que havia comprado um limão, mas na realidade, joguei dinheiro fora.
Algo positivo é que conheci um excelente luthier - além de ser uma figura - e aprendi bastante sobre guitarras, mas me custou caro.
E olha que pesquisei antes de comprar... Hoje, eu endosso o post do Paulo como parte legítima.
Guto
Desculpem estar de volta, mas não consigo sossegar com isto. Admiro o Paulo e tudo o mais que foi dito. Mas pessoal, não sejamos superficiais.
ResponderExcluirA quantidade de fatias de uma guitarra não é diretamente proporcional à sua qualidade.
Esta discussão é antiga. Tenho estudado isto há muitos anos em forums gringos etc.
Vou citar apenas UMA coisa que é muito mais importante que as fatias da guitarra na formação de timbres, e que quase ninguém menciona: a real impedância dos potenciômetros.
Não sejamkos ingênuos, a Fender é uma marca consagrada que vale milhões, eles colam pedaços de alder e isto não torna suas guitarras ruins.
Vamos cair na real, a peça mais importante de uma guitarra fica atrás dela: nós.
Quando eu disse sobre desfilar pentatônicas sobre uma base blues, quis dizer isto. Para quê TANTA qualidade, apenas para tocar algumas músicas em casa? Seu amplificador é muito mais importante que as fatias de sua guitarra. Suas cordas são boas? seus cabos? o aterramento da guitarra está bem feito?
Não vamos depositar tanto de nossas esperanças apenas nas fatias da madeira, isto é ser simplório demais. Uma guitarra não se define pelo número de pedaços de alder.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirRespondendo ao Beto, creio que deve-se delimitar a discussão... é sobre o preço x qualidade? Então, o número de pedaços de madeira tem relevância... se for sobre o que faz mais diferença: com certeza o principal é o "guitarrista", sua pegada, habilidade, etc... se der uma guitarra péssima para um ótimo guitarrista ele vai "tirar som de pedra"... se der uma excelente guitarra para um aprendiz, não vai ter vantagem alguma...
ResponderExcluirFala, valeu pela matéria das fender mim, vou procurar outras alternativas, pois o custo banefício ainda não tá interessante.
ResponderExcluirIMO: Cada ítem da cadeia que vai dos dedos até o falante melhora em alguns porcentos o som e o prazer de tocar, da mesma forma que escolhemos o melhor cabo para os nossos ouvidos, vamos procurar a melhor madeira em custo e benefício. Com tanto imposto sobre os produtos, tudo faz diferença pro bolso, o pobre brazuca tem que fazer um trabalho de garimpo.....rsrsrs
Aproveitando, fiz uma modificação na pintura de um headstock inspirado na matéria abaixo:
ResponderExcluirhttp://www.mylespaul.com/forums/epiphone-les-pauls/17007-dulling-poly-finished-guitars-pic-heavy.html
rgrzz@ig.com.br
Excelente ideia. Eu tenho feito coisa semelhante com quase todas as minhas guitarras muito brilhantes. Uso lixa 1600 com água (sem pressão, realmente não deixa marcas) e depois "acendo" com cera automotiva Grand Prix. O resultado final é esse mesmo: ACETINADO e muito bonito.
ResponderExcluirTem um cara vendendo corpo e braço de guitarra neste endereço a baixo:
ResponderExcluirhttp://produto.mercadolivre.com.br/MLB-209146872-corpo-guitarra-telecaster-stratocaster-e-outros-_JM
Sera que presta alguem aqui já deu uma olhada nisso? vlws. André
Como tudo no ML, não há garantias. Tem que sempre verificar o status do vendedor. Mas, pelas fotos, parecem ok. E feitas em CNC, supondo que ele tenha usado as medidas oficiais, não tem erro
ResponderExcluirvlws paulo mas estou com medo kkkk.... de comprar e ser uma porcaria...andré
ResponderExcluirGrande Paulo! O clima esquentou por aqui... já conhecia as fotos da fábrica de x-tudo mexicano! (não sou o Anderson "anômimo" acima), aliás, é bom lembrar que a nossa Carta Magna proíbe o anonimato, sendo livre a manifestação do pensamento.
ResponderExcluirComo dizia o Rei do Mambo, Pérez Prado, o que o México tem de bom: a Tequiiilaaaa!!!! Ah, esqueci também do programa do Chaves e das apresentações dos mariachis e do saudoso Miguel Aceves Mejia intérprete do sucesso “cucurrucucu paloma” (vide youtube)... rssss...
