segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Projeto Les Paul - dessa vez vai dar certo!

Paulo May

(obs: antes de fazer perguntas e ou postar comentários, leia aqui: CLIQUE)


          Uma das coisas mais legais de lidar com esse blog é que por meio dele nós temos a dádiva de encontrar pessoas realmente excepcionais. São seres humanos com claro e profundo domínio da sua profissão. Habilidade, genialidade e via de regra perseverança, os colocam acima de qualquer média. 
Quem acompanha o blog sabe que estou falando de caras como o Sérgio Rosar, Kaiser, Pedrone, BoveCastelli, Copetti, Manara, Inaldo, etc. São muitos para citar, desde o luthier que faz o seu trabalho com absoluta dedicação e capricho, passando pelo cientista que perde dias num detalhe de projeto até finalmente o músico que sabe avaliar um bom timbre.
         E é gente de todo o Brasil - alguns de lugares que eu nunca ouvi falar, como o Eduardo Kaiser, de Nova Petrópolis na serra gaúcha. Quando eu cismei de fazer uma Les Paul aqui no Brasil, em 2010, não imaginei de forma alguma que o faria com o um gaúcho alemão de Nova Petrópolis!KKK! 

        Em junho de 2016, o "Projeto Les Paul" foi iniciado (clique aqui para o linkcom o Adriano, da RDC guitars de Minas Gerais. O Adriano trabalha como luthier quase que somente nas horas vagas, pois essa não é a sua principal atividade. Como ele queria fazer uma guitarra com o máximo de dedicação, foi adiando, adiando e depois de um ano e meio decidimos que seria melhor desistir da ideia. Como mencionei naquele post, a 1ª lei de Murphy é inexorável, hehehe.
Não postei essa triste notícia porque, como dizia a minha avó: "Há males que vêm pra bem" e nesse meio tempo conheci o Eduardo Kaiser. Eu havia feito uma Les Paul com ele (modelo "Deluxe" com câmaras de alívio de peso), além de outros trabalhos que estão aqui no blog (Teles e Stratos de madeiras diversas). A primeira Les Paul foi uma experiência muito boa e serviu para refinarmos as decisões em relação à segunda.

         Em outubro de 2017 o Adriano enviou as madeiras e materiais para o Kaiser, que iniciou a Les Paul no dia primeiro de novembro. No dia 29 do mesmo mês, ela foi enviada pra mim para a finalização (acabamento e colocação do hardware). Pra quem esperou 18 meses, 28 dias parecem um milagre, né? Só que não, pois alemão é assim mesmo - se é pra fazer ele faz e ponto final. Sem a intenção de parecer preconceituoso, pela minha experiência, se o cara tem sobrenome alemão ou italiano, já é meio caminho andado... :)
E por falar em italiano, quando me vi diante de um impasse perigoso na finalização da LP, apelei para o mago Copetti, excepcional luthier aqui de floripa que invariavelmente faz trabalhos perfeitos. O problema de ter pessoas como o Kaiser e o Copetti à disposição é que acabo evitando de fazer qualquer trabalho aqui em casa, já que eles fazem tudo BEM melhor do que eu :)

Bem, antes de irmos à sequência de fotos e vídeos do projeto Les Paul, um pouquinho de Nova Petrópolis - uma cidade linda, daquelas alemãs típicas da Baviera:


Material: quase todo o hardware e plásticos na Stewart-MacDonald (stewmac) uma das maiores lojas do mundo em suprimentos para luthiers. O top de maple consegui comprar aqui no Brasil, com o Miguel Cardone da Music Tools. Lindo flame, acredito que no mínimo, qualidade AAAA.
Mogno: Mozar Menezes, de Jandira/SP (via Mercado Livre). Bloco de mogno brasileiro, com cerca de 15 anos, medindo 50,5 x 35 x 4,4 cm e peso total de 4,8 kg.

Como sempre mencionei no blog, 95% do mogno "brasileiro" que tenho visto é pesado demais, mas esse bloco tinha um peso similar aos blocos de mogno hondurenho (de peso médio) que pesquisei na internet/ebay. Nessas medidas aproximadas, um bloco leve pesa cerca de 4 kg, um intermediário entre 4,2 e 5 kg e os pesados sempre mais que 5 kg.


