Oscar Isaka Jr.
Poucas coisas no mundo das guitarras são confusas como os nomes e padrões de cores dos instrumentos. Pra entender de onde vieram as cores que estampam nossos queridos instrumentos é preciso entender qual foi a influência da época e a resposta é simples e direta... CARROS. Os automóveis eram a peça de consumo mais influente nos Estados Unidos na década de 50, logo é fácil imaginar porque a utilização de suas cores nos instrumentos.As únicas cores que a Fender criou na época eram o Blonde e o Sunburst, todo o resto veio diretamente do catálogo de Custom Colors da indústria automobilística. Difícil de imaginar um carro Daphne Blue (ou azul calcinha) que não seja uma Kombi!! rsrsrs!! É uma verdadeira salada: Surf Green, Sea Foam Green (geralmente confundidos entre si), Daphne Blue, Ice Blue Metalic, Dakota Red, Fiesta Red... E a lista continua. Tons pra armário feminino nenhum botar defeito....
Catálogo de cores |
Nos anos 50 (até 1956 pra ser mais exato), a GM só utilizava a Laca Nitrocelulose (ou "a" nitro, para os íntimos) para acabamento e pintura de seus veículos. Apesar de todas as outras fábricas usarem acabamentos com base esmaltada (Enamel), a GM gostava da "Nitro" pois era de rápida (para a época) secagem, fácil polimento e conserto além do lindo e fácil brilho. Entrando um pouco no aspecto técnico, a tinta é composta basicamente de 3 componentes: pigmento (que dá a cor), resina e solvente. O pigmento e a resina são dispersos no solvente, que controla a consistência da tinta e evapora com a aplicação, deixando somente os outros dois componentes na superfície pintada. Sem ele, o composto de resina/pigmento seria muito espesso e não espalharia uniformemente pela superfície aplicada. A resina forma uma "película" que permite que o pigmento tenha adesão na superfície e crie uma camada protetora para a mesma, além do brilho inerente. Nitrocelulose usa uma resina à base de celuloide - e a acetona como solvente é uma das características que define o "Nitro" como Laca (Lacquer).
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Curiosidade: Celuloide é o nome de uma classe de compostos criados a partir da nitrocelulose e de cânfora, a que se adicionam corantes e outros agentes. Os celuloides são considerados os primeiros materiais termoplásticos. Em 1862, o inglês Alexander Parkes registrou a Parkesina, primeiro celuloide e primeiro plástico fabricado. O termo celuloide só passou a ser utilizado em 1870. Moldado com facilidade, o celuloide foi produzido originalmente como substituição para o marfim.
Os celuloides também são extensamente utilizados na manufatura de bolas de tênis de mesa, por sua rigidez e elasticidade.
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O uso da Nitro(celulose), apesar da secagem rápida e ótimo brilho que propiciava, tinha um problema: o uso da resina à base de celuloide, material esse usado na fabricação de escudos (pickguards) do tipo tortoise de marcas como Gibson, Epiphone, DÁngelico entre outros, fazia com que o acabamento esfarelasse/quebrasse com o tempo. Era possível ver esse efeito no craquelado (checking). Além disso, havia também um desbotamento acentuado no pigmento/cor.
Para minimizar esses problemas, a Du Pont (fabricante das tintas) mudou a composição da resina e passou a utilizar um composto acrílico, que tinha mais resistência UV, elasticidade e minimizava um pouco os efeitos da nitro. Porém isso também tinha um lado negativo: não secava tão bem quanto a nitro e não tinha o mesmo brilho no polimento.
Voltando aos instrumentos, o que a Fender fazia era usar o que quer que estivesse disponível com a Du Pont ("Duco" era a nitro da Du Pont) na época, fosse acrílico ou nitrocelulose. Como disse George Fullerton:"Leo gostava de coisas práticas e funcionais... Quando pensamos em técnicas e materiais de acabamento, nada mais lógico do que copiar a indústria automobilística e as tintas que estavam disponíveis para ela, fáceis de encontrar e baratas".
A Fender quase sempre utilizava verniz de acabamento transparente, que era à base de nitrocelulose. Todo esse processo de evolução das tintas automotivas gerou uma verdadeira salada nas cores dos intrumentos porque o verniz à base de nitro fica amarelado com tempo e interfere/modifica a visualização do pigmento real. Resultado? Algumas cores recebiam esse verniz e outras não, visando manter a aparência real da cor. Por isso é realmente difícil estabelecer um padrão de pintura para a época. Era usado o que funcionava e pronto e os mesmos problemas encontrados nos carros, como desbotamento das cores e o craquelado, que alguns de nós hoje gostamos, na época geravam um baita trabalho e incomodação para a Fender.