Voltando ao assunto, a madeira possui um papel importante no timbre do instrumento e apesar da sonoridade da guitarra ser influenciada pelos seus componentes elétricos, os componentes formados de madeira são fundamentais na produção final do timbre.
Guitarra boa é aquela composta por um bom conjunto de componentes: seleção da madeira, captação, parte elétrica e hardware. O prazer de montar a sua própria guitarra dentro desses parâmetros é incrível e muito satisfatória. Como o Paulo e eu dissemos anteriormente aqui, o propósito do blog é informar, esclarecer e divulgar experiências entre aqueles que tenham interesse em construir o seu próprio instrumento, personalíssimo!
A discussão realmente é antiga, entretanto, do ponto de vista acústico, os sons produzidos pelos instrumentos de corda, em especial os da guitarra elétrica, possuem oscilações bem definidas (frequências) e presença de harmônicos. Nas guitarras, a madeira possui sua frequência natural de vibração e quando é estimulada pela vibração das cordas, a madeira entra em ressonância. A utilização de uma maior quantidade de peças de madeira na construção da guitarra influenciará na ressonância da mesma.
Volto a repetir: guitarra boa é aquela composta por um bom conjunto de componentes. Tive a péssima experiência de querer “turbinar” uma antiga Squier coreana, série CN dos anos 90, acreditando possuir uma “boa” madeira, influenciado pela conversa dos fóruns gringos... troquei tudo... instalei captadores Fender Custom Shop, pots CTS, ponte e tarrachas de primeira qualidade, e até pintei com tinta automotiva.... a guitarra esteticamente ficou linda (vou te enviar as fotos dela Paulo), porém, o resultado final foi um desastre: a guitarra não possui ressonância! Os captadores produzem um timbre “seco”, como se eles estivessem suspensos, flutuando no ar, sozinhos, muito estranho mesmo... é como tentar adaptar motor de Porshe num chassis de Fiat 147... não dá. Por que? Porque essa “guitarra” tem um monte de cacos de compensado colados e eu pensava que era feita de Basswood... meu amigo Blank está rindo até hoje! Como meu pai costuma dizer: “Por fora bela viola, por dentro (a madeira), pão borolento”.
Assino embaixo Anderson! :)
ResponderExcluirNo post de 07/2010:"Les Paul Epiphone - olhando com atenção" eu escrevi:
"Pois bem, a madeira conduz o som e "vibra", criando uma ressonância própria. Imagine o som "caminhando" pela madeira. A densidade, direção das fibras, etc. é que determinam a condutividade. Quando pedaços de madeira são colados, é importante que sejam do mesmo tronco e se possível, da mesma região do tronco. Densidades diferentes interferem na condutividade e ressonância."
Nos fóruns de guitarra existem grandes debates e bastante polêmica acerca da importância das emendas no corpo. Eu tenho plena convicção que nesse caso, e regra do "quanto menos, melhor" é a que vale.
Mas respeito as opiniões contrárias e tenho evitado debater sobre isso no blog por que não quero que ele vire um fórum de discussão... :)
Abraço!
Saudações ! Após a dica do link das fotos, fui lá e comprovei tratar-se da fábrica Fender no México. As fotos (muitas fotos !) são muito interessantes para quem aprecia o processo de fabricação de uma guitarra, mesmo sendo um processo industrial. Em resposta ao amigo (e xará) Anderson Aguiar fica a explicação: Não sabia como colocar meu nome da forma que a maioria coloca... Para não ficar 100% anônimo, escrevi meu nome embaixo. Assim também pude participar ! Abraços !
ResponderExcluirEu concordo plenamente com o Beto.
ResponderExcluirAcho que, por mais que muitos de nós admiremos o Paulo pela sua disposição em manter este blog, é preciso sempre ter em mente o que ele cita logo de início que é o seu ponto de vista próprio sobre cada assunto.
Tomar qualquer opinião como sendo a única e verdadeira é, no mínimo, ingenuidade.
Acho que, em praticamente todos os artigos, o Paulo comete alguma gafe fundamental, seja por preconceito, seja por falta de experiência no assunto ou falta de informação.