INICIANDO  A LES PAUL

         Não conseguimos um bloco ideal de mogno para o braço - o padrão Gibson é com corte radial e sem emendas/colagens. De qualquer forma, e considerando que eu tenho sérios problemas com os braços gordos da Gibson (mesmo os "60's" têm muito ombro), pedi um braço semelhante ao da minha telecaster 68 - entre um "C" e "V", com poucos ombros (para saber mais sobre "ombros", clique aqui). 

O Kaiser já sabia da minha bronca com os ombros e sugeriu um formato "soft V" - que eu gosto bastante, veja os padrões:


         Com a perda de massa, optamos pelo "volute" na junção do headstock, inserção de duas tiras de fibra de carbono para reforçar e colagem espanhola. Braço fino de mogno tem menos rigidez e é muito frágil, principalmente na junção do headstock. Tenho firme convicção que essas alterações não interferem muito com o timbre (pelo contrário) e garantem a estabilidade e rigidez necessárias. Eu enviei um tensor vintage Gibson para o Kaiser, mas na última hora optamos por um tensor moderno, bem mais eficiente. 
Eu tenho duas Gibsons Les Paul e o que mais me incomoda nelas são os braços gordos - então é óbvio que eu não deixaria passar a chance de fazer um braço do meu gosto :)

1) Corte e retificação do bloco de mogno (uma peça)
2) Alívio de peso (Gibson clássico: 9 furos): calculamos que sem (pelo menos) esse padrão de alívio, a guitarra ficaria com mais de 4,5 kg - o meu limite máximo para peso de guitarra. Acima disso é sacanagem com os ombros de qualquer pessoa :).
3) Colando os dois blocos de flamed maple.


 4) Colagem do top de maple sobre o bloco de mogno. Importante detalhe: aquele canal curvado que sai da cavidade de controle é para passar o fio terra da ponte. Há muitas Gibsons antigas sem aterramento da ponte.
5) Corte/retificação do top de maple já colado.


O Kaiser filmou algumas partes do processo. Editamos nesse vídeo de 3 minutos:


6) Iniciando o "binding". Braço no estágio inicial, apenas com o headstock e "colagem espanhola"
7) Escala e binding do corpo prontos, braço já com tensor e os dois canaletes para as fibras de carbono para reforço.


          Essa etapa é uma das mais delicadas e importantes na manufatura de uma Les Paul (na verdade, em TODAS as guitarras) - a junção do braço com o corpo: Long tenon, para maior área de contato, angulação correta (entre 3 e 5 graus - geralmente 4) e bem apertado. Na foto 10, a junção está tão firme e precisa que o Kaiser levantou o corpo pelo braço, sem estarem colados!! :)



11,12,13) Processo de colagem da escala


14) Colando o braço no corpo. 15) Confirmando a correta angulação. 16) Finalizando os trastes (aço).


E... Voilà!! Uma Les Paul brasileira, feita em Nova Petrópolis! :)



ACABAMENTO E FINALIZAÇÃO

No dia 4 de dezembro recebi o pacote - meu presente de natal adiantado, hehehe:


 E já iniciei o processo de acabamento/finalização. Primeiro, decidir qual o padrão de cor do top: optei por um "teaburst" bem sutil. Depois, começar o tingimento (anilina em álcool puro - usei álcool 92,8%) pelo amarelo:

Até dá pra deixar assim, algo meio "Lemmon Burst", mas eu acho que a longo prazo, uma tonalidade mais âmbar é menos cansativa de se olhar :)
Preparei, utilizando anilinas amarela (ouro), laranja, vermelha (encarnado) e "imbuia" vários frascos com várias tonalidades, do amarelo puro ao quase marrom. Como eu mesmo iria colocar o verniz e o que eu utilizo já é meio âmbar, tive que ficar imaginando os tons finais... Difícil, mas deu pra chegar no que eu queria. Segue uma série de fotos do processo:

Já com as bordas um pouco mais escuras - sunburst sutil... :)

O overlay do headstock foi comprado na Crox Guitars, assim como o decalque Les Paul. Quando quero algo realmente top e profissional, compro lá. Normalmente envia por carta e a gente evita o arroxo absurdo dos impostos de importação.