Em meados de 1963 um novo produto começou a ser utilizado como base/selador para a pintura, o famoso "FullerPlast". Produzido por Fuller O'Brien, era uma espécie de composto plástico sintético para cobrir os poros da madeira de maneira uniforme com a finalidade de deixar a pintura mais uniforme também e embora a cor e verniz ainda fossem nitrocelulose, muitos concordam que o emprego do Fullerplast foi o fim da "era Nitro" da Fender e é motivo de muita discussão sobre aqueles que defendem que o Nitro é um dos responsáveis por Fenders antigas soarem tão bem, etc.
Há argumentos para ambos os lados, mas não vou entrar na discussão! :-) O emprego do FullerPlast melhorou muito a qualidade dos acabamentos e minimizou os problemas gerados pelo uso da nitro somente e estendeu-se até meados de 1968, quando Bob Gowan, diretor do departamento de pintura e acabamento da Fender/CBS, baniu de vez a nitro e começou a empregar o Aliphatic Urethane conhecido hoje como "Poly/Poliuretano/PU". A decisão foi puramente baseada em mão de obra e tempo de produção, pois o PU requer menos camadas, tem secagem mais rápida, maior resistência e brilho mais fácil. Todas, qualidades desejáveis e veneráveis quando o assunto é produtividade.
Digno de nota, quando começou a utilizar o PU a partir de 1968, a Fender fez até propaganda da resistência e da "grossa camada/thick skin" que colocava em seus instrumentos. Hoje sabemos que isso "mata" a ressonância da madeira. O PU fornece um acabamento bonito, muito brilhante, duro e resistente, mas pode atrapalhar em termos de sonoridade.
O jargão "Poly/PU" é adotado até os dias de hoje para tintas e vernizes a base de Poliéster sintético, empregado em 90% de todos os instrumentos fabricados atualmente (inclusive a Fender), por causa das razões que descrevi acima. Instrumentos viajam de navio de e para todas as partes do mundo, sujeitos à variações térmicas (às vezes mais de 40 graus) e de humidade e chegam em seus destinos brilhantes e novinhos em folha. Urethane, Polyurethane, Poly, PU etc. é mais ou menos tudo farinha do mesmo saco, ou seja, compostos de verniz sintético de alta durabilidade.
A Nitrocelulose ainda é utilizada devido ao seu alto apelo junto ao público "vintage" (ao qual me incluo) e não só pelo visual, pois há vertentes e argumentos que alegam que, por ser mais fino e maleável que o PU, interfere menos na ressonância do corpo do instrumento.
Não quero entrar nessa discussão sem fim, mas sim apresentar um pouco da história e dos fatos.
Alguém aí se importa em ter um Cadilac Shell Pink? Ou quem sabe um Mustang Fiesta Red? :-)
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Prefiro meu Cadillac Dakota Red :-)
ResponderExcluirQuem não né Marcos? :-)
ExcluirPuxa! Que post bacana! Não sabia de todos esses detalhes. E olha que eu leio muito sobre guitarra. Parabéns.
ResponderExcluirObrigado Gustavo!
ExcluirLegal, sabia da opção da Fender pelas cores dos carros americanos nos anos 50, mas nunca pesquisei a fundo. As tradicionais cores pretas e sunburst são minhas paixões mas entre as citadas, minha preferida é a Sonic Blue.
ResponderExcluirHaviam cores que eu nunca imaginei que fosse de carros mesmo como "Burgundy Mist" por exemplo que eu jurava que era alguma invenção de moda da Custom Shop da Fender. Mas até que no banheirão ali ficou bonito! :-) Essas cores todas são muito legais.
ExcluirPô, muito legal mesmo este post. Dakota Red, Sherwood Green, Lake Placid Blue e Burgundy Mist são os meus preferidos dentre o que foi exibido, mas se for olhar a lista de opções de cores...., nossa, é de pirar o cabeção!!!! heheheheh
ResponderExcluirParabéns.
Obrigado Rommel. Eu sempre fui fã de Fiesta Red, mas o Daphne Blue tem ganhado espaço tbem.. Na verdade acho que eu acho todas essas cores legais.:-)
ExcluirCara, seu blog deveria dar origem a um livro, tipo: "Fender Ultimate Guide", ou algo assim. Leio tantas vezes que criei a expressão "blog de cabeceira". hauahu! Abraço.