Mas a internet é feita de opiniões e este blog é apenas mais uma.
alguns conceitos e opinioes sao corretos, agora quando vc explica "versos e reversos" do que é um instrumentos eletricamente amplificado, tanto musicos como clientes comuns ficam numa eterna duvida, quando o assunto é fabricação artesanal, única e personalizada.
ResponderExcluirna minha modesta e humilde opinião, quanto menos enmendas e cola melhor, isto o aplico para todos os instrumentos.
por outro lado a questão "componentes eletronicos", é muito delicada, pois o sistema é um todo e desse todo depende o som final, da guitarra, no caso.
se tiver componentes de qualidade, na guitarra, também terá que telos no cabo, no pedal, na caixa, na mesa, um destes que no for compativel com a qualidade do instrumento, compromete sua produção sonora e viceversa.
mederos barboza - luthier -
mais de trinta anos de experiência como luthier, no brasil e na europa.
Obrigado pelas observações muito pertinentes, Mederos.
ResponderExcluirÉ uma honra para o blog a opinião de luhtiers experientes.
Salve Dr.May
ResponderExcluirNeste post do fcc
http://forum.cifraclub.com.br/forum/3/254925/p129
Vi a seguinte questão:
"Bertola
Ouvi dizer que as fenders mexicanas std(não sei se só as std) tem o famoso veneer ,isso é correto ? "
a resposta
"Mauricio Luiz Bertola
Isso é lenda, mito."
Cara na boa confio muito mais em ti meu velho ,mas é tanta informação confusa que pra um iniciante as vezes pode ser confuso...se tu puder dar seu parecer no forum ou apenas postar lá tua materia...
Obs.já toquei em muita fender Mex. acredito que algumas sx tunadas são bem melhores sonoramente falando rsrs
Eu como fã da fender acho isso que fazem com as mexicanas horrivel!Sonoramente algumas até que algumas são boas...mas são poucas.
abçs 7Tool
7Tool,
ResponderExcluirA última vez que discuti lá no CC me incomodei um bocado. Talvez o Bertola esteja referindo-se aos veneer estéticos, tipo aqueles de maple.
Existe de fato uma "tampa" (ou chapa, ou lâmina, ou veneer, que seja) por cima e por baixo para esconder as emendas nas mexicanas mais baratas (Standard).
Não estou conjecturando - as fotos aí de cima são a prova irrefutável disso.
Se as Fender mexicanas com todas essas colagens são boas ou não, é opinião pessoal. Pra mim, não valem o preço cobrado aqui no Brasil.
Se as colagens forem bem feitas e as madeiras adequadamente secas a estabilidade é maior num corpo ou braço com colagens do que outro em feito em peça única
ResponderExcluirCom certeza. É o que acontece em alguns braços - a colagem de 3 peças com a do meio invertida aumenta muito a resistência. Tem luthier que prefere sempre o corpo em duas partes.
ResponderExcluirbom trabalhei 10 anos fabricando guitarras e baixo todos colados em trez partes alguns artesanais eram feitos em uma péça só , agora a fender ja esta fabricando em algumas linhas guitar em cedro . eu creio que o maior responsavel pelo som da guitarra sejam os captadores. pega uma fender americana e poe uns capita desses que vem em guitarras baratas ouve o som depois troca e compara se não vai mudar da agua para o vinho
ResponderExcluirTenho uma Fender Tele Standard MIM é uma excelente guitarra, com um ótimo estalado. Alem de o braço ser maciço sem separações de braço e escala! Ja comparei com a Fender Americana e não senti muita diferença.
ResponderExcluirmuito obrigado querido! continue seu trabalho!! voce arrasa...
ResponderExcluirabç
Paulo tudo bom?
ResponderExcluirEm primeiro lugar, parabéns pelo blog!
Acabei de adquirir uma Tele Fender road worn 50's e ainda não parei para analisá-la a frio: emendas de madeira, blindagem, escala, etc.
Porém algo que me incomoda um pouco é que ela possui aquela ponte vintage estilo "cinzeiro" e estou analisando a possibilidade de trocar essa ponte pela do modelo standard.
Pela quantidade de customizações que ví você fazer por aqui acho que é perfeitamente possível, mas com a sua experiência você acha aconselhável?
abs!
Obrigado, Márcio.
ExcluirAs Road Worn são excelentes guitarras, acho que até subestimadas por muitos.
Concordo contigo - as pontes antigas com 3 saddles são pra mim muito incômodas, além de não permitirem uma boa entonação (afinação de oitavas). Sempre preferi as pontes modernas, com 6 carrinhos/saddles.