Colocar e finalizar decalques é um trabalhinho que requer uma certa experiência e muita, muita paciência. Tem que preparar inicialmente a base com verniz, lixar, polir, colocar o decalque, passar várias camadas de verniz, sempre lixando, lixando, até não percebermos mais os limites do decalque. Depois polir até o ponto ideal - eu evito aquele brilho excessivo das guitarras modernas.

O mogno tem poros grandes e é recomendável que se utilize "filler" de madeira antes para não ter que usar muito verniz depois. Eu fujo de tudo isso apenas colocando 3-4 camadas de verniz e depois lixando. A superfície fica natural e dá pra sentir a textura do mogno. Esse tipo de acabamento obviamente não fica com brilho porque se usar massa de polir ela penetra nos poros - mas dá pra deixar um leve acetinado. Eu acho legal e, mais importante, isso deixa a madeira ressoar mais livremente.



         Eu poderia ter ido até o Copetti ou o Inaldo e finalizar tudo com eles, mas o objetivo do blog sempre foi a ideia do "faça você mesmo", então o que dá pra fazer em casa eu fiz. Utilizei verniz marítimo com rolinho no mogno e verniz spray em lata no top. Sempre tento colocar o mínimo possível de camadas mas às vezes quando vou lixar acabo chegando na madeira em alguns pontos... Aconteceu dessa vez e - coisa mais chata - tive que voltar, colocar mais 2 a 3 camadas de verniz e reiniciar as lixas.
Utilizo a sequência de lixas (todas com água): 320/360/400 - 600 - 1200 - 2000 - 2500. A 2500 já deixa quase no brilho - é só polir (com massa de polimento - dessas de automóveis) e deu pra bola.

Antes de iniciar a lixação. O verniz "acende" o flame do maple. 


Depois de polida (à mão, trabalho danado) e pronta para montagem do hardware

          Bem, quando eu ia partir para a colocação do harware, me deparei com um problema - como não enviei a chave seletora switchcraft para o Kaiser e ele não tinha uma lá, eu precisaria fazer um rebaixamento circular na cavidade da chave - isso é feito nas Gibsons - mas é um trabalho delicado porque o maple fica muito fino nesse ponto. Qualquer erro e não tem volta... Eu não tenho tupia e nem fresa longa pra isso.
Novamente, tive que apelar para o Copetti - assim como na outra Les Paul Kaiser (que eu não postei ainda - uma Deluxe), ele avalia tudo, vê coisas que eu não vi e dá o diagnóstico, invariavelmente correto :) Como eu já estava cansado de tanto lixar essa Les Paul, sucumbi à preguiça e pedi pra ele finalizar tudo - até o nut, que eu mexi demais e passei do ponto (pra variar, hehehe).

         A guitarra ainda está com o Copetti - devo pegá-la essa semana. Optei por um humbucker Rolph no braço e  Shaw na ponte. Classicamente, os Shaw foram tunados para pots de 300 e não 500k, mas deixei 500... Deveria postar no blog somente após pegar a guitarra, tocar e saber se está tudo ok, mas novamente ignorando Murphy, vou postar até aqui e complementar depois, se possível com uma demo em vídeo...