ResponderExcluirRsrs que bom Sérgio. Obrigado! :-)
ExcluirEsse é um elogio e tanto, Sérgio. Coisas assim justificam todo o nosso trabalho. Obrigado!
ExcluirBelo post Junior, parabéns.
ResponderExcluirSou fã assumido do brust mas confesso que essas cores sólidas da Fender são lindas.
Parabéns!
Obrigado Rafael! E quem não gosta de uma bela Sunburst? :-)
Excluirolá gostaria de saber se posso pegar esse e outros artigos para fazer um trabalho dos 60 da stratocaster para o curso de produção fonografica da ucpel? grato
ResponderExcluirO conteúdo do blog é de livre acesso e utilização, desde que essa última seja sensata, Tiago. A grande maioria das fotos (e vídeos) são produzidas e/ou editadas por nós e podem também ser utilizadas livremente.
ExcluirAgradeceríamos se colocasses também o link para o blog :)
esta bem..muito obrigado!!
ExcluirAs duas coisas q eu acho mais legais em cada post do Louco por Guitarra são a capacidade de nos surpreender, e a profundidade exata dada a cada texto. Parabéns ao Paulo e ao Jr. pelo trabalho q têm pra compartilhar esse conhecimento com todos nós. E, sim, é o melhor blog de guitarra do Brasil - e me arrisco a dizer, em língua portuguesa! ;-)
ResponderExcluirDeus te ouça, Sid :)
ExcluirSe é o melhor em língua portuguesa, então vamos fazer uma versão em inglês pra competir com os gringos! :)
Valeu Sid! Sempre no apoio! :-)
ExcluirSe vier uma versão em inglês, os gringos q se cuidem!!! Hehehehe...
ExcluirMuto legal o post. Eu antigamente só gostava de guitarras com cores classicas, de preferencia sunburst. Hoje gosto de quase todas as cores, inclusive as "pinstripe" rsrsrs! Talvez isso seja uma forma de se enganar e ter mais GAS !!! Mas que é bom é!
ResponderExcluirTudo é desculpa pra GAS Rodrigo! :-) Tudo! rsrsr
ExcluirOscar, tem um aspecto interessante que pode ser abordado em um post futuro, é sobre a interação entre os capacitores e os diferentes tipos de captadores. Vc comentou sobre os orange pancakes, sobre como eles fazem diferença no som e etc... creio que eles "casaram" muito bem com os teus Rolph, mas com os Fender 57/62, eu fiz vários testes e não ficaram legais. Por outro lado, combinaram muito com os antiquity seymour surf, ficou perfeito naquele set up. Quando o orange drop estava com os antiquity, ele amaciou demais, mas no fender ele resolveu aquele aspecto "crispy" e áspero dos agudos. A impressão que eu tenho, é q com os orange, eu consigo tocar nas 3 posições sem girar o tone para corrigir os agudos, e com o pancake eu precisava corrigir na ponte. Essa interação entre os diferentes tipos de capacitores com os captadores também gera muito pano pra manga, hehehe.
ResponderExcluirCicero, é um assunto com muitas variáveis e difícil de ser abordado em termos de combinação com captadores pois variam muito de acordo também com a guitarra. Tudo gira em torno de você perceber o DNA da guitarra+captadores e entender como o capacitor vai agir nesse contexto. Por exemplo, vc já assimilou que o Orange Drop amacia o som e que o Prange Pancake ressalta o ataque e agudos, com base nisso tenho certeza que vc saberia aplicar isso numa "nova" guitarra por exemplo. Outro ponto é saber um pouco sobre os captadores com o qual se esta combinando. Os 57/62 tem um som menos redondo que o Antiquity e sabendo disso e da característica dos capacitores, já saberia como combiná-lo para obter o resultado que vc espera. Isso tudo sem contar com gosto pessoal e coisas do genero!! rsrs. O que eu sempre falo, é experimentar e chegar as suas próprias conclusões pois é um upgrade relativamente barato e fácil de fazer e testar e por ser a diferença entre vc gostar de um timbre de uma guitarra e vc ADORA-LO!! :-) Quando a gte começa a ouvir essas nuances é realmente divertido brincar!