É importante saberes que a furação das cordas e o posicionamento dessa ponte vintage é específico - várias pontes modernas não se adaptam.
Uma das poucas que dá pra colocar sem problemas, usando a furação pré-existente, é a Gotoh Modern Bridge.
http://www.stewmac.com/shop/Bridges,_tailpieces/Electric_guitar,_non-trem_bridges/Gotoh_Modern_Bridge_for_Tele.html
Obrigado Paulo, Ponte comprada! Mas ainda não começarei a fazer experiências.. vou levar a um luthier pra fazer a customização completa!
Excluirabs!
Uma dúvida, tenho uma Fender Telecaster MIM desse ano, penso seriamente em colocar Seymour Duncan hot rails na ponte e colocar um Noiseless no braço (ou reenrolar ele e colocar blindagem) isso melhoraria a qualidade do som da minha guitarra?
ResponderExcluirAbraço
Marcelinho.
Se queres uma sonoridade moderna e diferente da clássica, poderia melhorar sim. Mas lembre-se que um hotrails na ponte não tem nada da sonoridade clássica, nem splitado.
ExcluirGostaria de atualizar essa questão das Fender Mexicanas.
ResponderExcluirNão sei em que pé que estão as "standard", pelo preço devem ainda ser feitas da forma mostrada nas fotos.
Porém, as séries "Designed by Custom Shop", Classic Player 50's e 60" tem corpo sólido ((veja pelo contorno do sunburst atrás, e também fotologs de gente que lixou e refez a pintura).
Além disso, tem hardware melhor e captadores CS.
Mas são mais caras que as Standard, chegando a uns R$1000 de uma American Standard (que tem maior valor de revenda). Porém, os braços são mais grossos, cosia que só se encontra na linha americana em modelos de mais de US$2.000...
Fica a dica: Se puderem trazer dos EUA uma CS 50's ou 60's MIM por US$ 800 (preço nas lojas, abaixo da tabela) é um excelente negócio. Só trocaria o bloco da ponte e colocaria um captador de ponte mais forte. mais nada.
Abração a todos
Obrigado pelo toque. Philos. Já havíamos feito esse update aqui:
Excluirhttp://guitarra99.blogspot.com.br/2013/11/fender-made-in-mexico-mim.html
Caraaaaaa... Pecado Mortal dos captadores cerâmicos??? Engordei muito já a conta do Sr. Seymour e acha alnico a coisa MAIS BUNDA MOLE do planeta terra... Guitarrista desde os 13 anos de idade, filiado a OMB desde 1989, sou leitor do seu blog mas lembro-lhe que o que pode soar bem para seus "ouvidos refinados" pode não soar bem para outrem... Tenho uma Fender MIM de 1993 e e desde que toquei meu primeiro acorde busco mais uma com o mesmo "pecado mortal" Lembre-se de duas coisas NÃO EXISTE VERDADE ABSOLUTA a minha pode não ser a tua.... E que GOSTO É COMO CU cada um tem o seu.....
ResponderExcluirAlexandre, ignorando o "tom" do seu comentário e elucidando um pouco, você tem todo o direito de gostar de captadores cerâmicos em single de tele ou qualquer outra coisa pois como vc mesmo disse, gosto é gosto. No entanto como deixamos explícito o que escrevemos no blog é de gosto e opinião exclusivamente nosso. Mesmo assim, justificando a expressão do Paulo, um Captador de Tele Clássico, como foi concebido por LeoFender nos anos 50 e que foi o responsável por imortalizar o som da Telecaster eram feitos com pinos de alnico e assim continuaram por pelo menos 20-30 anos. Isso é fato histórico e é esse som que nós consideramos o clássico de Telecaster. Single-coil de Telecaster com uma barra de magneto cerâmico gerando campo magnético para pinos de ferro como os usados nas Telecaster MIM, não produzem a mesma sonoridade dos alnico (como nós) e por isso os citamos como "pecado" para quem procura esse som. Isso é fato e disso não abrimos mão.
ExcluirNo canto superior direito, abaixo da logo e colaboradores há um aviso ao qual transcrevo abaixo.
"As opiniões sobre timbres (e madeiras, captadores, etc.) são estritamente pessoais. Isso é um blog e não uma revista. Não aceitaremos críticas e julgamentos sobre o nosso gosto pessoal, já que respeitamos o dos outros."