Pra saideira, uma foto da (outra) Les Paul Deluxe Kaiser (plain top):

ATENÇÃO (25/2/18): guitarra finalizada e com vídeo demo: CLIQUE AQUI



57 comentários:

  1. E eu achando que essa Les Paul não ia sair nunca! Feliz Natal!

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  2. Paulo,
    Também tinha certeza que esse projeto sairia e diante do exposto, fico até sem adjetivos para descrever.
    Trabalho maravilhoso!!! Parabéns mesmo a todos os envolvidos!
    Mesmo sem ela estar finalizada, sei que vai ficar com um acabamento melhor que uma verdadeira Gibson LP R9 ou Historic Reissue.
    Vou tentar comentar brevemente:
    - Escolhas mais que corretas na mistura de soluções vintage com modernas: perfil de braço do SEU gosto, colagem espanhola, plaintop (pelo que percebi) e 9 furos de alívio porque o som é mais importante que uma guitarra que cause dor e desconforto nas costas.
    Seu trabalho manual só evolui e essa "acendida" no top depois do verniz, é de matar de inveja a Gibson CS.
    Enfim, aguardamos a finalização e o som da menina mas não tenha medo, ficará ótima sim, com certeza.
    E essa burst Deluxe no final, é para enlouquecer. Top de maple ou puro mahogany body essa?
    Abraços e desde já Feliz 2018, com muita saúde e som forte para todos nós!

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    1. Obrigado, Marçal. A minha parte nisso é só de administrador - Les Paul é muito complicada :)
      A Deluxe é top de maple liso. Depois eu faço um post só sobre ela :)

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  3. Parabéns. Mais um grande projeto. Estamos ansiosos para lermos sobre sua avaliação do som. Keep Going!

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    1. Em breve, Igor. Torcendo aqui para que o timbre seja legal :)

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  4. Bah, a guita já está incrível, sem falar da Deluxe, lindíssima. Trabalho de caras como o Kaiser deve realmente ser exaltado, tenho uma e é notável como uma construção cuidadosa faz a diferença, todos os encaixes são precisos.
    Esperando pelas demos kkk

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  5. Sensacional, só de ler me sinto um pouco dentro dessa atmosfera, ansioso pra ver o desfecho, o resultado de tanto empenho e dedicação... A paixão por esse instrumento, só quem tem sabe o que eh, parabéns ;-)

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  6. Já estava ansioso pra ver alguma postagem nova! Essa com o mim humbucker e o p90 está linda! Sem duvida eu quero fazer uma guitarra com o Kayser.

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    1. Também achei que ficou linda, Gabriel - ainda mais bonita ao vivo! :)
      E precisas ver o braço dela... Bah! Pegada perfeita pra minha mão.

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    2. Gabriel, como se os comentários e testes do Paulo não bastassem, posso te garantir que o trabalho do Kayser é sensacional!. Fiz uma tele com ele e é minha melhor guitarra!

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    3. Rapaz, para mim, o Kayser é a evolução da All Parts, e o melhor, aqui no nosso território. Se for pra fazer uma guitarra, não tenho dúvida que será com ele, pois é rápido, com qualidade e não é caro.

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  7. Ansioso pelo resultado final e um vídeo com o som dela. Paulo e Oscar será que me tiram uma dúvida? Será que vale a pena trocar o bloco de aço da Gotoh GE 101TS pelo Manara? Fico pensando se a diferença seria grande.

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    1. Respondi la no post do bloco manara Sinval!

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    2. Muito obrigado. E Realmente ansioso para ver como ficou a LP.

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  8. Podes dizer, mais ou menos, por quanto saiu esta guitarra, no total?

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    1. Ainda não, Douglas. Como eu comprei tudo separado - algumas coisas em 2010 (!) - e várias peças (captadores, pots, etc) eu já tinha em casa, fica difícil fazer uma estimativa. Mas, assim que receber e testar a guitarra, acho que dá pra fazer um adendo com os custos aproximados. Aguarde.

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    2. Tenho muita curiosidade sobre essa colagem do braço. Tu achas que faz alguma diferença audível?
      Foge do tradicional, ainda me incomoda um pouco.

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    3. A colagem é padrão e com junção longa, como as clássicas de 58-60. Estás falando das duas tiras de fibra de carbono? Depois de testar a guitarra devo ter alguma opinião, mas à princípio essa manobra compensaria a falta de madeira pelo fato do braço ser mais fino que o tradicional.

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    4. Desculpe-me, ficou ambíguo. Falava do scarf joint. Quanto as barras, também tenho curiosidade se mudam o timbre.