ExcluirExato... bem por aí mesmo... desculpa a postagem no topico errado, eu só vi depois q tinha postado nas cores de guitarra, hehehe... eu tava vendo o vídeo da strato KNE do Jack, e é exatamente aquele high end agudo que ela tem q estava me incomodando na minha strato com os 57/62... eu não curti, mas outros gostam... isso comprova q pode ser questão de gosto pessoal.
ExcluirShow de bola!!! Com este post me decidi, vou de Classic Series '60s Stratocaster Lacquer. Estou cada vez mais fã desse blog, aprendendo a cada dia uma coisa diferente...
ResponderExcluirParabéns a todos e vida longa ao blog.
Abraços
Obrigado, Ponzoni73.
ExcluirContinue aparecendo por aqui! :)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPaulo, boa tarde!
ResponderExcluirPrimeiramente parabéns pelo sei Blog ja aprendi muito aqui nunca comentei mas sempre estou aqui aprendendo mais ..com suas experiencias.
quero me aventurar e pintar minha guitarra tenho uma experiencia com pintura ja de moveis e tal....mas ai vi aqui no seu blog algo sobre cores e tipos de tinta ...pesquisei bastante na internet e n ficou claro ainda na minha cabeça mas vamos la as duvidas...rsrs
tenho uma Squier classic Vibe, como as guitarras chinesas ela tem uma camada muito grossa de verniz provavelmente verniz PU, o q vc indicaria pra ficar um acabamento mais suave?
estava querendo pintar de Fiesta Red so que não acho esta cor pra comprar sera q conseguiria ela automotiva? qual a combinação pra ter o tom ideal?
a ultima ..kkk voce passa prime como fundo ou somente seladora norma ou PU?
sera que o acabamento ficaria bom se eu aplicasse varias demãos de seladora sem ser PU e tinta e uma ou demão de verniz PU ficaria um acabamento bom e algo mais suave??
gostaria de ter uma guitarra com uma pintura bem Vintage...
abraços
Obrigado, Marcos! :)
ExcluirOlha cara, essa questão "Fiesta Red" corre o mundo! KKK!
Fieta Red é uma cor utilizada pela Ford nos anos 50 (Fender usou oficialmente essa cor entre 60-69). Era fabricada pela Dupont, mas hoje em dia a Dupont praticamente abandonou as tintas e está focada em diversas áreas de materiais e química. Podes questionar a Dupont Brasil, mas acho difícil. O código original da cor era:"Duco" 2219-H. Duco significava "Dupont Coated" mas é um termo utilizado hoje, inclusive no Brasil, pra qualquer tinta à base de nitrocelulose. Podes achar duco aqui, mas com cores limitadas, acho que da Sherwin Williams.
O Fiesta Red real era um vermelho alaranjado e ficava perfeito com camadas extras de nitro transparente. Geralmente o fundo era branco.
Fora do Brasil podes conseguir essa tinta aqui:
http://reranchstore.stores.yahoo.net/fiestared.html
O site do Curtis Novak é uma excelente referência:
http://curtisnovak.com/restorations/FenderColors/index.shtml
Podes tentar aproximar utilizando uma tabela Pantone:
http://www.nwreinc.com/PMS_Color_Chart.pdf
Pra mim, parece a 179 com um pentelho a mais de vermelho puro.
Nitro demora muito pra pintar e secar e além disso, o trabalho chato mesmo é retirar esse PU grosso da Squier...
Se quiseres apenas retirar um pouco do brilho atual da Squier: Lixa d´água 1200 pra cima (difícil achar maior que 1200 aqui). Se tirar demais é só polir novamente.
Boa sorte!
Paulo, boa tarde!
Excluirentão vou lixar ela pra diminuir a camada no braço, mas queria mesmo mudar a cor pois a minha é sunburst e acho q vou gostar mais com cores solidas.
aproveitando e abusando do seu conhecimento e paciencia (rss), vejo seus posts vc dando um Up nas guitarras, a minha Squier comprei ela com captadores fender Noiseless e Tarrachas fender com trava, me falaram que pela elétrica ser chinesa eu n estaria aproveitando todo o potencial dos captadores, ai vem a pergunta isso é verdade? compensaria investir mais 400,00 reais em uma instalação completa Emerson Custom ou outra de igual qualidade??
abraços e desde ja obrigado pela atenção.
Com certeza, bons pots, fios jacks e capacitores são importantes, mas em termos... Sempre usei pots Alpha e nunca percebi grande diferença para pots 2 a 3 x mais caros. O que eu não recomendo mesmo são aqueles chineses de 2 dólares... :)
ExcluirValeu Paulo, obrigado pela sua atenção!
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirComprei um Corpo Surf Green sem relic em Nitro da MJT... Muito bonito!
ResponderExcluirAlguém sabe em quanto tempo a pintura começa a ter os craquelados??
Esse (d)efeito é geralmente provocado por mudanças bruscas de umidade e principalmente de temperatura. Se uma guitarra sempre for bem guardada/cuidada, isso não ocorrerá nunca. Mas, supondo que ela vá pra estrada, no mínimo 5 anos. Geralmente mais de 10...
ExcluirPor isso que gosto tanto desse blog. Parabéns pelo zelo com que cuida dos comentários. Acabei de montar minha partcaster surf Green, com Corpo mjt surf Green, braço all parts com logo feita pelo Victor de Fortaleza... Ponte Fender, bloco manara, captação suhr Scott Henderson, tarrachas gotoh vintage... Foi uma experiência apaixonante. Já tive e toquei em várias fender e digo sem medo, que é a melhor fender que já toquei na vida... Agradeço ao blog, que serviu de inspiração! Grande abraço
ExcluirObrigado, Thiago :)
ExcluirEssa guitarra, pelas specs, é bem mais do que uma "partscaster". Só tem componente de qualidade. Tecnicamente, acima de uma American Standard.
E o trabalho do Víctor é de primeira, não? :)
olá, eu tenho um projeto de montagem de uma guitarra e queria pintala da cor lake placid blue... alguma sugestão de como posso conseguir essa tinta?
ResponderExcluirA Dupont tinha um código. O pessoal que faz restaurações em automóveis antigos utiliza tabelas de referência cruzada. Aqui tem uma: http://paintref.com/cgi-bin/colorcodedisplay.cgi?dupont=2876L&rows=50&syear=1960&smanuf=Fleet&smodel=Fender&sname=Lake%20Placid%20Blue
Excluiressa quetão de timbre definitivamente não tem nada a ver com a pintura da guitarra, sei que muitos acreditam nisso calorosamente como fãs dessa teoria, mas não existem bases cientificas comprovadas, a unica coisa que e certa e que a madeira realmente "respira" isso e fato e sua estrutura molecular e bem complexa e tal, enfim, sobre a captação e o tipo de instrumento o que varia muito a sonoridade e a questão "acustica" mesmo, do contrario, a guitarra sendo de corpo solido ira soar perfeitamente em qualquer situação desde que a construção do braço e espeçuras estejam de acordo ira ter mais ou menos sustain isso e relevante sim, mas isso e o que muda, o que mais influencia no timbre da guitarra solida (solid body) e mesmo a parte eletrônica componente e amplificador, bem como qualidade de cabos pedais e tudo o que compõe e o set de equipamentos, mas dizer que a madeira ou o modelo muda o som isso e puro "marketing", uma vez o Jhon Lennon mandou tirar os vernizes dos violões que utilizava pois ja nessa epoca acreditava-se qe a madeira respira, volto a dizer nos intrumentos acusticos isso funciona mas nos solidos não, sobre as cores e sobre os compostos quimicos desse topico realmente e tudo muito bom, foi um bom trabalho o seu de pesquisar tudo isso e colocar aqui, digno de ser imitado, realmente um otimo assunto a ser discutido, eu ainda pretendo achar algum livro sobre tudo isso espero.
ResponderExcluirMaravilhoso post, agora tenho certeza que é com tinta automotiva que vou avançar na minha guita...
ResponderExcluirMaravilhoso post, agora tenho certeza que é com tinta automotiva que vou avançar na minha guita...
ResponderExcluirEsse é o melhor blog sem dúvidas!!
ResponderExcluirTenho um corpo strato aler 2 peças pretendo pinta-lo, quais são os componentes respectivamente não sei quais(selador, tinta pu, verniz , etc...) que deixaria a madeira menos isoloda possível? abc
Acho que o post em si já esclarece essa pergunta, Vera. Nitrocelulose é a melhor opção, mas existem poucas oficinas que a utilizam - além de ser mais cara e demorada. PU é viável, mas tente com um mínimo de camadas possível.
ExcluirSelador sempre é legal, mas alder dá pra ficar sem, já que tem poros pequenos e mais fechados.
O ideal é conversar com o pintor e explicar esse lance das camadas - a maioria entende e faz legal.
Muito obrigado!!