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  9. Uma trabalheira, mas certamente o resultado compensa muito. Essa Les Paul ficou linda (visualmente não deve nada a uma R9) e não tenho dúvida que o timbre também vai agradar... não vejo a hora de conhecer pessoalmente...hehe. Parabéns a todos os envolvidos!!

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  10. Que Les Paul foda! Quando o luthier é bom, é outra coisa... Legal que acharam um bloco de Mogno leve, faz uma boa diferença!

    Desculpa mudar de assunto, mas to pensando em pegar uma Les Paul da SX. Vocês sabem o quão confiável é uma guitarra deles em relação ao material que utilizam? (A madeira mesmo)

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    1. Juan,
      Primeiro, dê uma passada aqui e leia o post:
      http://guitarra99.blogspot.com.br/2014/05/faq-003-orientacoes-para-perguntas.html

      Depois, é só digitar "Les Paul SX" na pesquisa que terás a tua resposta.
      Abraço!

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  11. Ta ficando pronta? não vejo a hora de escutar ela... hehehehe

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    1. Tivemos alguns problemas de última hora na finalização mas o Copetti só tá esperando desafogarem os trabalhos acumulados de final de ano para me entregar a guitarra. Breve, Thiago :)

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  12. Boa tarde, fiz uma LP com um luthier aqui de SP a uns 5 anos atras. Toda em mogno, usamos tudo do melhor, ponte schaller regulavel, tarrachas gotoh, cts, switchcraft, marcacoes em madreperola msm, e gibson burstbucker ponte + 57 braço. Até hoje tenho lutado mto com o som do da posição braço, muito grave e rasga até com pouco ganho. Gostaria de saber se posso te enviar umas fotos e um audio ou coisa assim. Se vc me ajudaria nisso. Abraço, Leandro.

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    1. Leandro, no último post eu falo sobre uma mod no pot de tonalidade para transformá-lo num filtro de graves. Dê uma lida e aguarde porque estamos investigando mais esse truque e faremos um post só sobre ele...

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    2. E, bem que eu gostaria de poder ajudar todo mundo pessoalmente, mas é absolutamente impossível. As razões estão naquele aviso de "importante" à direita no início da página e mais especificadas nesse link:
      http://guitarra99.blogspot.com.br/2014/05/faq-003-orientacoes-para-perguntas.html

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  13. Que bom que ficou pronta! Mal posso esperar pra ouvir o som dela. Grande abraço.

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  14. Poderia me informar a marca e o tipo de verniz utilizado por favor? obrigado

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    1. Verniz marítimo Sayerlack em lata e Colorgin Móveis e Madeira (em spray - só no top). Nenhum dos dois fica com a dureza do verniz PU de automóveis, por isso não utilize muitas camadas pra não "amortecer" a vibração do corpo.

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  15. Boa tarde. Esse sunburst com anilina se faz esfregando? Seria viável um tom mais próximo do padrão dos da fender ou só com spray/pulverizador? E também gostaria de saber se o tingimento sai lixando ou ele penetra muito fundo(visando um possível relic). Perdão por tantas perguntas kkk mas estou pensando em montar uma mustang.

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    1. dica: https://www.youtube.com/watch?v=OjlIAq17aVc
      Quanto à penetração da anilina:
      http://guitarra99.blogspot.com.br/2011/03/quanto-custa-uma-boa-telecaster.html

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    2. Incrível o bandolim, é bem esse tom de burst que quero, mas caso faça vou usar uma madeira menos figurada. Muito obrigado

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  16. Que maravilha de aventura, meu amigo!
    Parabéns novamente!
    Fico aguardando ansioso pelo desfecho com o clássico vídeo da guitarrinha!
    Grande abraço!

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  17. muito legal fantastico
    so achoo que a construcao do braco deveria ser igual a gibson , com alma simples , sem fibra e cola animal em vez de titebond.

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    1. Sim, respeitando o padrão original. Mas a razão de não ter feito isso está explicada no mais recente post, que é o update/finalização desse.