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ResponderExcluirUnknown22 de novembro de 2016 12:18
Cara, li este post com dois anos de atraso! Parabéns pelo poder de síntese e pelo interesse nos detalhes históricos. São textos como este que valem a pena em um universo digital tão superficial! Parabéns novamente pelo trabalho!
O Oscar está numa correria e sem tempo para responder, Marcos, mas eu agradeço por ele.
ExcluirMuito obrigado e, por favor, volte sempre!
Paulo May
Bom dia Paulo e Oscar, gostaria de compartilhar minha experiência com relic dos meus equipes. Minha primeira strato foi com base nas matérias de vocês, meus capacitores, braço veener board, relic de escudo foi a última. Busquei muita coisa para chegar num tom parecido com umas telecaster vintages que de branco ficaram amarelados sutis... eu consegui chegar no tom com tinta xadrez amarela bem suave no escudo, ae depois deixei secar. Então, eu coloquei o escudo numa forma com água sanitária algumas horas e esfreguei os dedos com escudo ainda dentro da forma até ficar mais sutil. Eu gostei muito! Agora queria suavizar o corpo alder de uma MIM standard 2012, na cor Dakota red só para acompanhar o que fiz ao escudo para ficar mais vintage. Vi acima que recomendaram lixa 1200 nas e de água, isso só retira o brilho? Cmo funciona? Ah não iria de esquecer, somente fã nerd conseguiria um trabalho tão minucioso quanto vocês têm feito... meu amadurecimento veio depois que conheci o blog de vocês! Nível TCC de faculdade! Parabéns 👏🏽👏🏽👏🏽
ResponderExcluirObrigado, Querlis.:)
ResponderExcluirAcabei de responder a uma pergunta similar, em outro post. Segue a transcrição:
"Alexandre, pra "quebrar" o brilho do PU geralmente usamos materiais abrasivos. O mais comum e barato é o bombril fino ou até uma esponja abrasiva. Como a guitarra é preta, acho que vai dar pra notar os micro riscos... Tente conseguir lixa de grão/gramatura 2.000 ou mais (3.000 acho que funciona de primeira - se não, é só diminuir a gramatura) e faça um teste na área que fica embaixo do escudo. O único lugar que encontrei lixa maior que 1200 foi aqui: http://www.luthieriabrasil.com.br/
Podes até conseguir esse efeito com uma 1.200, que é mais fácil de achar, mas eu acho ainda meio arriscado..."
Perfeito Paulo!!!!! Eu tenho a 1200 e acho q arriscado também. Estou deixando a guitarra tomar uns banhos de sol para ver acelera... hehehe Se eu estiver errado nessa conduta me avise! Abraços e espero ansiosamente os próximos posts!
ExcluirO espectro luminoso da luz solar de fato reage com alguns componentes do acabamento, mas o perigoso é o calor, Querlis... Guitarras - principalmente braços - reagem muito mal à mudanças bruscas de temperatura e umidade. Para tirar o brilho excessivo do PU acho interessante tentares com uma lixa de 3.000 ou 2.000. Deve funcionar e deixar com aspecto mais "antigo" :)
ResponderExcluirJa fiz! Lixa 600 e um pco de agua ja fica show! Fica fosco de velho mesmo! 🤘🏻
ExcluirSerá que fica sutil é homogêneo? Pq quero só envelhecer e deixar para a personalidade feita comigo tocando. Qual seria a diferença entra a lixa 600 e a 3000?
ExcluirPaulo que bom que me alertou ufa eu ia foder de vez com o sol :( Agora o sentido de lixar é os dos veios imagino, quero somente envelhecer sem forçar personalidade. Ae comigo tocando ela vai ganhando personalidade. Muito obrigado!
ExcluirOlá Paulo/Oscar.
ResponderExcluirSou apaixonado por aquela cor fender olympic white amarelada tipo a strato do hendrix muito utilizada nas american standard. Já pesquisei muito e não acho nenhuma tinta com esse resultado. Conhecem algo pra me indicar? Será que dá pra chegar na tonalidade ou próximo misturando branco com amarelo acrílico (similar ao método utilizado na strato de caroba)?
Obrigado!
Aquele amarelado é do próprio verniz envelhencendo! O Tom Castelli conseguia aquele efeito misturando um tonalizante Ambar/Mel no verniz até dar aquele envelhecido, mas não tem uma fórmula pronta eu acho! :-)
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSobre o assunto:
ResponderExcluirhttps://menga.net/fender-american-special-telecaster
Paulo, você tem um dom. Escreva um livro, faço questão de comprar.
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