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  18. oi paulo, adoro seu blog, leio ele desde o inicio quase :)
    eu pretendo fazer esse acabamento com anilina em uma les paul que eu tenho aqui, ela tem uma pintura em nitro bem fragil que eu vou tirar, mas como eu nunca trabalhei com madeira (ajudava meu vô numa funilaria, mas a gente não retirava a tinta) eu tenho três perguntas:
    1- você utilizou algum tipo de seladora no top?
    2- se não, existe algum risco do verniz descascar?
    3-qual é o tipo de verniz que você utilizou no top (não encontrei verniz de nitro em spray)
    se possivel, me recomenda alguma marca legal de verniz, se o resultado ficar bom, eu posto um link com fotos :)
    abraço!

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  19. Vinícius, maple não precisa de seladora - poros muito pequenos. Verniz pode descascar (atrito, batidas, etc) com ou sem seladora.
    Se acompanhas o blog, sabes que eu não uso nitro - no Brasil mais conhecido como "Duco", porque demora muito pra secar e dá muito trabalho. Meu spray em lata é o comum mesmo, mas sempre poucas camadas - o mínimo necessário pra proteger e poder lixar/polir, etc.

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    1. tudo certo então :)
      obrigado, e só queria dizer que aprendi muito com o blog, vlw!

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    2. Esse é o propósito do blog, Vinícius, :)

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  20. Conheci esse blog agora e como estou feliz. Tem uma linguagem aberta, (normal). Nada requintado, aquela conversa entre amigos. =D
    Lindo trabalho, linda guitarra. O nome Les Paul ficou tão igual quanto o Silk da Gibson.

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  21. Olá. Náo sei se me perdi na leitura, mas qual o material da escala? Rosewood? Os bindings são brancos ou marfim?

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    1. Acho que não chegamos a mencionar isso, hehehe. Escala de jacarandá brasileiro (melhor que o oriental da Gibson) e bindings de plástico (ABS) na cor marfim. Os bindings da Gibson, exceto raríssimas exceções, sempre foram de plástico.

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  22. Paulo,
    Boa Tarde.
    Pode me responder algumas perguntas?

    1. Onde consigo comprar esses tingidores pro tampo? tem indicação de loja online? Qual a marca e cores você usou?

    2. Como você possui contato/amizade com alguns luthieris, já pensou sugerir a eles a criação de um curso de luthieria online? você poderia entrar como coprodutor. Hoje em dia cursos online são um ótimo segmento, além de poder ensinar quem deseja. Algumas plataformas (Eduzz, Monetizze, Hotmart). O mais bacana é que online é possível atingir muitas pessoas simultaneamente, o que presencialmente ficaria inviável.

    Estou mencionando isso porque geralmente cursos de luthieria só presencial, e isso complica para muitas pessoas que tem vontade em aprender.

    Fica como Sugestão!!
    Muito Obrigado.

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  23. Tudo o que você precisa saber para dominar a guitarra elétrica!
    O caminho das pedras para arrebentar na guitarra!
    O método aborda tudo o que você precisa saber para dominar a harmonia e criar solos de improviso.
    Acesse o link http://bit.ly/cursointensoguitarra

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  24. Olá tudo bem? Quer aprender a tocar guitarra de uma vez por todas, acesse esse link e aproveite: https://go.hotmart.com/B19765665C

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  25. Fala Paulão, beleza? Agora que construiu a versão definitiva, tem interesse de passar essa V2 pra frente? Se tiver me manda uma mensagem! Obrigado! Me procure no facebook ou instagram. Att VINICIUS LOJOL

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    1. :)
      Vinícius, na minha vida inteira, até agora, vendi somente 4 guitarras... 3 delas, me arrependi depois. Não tenho planos de vender nada, mas por outro lado, tenho guitarras demais. Quando resolver esse dilema, te aviso! Abraço!

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  26. Parabéns Paulo, ficou muito boa e assim como você, gosto dos braços mais finos.
    Realmente deve ter ficado perfeita. Abc.

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    1. Obrigado! Essa questão do braço confortável tornou-se definitivamente a minha prioridade maior. Ultimamente tenho dado atenção somente a esses ajustes.

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